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Em entrevista coletiva após o jogo, o técnico Thiago Carpini explicou a escolha por três zagueiros no primeiro tempo e aprovou a atuação da equipe, mesmo com o placar adverso. Na etapa final, o treinador saiu do 3-5-2 para jogar no 4-3-3 e virar a partida.

"Acho que isso é maturidade coletiva, mérito dos atletas. Uma coisa é propor as ideias, outra é executar".

– Sair da linha de cinco para uma linha de quatro é algo que estamos acostumados a fazer. Acho que esse início de temporada, 12 jogos já, a gente tem rodado bastante o elenco e mudado a plataforma de jogos. Os atletas vivem diferentes cenários. É mérito deles. Minha preocupação é passar o máximo de informações sobre o adversário e não abrir mão de alguns comportamentos com e sem a bola – explicou Carpini.

Carpini também elogiou o atacante Gustavo Mosquito, que entrou no segundo tempo no lugar do zagueiro Edu e, para além da mudança tática, decidiu a partida com um gol e uma assistência.

– Muito bom. É o que se espera dele, que assuma mais o protagonismo porque tem capacidade. Um início de temporada promissor. Já nos ajudou bastante ano passado, mas era um momento turbulento com a saída do Corinthians. Esse ano teve pré-temporada, a gente espera que seja um ano diferente, e já está sendo. Estou feliz com o que ele tem entregado até então.

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Thiago Carpini agora direciona as atenções para o Campeonato Baiano, uma vez que o Vitória encerra a participação na primeira fase neste sábado, contra o Atlético de Alagoinhas, no Carneirão, às 18h30 (horário de Brasília). O Leão já está classificado para as semifinais e tenta garantir o primeiro lugar.

Invencibilidade e Fabri
– Para manter essa tranquilidade em campo a gente não coloca essa invencibilidade em primeiro plano. Nossos objetivos são de evolução coletiva, de ajustes, estamos encontrando um caminho. Hoje fomos eficientes, mesmo quando sofremos o gol a gente era melhor na partida. No segundo tempo optamos por algumas mudanças que avaliamos no primeiro tempo e acho que funcionou bem. Seguir vencendo é importante, mas a gente não se apaga nisso porque a derrota em algum momento vai acontecer, é inevitável. A gente tem trabalhado para postergar esse momento. A equipe tem mostrado uma maturidade coletiva muito bacana, mesmo com todas as mudanças feitas do ano passado até agora. Para nós foi muito importante a nossa evolução acompanhada pela vitória. A invencibilidade é um bônus.

– O Fabri, eu ainda não tenho respostas. Nós vamos voltar para Salvador, amanhã ele vai passar por exames. No primeiro momento talvez algo que possa ser um pouco mais preocupante, mas não tenho como te precisar. Espero que não seja nada demais.

Domínio do jogo
– Nossa ideia com a linha de cinco era proteger mais a bola longa. O Fortaleza tem um padrão definido de jogo, um time com menos troca de passes, sem muito jogo de aproximação, combinações. É um time mais vertical. Acho que isso não mudou mesmo com essa linha de quatro que eles estão fazendo agora em 2025. A gente procurou usar a linha de cinco para ter mais controle dessa profundidade. Depois, com a linha de quatro, o plano era fazer mais pressão na saída da bola. De maneiras diferentes a gente consegue ter o controle. Essas foram nossas ideias nos dois tempos do jogo.

Importância do resultado para o futuro
– Os pontos mais positivos para mim são as assimilações sobre o jogo. Quando a competição afunilar os duelos vão ser mais interessantes, com duelos mais jogados, com menos erros. No gol que sofremos foi um erro defensivo em que não pressionamos. No jogo grande não podemos cometer esse erro. Sobre como enfrentar o Fortaleza, isso vai depender de cada jogo. Hoje foi na fase de grupos, em um mata-mata entram outros contextos. Mas para esse momento é uma evolução interessante e a gente tira proveito de bastante coisa para a temporada.

Três zagueiros
– Deu certo. Deu certo. Acho que muitas pautas estariam prontas se eu não tivesse vencido o jogo. Iam desvalorizar tudo que foi construído, iam falar que os adversários eram inferiores, que o Baiano não oferecia resistência. Coisa de quem não reconhece nossos méritos pelas vitórias. No futebol não tem mais ninguém bobo, todo jogo é difícil. Então o jogo de hoje serviu também para isso, para a gente mostrar que o Vitória segue um caminho e valorizar tudo que construímos até aqui.

Trocas
– Tudo dentro do que analisamos. Da dificuldade imposta pelo Fortaleza no primeiro tempo, das dificuldades que encontramos, da necessidade por um jogador mais vertical. Na entrada do Rato a gente conseguiu ter jogadores flutuando nas costas e controlar mais o jogo. Acho que está bem satisfatório o que temos apresentado.

Espaço entrelinhas (gol do Fortaleza)
– Mérito do adversário. A gente joga contra uma grande equipe, uma equipe de Libertadores. São muitos jogadores bons. Claro que vão encontrar os espaços. Tem coisas que a gente não controla.

Postura da equipe
– Sempre confiante. Temos 12 jogos e nunca repetimos uma formação. Tudo dentro do planejado. Mas não é porque vencemos o jogo que está tudo certo. Tem coisas para evoluir, melhorar. Da mesma maneira que depois de uma derrota não vai ter terra arrasada. Temos que potencializar as coisas boas, valorizar o que está sendo proposta e buscar soluções para os problemas.