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O duelo será disputado às 16h deste domingo (horário de Brasília), no Barradão, onde o Vitória está invicto há 16 partidas consecutivas. Por outro lado, além de ser um clássico, o rival vem com um time ainda mais reforçado em relação a 2023 para tentar defender a liderança do estadual.

Em entrevista coletiva na tarde desta sexta-feira, Wagner Leonardo projeto um jogo equilibrado, sem favoritos, e traçou uma possível estratégia para o Vitória.

– Não, não tem [favoritismo]. Clássico é clássico. Tudo pode acontecer. Clássico é muito importante por tudo que envolve dentro e fora de campo. A gente tem exemplos de clássicos, posso citar agora recente o Santos e São Paulo, na última rodada do Paulistão. Teoricamente o São Paulo, no papel, vem de ganhar títulos e tinha um favoritismo. O Santos caiu para Série B, vem de uma reestruturação, mas venceu por 1 a 0. No clássico não tem favoritismo, quem aproveitar as melhores chances dentro de campo vai sair vencedor.

A partir deste jogo contra o Bahia, o Vitória vai voltar a ter uma sequência de três partidas no Barradão depois de uma maratona fora de casa. Dos últimos seis compromissos, quatro foram longe da torcida. E os resultados não foram bons.

• Jequié 1 x 0 Vitória – 5ª rodada do Campeonato Baiano;
• Altos 0 x 0 Vitória – 1ª rodada da Copa do Nordeste;
• Jacobina 0 x 0 Vitória – 6ª rodada do Campeonato Baiano;
• Juazeirense 2 x 0 Vitória – 3ª rodada da Copa do Nordeste.

Essa sequência de jogos, segundo Wagner Leonardo, pesou na preparação inicial do time. Não à toa, Léo Condé poupou os titulares na derrota da última quarta-feira, contra o Cancão, pela Copa do Nordeste, justamente de olho no Ba-Vi.

– Em aspecto físico e mental, acredito que a gente teve uma semana mais tranquila para planejar a partida, para corrigir erros. Nosso calendário de começo de ano foi desumano. Não pensaram no lado do atleta e do clube. Viajamos milhares de quilômetros sem descanso, viagens durante a madrugada, um jogo atrás do outro em estádios e campos que não estamos acostumados, que acabam nos atrapalhando. Essa logística montada para o início da temporada prejudicou muito o Vitória. Mas a gente se encontra muito bem preparado para o clássico e esperamos fazer uma grande partida – lamentou o defensor.

O zagueiro irá disputar seu primeiro Ba-Vi às 16h deste domingo (horário de Brasília), no Barradão, pela 7ª rodada do Campeonato Baiano, mas a ansiedade não parece ser parte da rotina de Wagner na véspera do clássico.

– A ansiedade em excesso acaba atrapalhando, então a gente leva como oportunidade. São dois anos sem um clássico em casa, então a gente sabe o quanto é importante a gente jogar um clássico, e ainda mais em casa. A gente sabe que é torcida única, então vamos ter o apoio por 90 minutos, até mais, porque a gente sabe o quanto a torcida se mobiliza. A gente leva isso como uma oportunidade de ser mais um fator motivacional para nós dentro de campo.

O que os jogadores conversam?
– Claro que existe, a gente conversa muito. A gente sabe que não se pode tratar como uma partida normal. É uma partida diferenciada, importante, por tudo que envolve a tradição dos times e da torcida. É um clássico que para a cidade. Desde que começou a Copa do Nordeste e o Campeonato Baiano, o que se fala mais é do clássico de 18 de fevereiro. A gente sabe que existe uma grande responsabilidade, por isso estamos trabalhando para entregar o nosso melhor dentro de campo.

Prefere jogar com dois ou três zagueiros? Qual a importância de Camutanga?
– Eu acredito que se eu pontuar uma preferência, vou acabar me limitando. Então a gente tem que estar preparado para qualquer sistema de jogo. Cada treinador tem uma característica e a gente sabe que no mundo do futebol você vai trabalhar com muitos clubes e treinadores. Às vezes a situação faz com que você altere o sistema de jogo, então eu não posso me limitar a um sistema de jogo, eu tenho que me adaptar. Eu penso que não tenho que ter uma preferência. Quanto ao Camutanga, realmente é uma parceria que não vem de hoje. Já estamos indo para a terceira temporada juntos. A gente se conhece muito e acredito que isso faz com que a gente corte caminhos dentro de campo por se conhecer.

É torcedor do Vitória?
– Quando se trata de atleta de futebol, de jogador, é muito difícil você falar que é torcedor de algum clube. Você acaba jogando em alguns clubes e pegando a paixão da torcida, sentindo o que a torcida passa para você. Hoje eu posso dizer que sou torcedor do Vitória. Não que eu seja vira-folha, porque nunca fui torcedor fanático de nenhum clube, mas acredito que somos torcedores do Vitória por tudo que vivenciamos aqui dentro, por todo carinho que a torcida tem por mim. Minha família se considera Vitória sim, por todo extracampo e dentro de campo também.