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Já eliminado da competição, o Rubro-Negro voltou a vencer após sete jogos, período de trabalho do próprio treinador, que aponta uma mudança de postura do Leão para o consequente sucesso na partida e o fim de um jejum incômodo.

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– A gente fica incomodado com isso. A gente vai conhecendo um pouco mais o elenco. Acho que desde o Ba-Vi a gente teve uma mudança de postura e eu estava confiante que poderíamos ter a primeira vitória. Passei por isso no Sampaio Corrêa, mas depois de um início ruim a gente brigou pelas primeiras posições na Série B. Espero que no Vitória a gente possa repetir esse feito com um final feliz. Mas é claro que estava incomodando muito, sim.

A primeira vitória de Condé pelo Rubro-Negro aconteceu justamente contra um adversário que também disputará a Série B a partir de abril. Pelos elogios do treinador, este é o caminho em busca da evolução.

– Eu acredito que nos dois últimos jogos, o jogo de hoje e o clássico, a gente já teve uma postura muito boa dentro daquilo que a gente pensa. Uma equipe equilibrada, sem a bola, agressiva para marcar. Claro que não dá para ser agressivo o tempo inteiro. Nossa defesa teve um bom posicionamento, a linha de quatro como um todo e o Lucas também – iniciou Condé.

– O time não ficou tão exposto, e a Série B vai pedir isso, os jogadores de frente colaborando com o setor de meio, e o meio de campo ajudando a defesa. Acho que o Gegê e o Marco Antônio foram muito bem. Com a bola a gente conseguiu explorar algumas situações em jogadas de velocidade, acho até que poderíamos ter feito mais. No segundo tempo, apostamos mais no jogo apoiado, principalmente depois das entradas de Gamalho e Diego Torres. Os garotos também entraram bem. Fico feliz – complementou o treinador.

O Vitória volta a campo no dia 22, quando enfrenta o Campinense, pela última rodada da primeira fase da Copa do Nordeste. Após o fim do torneio regional, a equipe baiana só volta a jogar com o início da Série B.

Quando perguntado sobre quais atletas estão prontos para a disputa da Série B, Condé preferiu falar que o caminho começou a ser encontrado.

– Difícil precisar assim. Claro que vão passando os jogos e vamos fazendo observações. Com os treinos vou ter uma leitura melhor. Mas acredito que começamos a encontrar um caminho. Não só pelos resultados, mas pela postura nos jogos.

Postura da torcida
– O torcedor eu já falei em coletiva, a postura do torcedor do Vitória tem sido muito legal, positiva. Ela está indignada, como nós também estamos. Ela protestou, mas a todo momento, quando a equipe dá uma resposta positiva, ela vem junto. Estou impressionado com essa postura. Protestou no início, mas a equipe deu resposta como foi no clássico. Mas o time deu resposta e o torcedor apoiou. Temos uma competição importante e cabe a nós conquistar essa confiança para a Série B.

Marco Antônio como volante
– Às vezes o treinador fala algumas coisas que parece desculpa, mas a grande verdade é que você precisa de tempo para desenvolver o trabalho. O Marco Antônio, histórico de zagueiro ano passado, jogou de volante na base. Ele me passou isso em algumas conversas. Fizemos essa opção no clássico, a gente recuou ele, ao lado do Gegê, e jogou bem. Tem algumas questões para corrigir de posicionamento, mas com certeza é um atleta que pode executar essa função. Ainda mais com semanas de treinamento pela frente. Quem sabe ele pode ser esse jogador na frente da zaga. Ele tem ido muito bem.

Tréllez e Gamalho
– São situações momentâneas. São dois grandes jogadores com características diferentes. Léo é definidor. Apesar de sair dentro da área, o forte dele é na área. Precisa ser servido dentro da área e a gente não estava produzindo isso. A gente precisava agrupar mais a equipe e ter velocidade e movimentação. Osvaldo com o Tréllez para confundir a linha de defesa adversária, principalmente no clássico. Atacar os espaços atrás dos zagueiros e laterais. Eles fizeram isso bem e mantive eles hoje. Opção que vou ter com características diferentes, e a competição vai precisar dos dois, e em algum momento posso precisar dos dois.

Mudanças na direção
– Sinceramente, desde que cheguei aqui estou totalmente focado nos jogos. Não quero ficar no muro, mas é a realidade. O grupo passa por esse processo de mudança, né?! Saiu o Edgard, e vai chegar um novo profissional. Vai ser escolhido pela diretoria. Em relação a reformulação, naturalmente eu vou ser consultado para as contratações. Hoje eu já tenho mais ideia do que a gente tem do elenco. Mas o que eu mais preciso agora é de tempo para treinar. Acho que consigo resgatar alguns jogadores. É o caso do João Victor, que fez uma grande Série B ano passado. O Vitória tem um grande goleiro que é o Lucas, estou impressionado. E temos também a chegada do Thiago.