Análise: finanças do futebol brasileiro pioram em 2018 com estagnação e mais dívidas

Análise finanças futebol brasileiro

O barradao.com traz para você mais uma notícia do Esporte Clube Vitória.
Aqui você fica sabendo das notícias publicadas nos quatro maiores sites esportivos do Estado da Bahia, confira abaixo o que acabou de sair na mídia.

Bilhões em dívidas, salários atrasados em grande parte da primeira divisão, falta de dinheiro para a permanência de revelações e pouco investimento em grandes contratações. Notícias assim surgem durante quase toda a temporada, por todo o país, mas poucas vezes é possível compreender causas e consequências a partir de dados razoavelmente confiáveis, padronizados e contextualizados. A partir das publicações dos balanços de clubes e entidades, abre-se agora a possibilidade de avaliar a situação do futebol.

O GloboEsporte.com começa nesta quinta-feira a veicular sua primeira série especial sobre as finanças do futebol no ano de 2018 e as perspectivas para 2019 e além. Nos próximos dias, serão publicadas análises conjunturais e individuais sobre os 24 principais clubes do país em textos, gráficos e podcasts. Neste texto de abertura, que também servirá de índice para que o leitor encontre links para todas as análises individuais e também para a metodologia, passaremos pelos números do Campeonato Brasileiro de maneira geral para traçar a sua evolução.

Os números foram extraídos dos balanços dos clubes, padronizados para a correta comparação entre eles, com o auxílio de especialistas, e analisados para que o torcedor tenha uma noção mais clara sobre o clube dele e o mercado.

Este será o cronograma de publicação das reportagens:

Quinta, 11 de julho:

  • Metodologia do estudo

Sexta, 12 de julho:

  • Os pareceres das auditorias externas sobre os balanços
  • A correlação entre salários do futebol profissional e performance

Segunda, 15 de julho:

  • Bahia
  • Cruzeiro
  • Grêmio
  • Sport

Terça, 16 de julho:

  • Atlético-MG
  • Coritiba
  • Goiás
  • Internacional
  • Vitória

Quarta, 17 de julho:

  • Botafogo
  • Ceará
  • CSA
  • Fortaleza
  • Santos

Quinta, 18 de julho:

  • Athletico
  • Avaí
  • Chapecoense
  • Corinthians
  • Vasco

Sexta, 19 de julho:

  • Figueirense
  • Flamengo
  • Fluminense
  • São Paulo
  • Palmeiras

A análise sobre o Campeonato Brasileiro

Os dados abaixo correspondem à soma dos 24 principais clubes do país – sempre os 20 que disputaram a primeira divisão no ano em questão, mais os quatro promovidos da Série B. Assim há uma amostra comparável às ligas europeias, estável, que ao mesmo tempo não exclui times de grande torcida que estiveram no segundo escalão.

De maneira geral, o futebol brasileiro continuou a agravar a sua condição financeira em 2018. Dois indicadores apontam para o que produziram os seus dirigentes. O faturamento – soma de tudo o que os clubes arrecadaram com televisão, patrocínios, bilheterias, sócios torcedores e atletas – caiu 2% em relação ao anterior e ficou em R$ 5,1 bilhões. Inferior ao endividamento, cujo aumento dos mesmos 2% fez com que a soma das dívidas de todos os 24 clubes chegasse a R$ 7,3 bilhões.

Dados mostram que o futebol cresce em ciclos – mais especificamente, nas renegociações dos direitos de transmissão. Clubes aumentaram a entrada de dinheiro em 2016. Naquele ano entraram em vigor os reajustes que estavam programados desde a rodada anterior, além de terem sido assinados novos contratos com Globo e Esporte Interativo para o período entre 2019 e 2024. As assinaturas motivaram o pagamento de luvas (prêmios) por ambas as emissoras, e a arrecadação dos clubes subiu. Mas parou por ali. Em 2017 e 2018, veio a estagnação.

A estagnação financeira do futebol brasileiro
Sem receitas extraordinárias em 2018, a primeira divisão tem receitas em baixa, dívidas em alta
Fonte: Balanços financeiros (corrigido pelo IPCA)

O comportamento do mercado do futebol neste ponto fica muito claro quando a linha das receitas é quebrada em quatro: (1) direitos de transmissão, (2) marketing e comercial, (3) torcida e estádio e (4) transferências de atletas. A evolução dos valores pagos por emissoras de televisão mostra o auge em 2016, ano de recebimento das luvas pelas assinaturas de novos contratos, passando a seguir ao pagamento estável de quantias superiores às que vinham sendo pagas anteriormente.

As outras linhas não acompanharam a subida. Receitas dos clubes com torcedores oscilam em R$ 1 bilhão por temporada. A arrecadação com a área comercial está em queda, tendo batido R$ 706 milhões em 2018. Um indicador que tende a ficar ainda pior em 2019, pois no início do ano a Caixa, que patrocinava dezenas de times, abandonou o futebol.

Por que as receitas do futebol brasileiro estagnaram
Enquanto patrocínios e torcidas não arrancam, clubes fecham a conta com vendas de jogadores
Fonte: Balanços financeiros (corrigido pelo IPCA)

Com a necessidade de fazer caixa para pagar despesas e dívidas, dirigentes apelam às transferências de atletas. Esta foi a única fonte de receita que cresceu sensivelmente em 2018, inclusive com uma quantia pela primeira vez em muitos anos superior aos outros tipos. Em parte, porque o real se desvalorizou diante do dólar e do euro, algo que tornou jogadores brasileiros mais acessíveis para o mercado externo. Também porque, endividados, cartolas recorrem às vendas de atletas como solução de curto prazo para contas descontroladas. Muitas vezes a única.

Os sinais mais claros de que o mercado não está progredindo como um todo, apesar das melhoras evidentes em determinados casos, estão na análise do endividamento. Dos R$ 7,3 bilhões devidos no total pelos 24 principais clubes do país, quase R$ 2,9 bilhões serão cobrados pelos credores no curto prazo – ou, em português mais claro, no decorrer de 2019. A quantia é maior do que a registrada no ano anterior, e na maioria dos clubes é impagável quando somada às despesas correntes.

O perfil do endividamento do futebol brasileiro
Dívidas de clubes que precisam ser quitadas já em 2019 são impagáveis em muitos casos
Fonte: Balanços financeiros

Números em bloco servem para algumas coisas. Eles apontam para a direção que o mercado do futebol brasileiro está caminhando, ao mesmo tempo em que podem ser usados para comparações com outros mercados. Nós chegaremos lá. Eles também servem como parâmetro para a análise individual. Se determinado clube tem indicadores muito melhores – ou muito piores – do que a média, fica mais fácil concluir sobre a qualidade do trabalho de seus dirigentes.

Números gerais não servem, no entanto, para tornar o conteúdo mais profundo e agradável ao leitor. Esta é a nossa dívida com você em relação ao que será publicado nos próximos dias. Por meio das análises individuais das administrações e das finanças dos principais clubes do país, contaremos as histórias das pessoas que estão por trás deles, do que elas fizeram no ano passado e dos desafios que elas têm pela frente. A relação delas com os resultados demonstrados em campo é mais próxima e mensurável do que você pode imaginar.

Fonte: https://globoesporte.globo.com/blogs/blog-do-rodrigo-capelo/post/2019/07/11/analise-financas-do-futebol-brasileiro-pioram-em-2018-com-estagnacao-e-mais-dividas.ghtml


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