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Com a temporada mais curta em virtude da Série C do Brasileirão, o elenco do Vitória ganhou, consequentemente, férias mais longas. Após a conquista do acesso, o elenco rubro-negro só volta aos trabalhos no dia 28 de novembro. Tendo isso em vista, o preparador físico Rodrigo Santana, em conjunto com outros departamentos, preparou uma cartilha para os atletas seguirem e manterem o preparo físico. 

"Como são férias fora da normalidade. Essas vão ser quase 50 dias. O setor de nutrição entregou o planejamento de alimentação, o departamento de performance entregou fichas de treinamentos diários. Até o fim de outubro vão ter que cumprir esse planejamento. A de outubro é obrigatória, a de novembro é opcional. Saíram com tudo na mão para voltarem da melhor forma possível", resumiu o profissional, nesta terça-feira (4), em entrevista ao programa BN Na Bola, da Rádio Salvador FM 92,3, apresentado por Emídio Pinto, Glauber Guerra e Ulisses Gama. 

Santana comentou também sobre como o futebol tem evoluído na parte da preparação física. Um exemplo é a extinção dos treinos feitos na praia ou na areia com missão de trazer mais força para os atletas. 

"Futebol está ficando cada vez mais específico. Antigamente, os clubes que tinham a orla à sua disposição faziam um dia diferente de treinamento. Mas dificilmente você vê um treino físico hoje sem bola. 95% dos treinos físicos têm bola. Quando estamos na academia fazendo um treino de mobilidade é que não tem bola. Tenho que dar muito mérito à minha comissão, que ajuda a condicionar o time. Estou no papel de controle de carga, porque a comissão técnica me ajuda a condicionar o time. O futebol está perdendo esses treinos mais analógicos. Treino na praia está ficando para trás por causa disso. Tudo tem que estar ligado ao jogo", explicou. 

Um dos pilares da comissão, o preparador físico destacou a união do grupo na busca do acesso para a Série B, especialmente após a chegada do técnico João Burse. 

"Por incrível que pareça, desse elenco atual, que elenco maravilhoso para trabalhar. Não tivemos um caso grave de indisciplina, de falta de hierarquia. Dia a dia muito bom para trabalhar. Não é fazendo média, não (…) Burse é uma pessoa fantástica, pé no chão o tempo todo. Está sempre pronto para ouvir a comissão técnica, divide funções. O mais importante foi a humildade, reconhecer que era um todo que estava ali para ajudar ele, os atletas compraram a ideia", contou. 

Por fim, revelou como estão os preparativos para o próximo ano, especialmente na seleção de atletas que irão compor o novo elenco do Leão. "Atletas que lesionam pouco, que o custo benefício para o clube seja bom, que ele consiga uma minutagem grande durante o ano", disse.