Tag: ética

As possíveis infrações são as seguintes:

1. Ausência de um contrato entre o clube e a empresa Magnum, que recebeu R$ 3.586.068,00 do Vitória;
2. Adiantamento de salários feito por Paulo Carneiro, presidente do Conselho Diretor, durante a pandemia;

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A comissão se debruçou sobre seis atos levantados pela comissão protestante. Destes, no entanto, a comissão de ética apontou irregularidade em dois: “impacto da baixa qualidade, precisão, integridade e completude das informações fornecidas pelo Conselho Diretor nos trabalhos fiscalizatórios” e “desapego a ritos estatutários e de governança pelo Conselho Diretor”.

No primeiro caso, o ponto levantado pela comissão foi a ausência de um contrato entre o Vitória e a empresa Magnum. A empresa recebeu R$ 3.586.068,00 do Vitória. O valor seria referente a um contrato de mútuo que fez com que o clube cedesse 15% dos direitos do atleta Diego Rosa, negociado com o Grêmio – o jogador foi adquirido pelo Grupo City, acionista do Manchester City. No entanto, o contrato desse negócio não teria sido encontrado.

– Por mais que o Presidente do Conselho Diretor alegue em sua defesa que a realização do contrato de mútuo com a Magnum se deu por dificuldades financeiras, a ausência de formalização do mesmo demonstra uma má gestão e violação às regras estatutárias. Isso porque, a ausência do referido documento impede a própria fiscalização da contratação, além de dar margem à ocorrência de uma série de irregularidades, permitindo que o Presidente haja de forma irrefreável, assumindo compromissos em nome do clube que não seriam passíveis de controle – diz o relatório.

O outro ponto levantado pela comissão faz referência ao fato de o presidente ter antecipado salários durante a pandemia, enquanto funcionários e jogadores tiveram seus pagamentos atrasados. Além disso, há o destaque para o fato de Paulo Carneiro receber o salário como pessoa jurídica.

Dessa forma, a comissão sugere o afastamento preventivo por 60 dias para que as acusações possam ser melhor investigadas. Além de permitir uma defesa melhor por parte do dirigente.

Em nota oficial publicada no site, o Vitória questionou a forma como o documento foi vazado.

– Isto significa que a(s) pessoa(s) que entregou(aram) ao jornalista a cópia do relatório só pode ser: 1) ou um dos integrantes da Comissão Processante (sete); (2) ou da Comissão de Ética (cinco); 3) ou o Presidente do Conselho Fiscal, porque APENAS ELES tiveram acesso fisicamente ao documento. Naturalmente, que o Presidente do Conselho Diretor não iria divulgá-lo para criar factoide contra ele mesmo. Diante dessa criminosa divulgação, naturalmente perpetrada por um desses doze membros, seria importante que o Conselho Deliberativo instaurasse procedimento para apurar quem dos treze membros referidos está sabotando os seus trabalhos internos, até para fins de evitar ilações sobre o comportamento das pessoas sérias que, certamente, também existem nesse grupo.