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O apagão do time de Condé no início da segunda etapa também merece ser destacado, pois custou o primeiro gol do jogo, marcado por Gabriel (o segundo foi de João Paulo, de falta). Mas o principal problema do Vitória na partida foi ofensivo.

O técnico Léo Condé iniciou o jogo com duas mudanças já esperadas, as entradas do meio-campista Gegê, no lugar de Jhonny Lucas, e do atacante Iury Castilho, na vaga de Léo Gamalho, suspenso.

Mas o fator crucial para a pouca produtividade foi a manutenção do esquema tático 3-5-2, que em Londrina contou com Wellington Nem como armador e Zeca como ala avançado pela direita, o que não funcionou. Esse último não tem como característica atacar o corredor e foi pouco acionado.

O problema de criação ficou mais nítido com a concentração de ações pouco exitosas pelo lado esquerdo, mas bem iniciada em lance de cruzamento rasteiro e finalização errada de Wellington Nem.

Outras duas jogadas só deram certo porque o Rubro-Negro teve espaço para explorar contra-ataques, com Mateus Gonçalves acionado em velocidade, em uma delas, e Wellington Nem na outra. Em ambas, no entanto, não houve finalização. Outro lance pela esquerda teve chute de Matheusinho, de fora da área, defendido por Neneca.

De positivo no primeiro tempo, apenas a parte defensiva, apesar dos inúmeros espaços para finalizações de fora da área. Também vale ressaltar a fragilidade ofensiva de um adversário que briga contra o rebaixamento e pouco ofereceu de perigo.

No segundo tempo, no entanto, o Londrina melhorou e se aproveitou de um Vitória desligado, cometendo erros na saída de bola. O goleiro Lucas Arcanjo teve que aparecer em duas tentativas do Londrina, com ótima defesa em uma delas.

A sonolência continuou até o time da casa balançar a rede com Gabriel em lance que Gegê perdeu a disputa com o zagueiro na pequena área, após cobrança de escanteio.

Atrás do placar, Léo Condé mexeu na formação tática e nas peças. O Vitória saiu do 3-5-2 para o 4-3-3 com as entradas de Zé Hugo e Giovanni Augusto nos lugares de Zeca e Nem, respectivamente. Desta maneira, Yan Souto passou a ser o lateral-direito e Mateus Gonçalves saiu da esquerda para atacar pela direita.

Mas em vez de estar mais próximo do gol de empate, o Rubro-Negro viu sua defesa fragilizada diante dos contra-ataques adversários e quase levando o segundo, que só não aconteceu porque Wagner Leonardo salvou.

Quando o segundo tempo beirava os 30 minutos, Condé colocou Railan, lateral-direito de ofício, no lugar de Yan, e Thiago Lopes na vaga de Gegê. Mas Railan deixou o campo logo depois, por problema físico, e Lucas Arcanjo não evitou o segundo do Londrina em cobrança de falta de João Paulo.

Se já estava difícil reagir com o placar simples, o 2 a 0 colocou ponto final na difícil noite do Vitória. A chance de Mateus Gonçalves após bom lance de Giovanni Augusto foi a única coisa de positiva do segundo tempo rubro-negro, que precisa evoluir ofensivamente para os próximos jogos.