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Na entrevista coletiva após a partida, o técnico Léo Condé analisou que o Vitória fez uma grande partida. O time teve a mesma escalação do Ba-Vi da última quarta-feira, mas alguns jogadores em posições diferentes.

– Realmente foi uma grande partida nossa. Um jogo muito controlado dentro daquilo que a gente avaliou do adversário. Fizemos uma estrutura um pouco diferente para frear os avanços pelo lado direito do Fortaleza, adiantamos um pouco mais o Rodrigo Andrade, fixamos o PK, e o Matheusinho fez muito bem a função pela esquerda para ajudar na marcação do Marinho. Mas a gente também tinha que criar dificuldade, tanto na transição, quanto na posse de bola.

– Conseguimos controlar, mas no fim do primeiro tempo a equipe cansou um pouco, o que é normal depois de um clássico. Voltamos bem no segundo tempo, e vimos que a gente poderia ganhar o jogo e explorar os lados do campo. Colocamos o Zé Hugo, usamos o Matheusinho pela esquerda e aproveitamos a chance de bola parada. O Lucas Arcanjo também foi importante no jogo, com duas boas defesas. Conseguimos criar mais algumas chances e conquistamos um resultado importante, contra uma equipe de Série A, em ascensão e bem treinada. Isso eleva nossa confiança e mostra que estamos no rumo certo – analisou o técnico.

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Condé também explicou a escolha por manter o sistema com três volantes, formado por Willian Oliveira, Léo Naldi e Rodrigo Andrade.

– É um pouco de tudo. A gente analisa o adversário e tenta fazer o melhor. O Léo Naldi chegou, me chamou atenção, e é um jogador que eu já conhecia de jogar várias vezes contra. Sabia que ele ia dar um encaixe muito bom no meio com o Rodrigo. Hoje em dia não importa muito o número de atletas em cada posição. Você pode jogar com três atacantes e ser uma equipe defensiva se eles voltarem para marcar, como você pode ser ofensivo com três volantes desde que você dê liberdade. O importante é os jogadores cumprirem suas funções dentro de campo, e eles sempre tentam dar o melhor, não tem vaidade.

Com o triunfo, o Vitória voltou ao G-4 do Nordestão, mas aguarda o desfecho da rodada. A equipe faz o último jogo da primeira fase nesta quarta-feira, quando enfrenta o Treze, no Barradão, às 21h30 (horário de Brasília).

Desgaste físico
– O desgaste não é problema só do Vitória. Isso acontece com as equipes da Copa do Nordeste que também jogam o estadual. Tivemos uma sequência de três jogos decisivos em seis dias, semifinal de estadual, clássico e a decisão de hoje. Tivemos que ser muito estratégicos. Quero agradecer aos profissionais que fazem esse trabalho de recuperação com os jogadores, que são muito importantes. Os nutricionistas, fisioterapeutas e Departamento Médico, profissionais que não aparecem muito mas são de fundamental importância. A gente não tinha como trabalhar muito no campo. Vimos muitos vídeos do adversário, e o fato de eu conhecer os atletas facilitou nossa estratégia de jogo. Hoje o Matheusinho jogou pela ponta esquerda, ponta direita, pude rodar ele. O Rodrigo Andrade ficou mais preso na partida passada, hoje já jogou mais à frente. Então é bom conhecer o elenco, hoje isso foi fundamental. Mas o importante era a gente descansar com a bola e valorizar a posse.

Fatores determinantes para a vitória
– Primeiro foi a superação. A equipe está muito cansada e desgastada pelos jogos que a gente fez. Taticamente os jogadores foram muito bem no que planejamos para o jogo. Nós tiramos o espaço das jogadas que eles fazem em cima da última linha e neutralizamos o jogo de Bruno Pacheco e Marinho pelos lados do campo. Osvaldo ajudou muito nisso. Destacar também o nosso jogo de posse, acho que foi nossa melhor atuação nesse quesito. Tivemos o controle do jogo contra uma equipe muito agressiva, e deixamos eles com dificuldade para nos marcar. Isso foi muito importante para a gente ganhar deles.

Pouca criação no ataque
– Com Condé à frente do Vitória sempre vai ter o porém, né?! Infelizmente é assim. Mérito do adversário. Pegamos adversário com boas defesas, o Alerrandro foi bem marcado, mas também há o desgaste de todos, do Matheusinho, Osvaldo e do próprio Alerrandro. Isso prejudica a equipe.

Poupar na quarta?
– É uma avaliação interna que vamos fazer. Realmente nossa equipe base vem de três jogos muito desgastantes e decisivos. Temos que nos classificar para a próxima fase da Copa do Nordeste, mas final é final, né?! Temos que analisar a situação e estudar a possibilidade olhando com carinho para a final. Alguns jogadores que chegaram também estão merecendo oportunidade, e temos que colocá-los para jogar e ver o que eles podem nos oferecer na sequência da temporada.

PK
– É um jogador que tem uma qualidade de saída de bola e chega muito bem na frente com bons cruzamentos, tanto em movimento quanto em bola parada. Temos trabalhado muito a questão defensiva dele. Hoje ele já foi muito bem ao marcar Marinho e Pikachu e deu poucos espaços. Nos ajudou muito neste momento e mostra que está evoluindo e focado em agregar para o time.

Willian Oliveira, Matheusinho e Osvaldo
– O Willian, tanto hoje quanto contra o Bahia, fez muito bem a proteção na frente da zaga. Ele faz bem a função de cortar a linha de passe do adversário e induz o outro time a abrir o jogo. Sai bem com a bola também, clareia o jogo e ajuda muito na transição com um ou dois toques na bola. O Osvaldo se dedica muito na fase defensiva, mas quando temos a bola ele sempre nos dá opção e aparece nos espaços. Mas isso gera desgaste e, por isso, a substituição hoje. E o Matheusinho tem oferecido muito, tanto na hora de marcar quanto na hora de jogar. Ele segura muito bem a bola, não perde os lances de forma fácil e tira o time da defesa pelo meio. Também faz boas triangulações pelos lados, principalmente com o PK,. E hoje foi premiado com o gol merecido. A gente fica feliz por ele.