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No total, 41 profissionais de imprensa citaram 23 clássicos Ba-Vi, mas os jogos que mais pontuaram na votação foram o empolgante e emocionante Bahia 5 x 6 Vitória, no estadual de 2007, em primeiro lugar, e o histórico Ba-Vi de Raudinei, da final do Baianão de 1994, na segunda colocação. A terceira posição ficou dividida em dois jogaços mais recentes: Bahia 3 x 3 Vitória, na final do Baiano de 2012, e Bahia 1 x 5 Vitória, o da inauguração da Arena Fonte Nova, em 2013.

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O ge pediu aos profissionais que escolhessem os três Ba-Vis mais importantes para cada um, em ordem do 1º ao 3º de relevância. O jogo principal de cada entrevistado ganhou três pontos, o segundo dois pontos e o terceiro um ponto. No final de tudo, somou a pontuação e definiu os vencedores.

O último Ba-Vi da antiga Fonte Nova, disputado em 22 de abril de 2007 e válido pela primeira rodada da fase final do Campeonato Baiano, teve todos os elementos dignos de um clássico marcante. Quase 65 mil torcedores viram um jogo emocionante e cheio de surpresas até os minutos finais.

O Bahia saiu na frente, mas levou a virada e precisou reverter para 3 a 2 ainda na primeira etapa. No segundo tempo, o Vitória atropelou e fez 5 a 3, mas sofreu o empate, já na reta final do jogo. Quando tudo parecia definido, Índio garantiu o triunfo rubro-negro por 6 a 5.

Danilo Rios (duas vezes), Fausto, Fábio Saci e Rafael Bastos fizeram os gols do Bahia, enquanto Jackson e Apodi deixaram as suas marcas para o Vitória. Mas o dia era de Índio, que balançou as redes quatro vezes, incluindo o sexto e definitivo gol rubro-negro, com direito a flechadas históricas na comemoração.

O Bahia x Vitória de 7 de agosto de 1994 já é inesquecível por contar com o maior público da história do clássico (97.240 pagantes). Mas vai além disso, já que o único que ganhou um nome. Conhecido como Ba-Vi de Raudinei, este jogo ainda é lembrado com frequência mesmo depois de ter completado 30 anos, em 2024. O Tricolor tinha a vantagem do empate, mas não chegava a ter um contexto de favorito ao título porque enfrentava um Rubro-Negro que tinha a base do time vice-campeão brasileiro um ano antes.

Raudinei era reserva e só entrou em campo no segundo tempo, quando o Tricolor já perdia após gol marcado por Dão, aos 44 minutos do primeiro tempo. Por pouco o ex-atacante não foi expulso ao fazer falta dura em Dourado e trocar empurrões com Roger, já aos 42 da etapa final. O lance gerou uma confusão generalizada e, aos 46, Raudinei entrou para a história.

O lance do gol do bicampeonato estadual do Bahia teve troca de passes entre Jean e Missinho na defesa, passou por cabeçadas de Adivaldo e Souza, na intermediária, e terminou em finalização com a perna esquerda do camisa 15.

O terceiro Ba-Vi mais votado da história foi disputado no Estádio de Pituaçu, já que a Arena Fonte Nova era construída para a Copa do Mundo de 2014. O Bahia jogava por um empate para voltar a ser campeão depois de dez anos, mas acabar com o jejum não foi fácil. Neste período, o Vitória papou oito títulos estaduais, o que aumentava a pressão.

Depois de um empate por 0 a 0 no jogo de ida, no Barradão, o Vitória saiu na frente com Neto Baiano logo aos quatro minutos do jogo no Pituaçu, mas o Tricolor deu a volta por cima na primeira etapa e virou com bolas nas redes de Fahel, aos oito, e Gabriel, aos 45. Vantagem confortável em azul, vermelho e branco? Nada disso.

Algoz do Bahia, Neto Baiano marcou, aos nove, e viu Dinei, aos 11 minutos do segundo tempo, recolocar o Vitória no caminho do título. Mas Diones aproveitou a terceira falha do goleiro Douglas no clássico para empatar a partida e garantir o título baiano ao Tricolor.

O jogo de reinauguração da Fonte Nova como arena, em 2013, também ficou em terceiro lugar nesta eleição realizada pelo ge. Além de ser uma partida marcante para a história do estádio que receberia a Copa das Confederações no mesmo ano, esse Ba-Vi novamente não deixou a desejar no quesito bola na rede. Contudo, o que mais chamou a atenção foi a falta de equilíbrio entre as equipes.

O Vitória foi amplamente superior ao Bahia e venceu com gols de Renato Cajá, Maxi Biancucchi, Michel, Vander e Escudero, enquanto Zé Roberto fez o gol de honra tricolor diante de 37.410 torcedores.

Uma goleada que ficou na memória e abriu caminho para outro placar elástico rubro-negro, que terminou campeão baiano de 2013 ao aplicar 7 a 3 na mesma Fonte Nova, no jogo de ida, e empatar por 1 a 1 na volta, no Barradão.