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Elogios para o time não faltaram, é bem verdade. Mas o técnico rubro-negro Léo Condé falou com carinho do apoio do torcedor na noite deste domingo, quando o Vitória iniciou com goleada a difícil caminhada em busca da Série A em 2024.

“Realmente, o torcedor foi fantástico diante de um início de ano terrível. O torcedor mostrou que o Vitória é grande. Espero que a gente possa fazer essa parceria até o final do ano”, disse na coletiva pós-jogo na sala de imprensa jornalista João Borges Bougê do Estádio Barradão.

Sobre a atuação do Vitória diante do campeão da Série A2 do Campeonato Paulista, o comandante rubro-negro analisou:

“Realmente um grande jogo. Não só pelo que fizemos, mas também pelo adversário que enfrentamos, que valoriza muito a nossa vitória. Uma grande partida. A gente sentiu e entendeu os momentos do jogo. Soube marcar alto e baixo, soube quando ter a posse e quando explorar os contra-ataques. Conseguimos, depois de um lançamento, fazer o primeiro gol. Depois o segundo, em jogada individual de Osvaldo. No segundo tempo estivemos um pouco abaixo. A Ponte Preta nos empurrou para nosso campo e entendi que precisava de jogadores de mais mobilidade. Thiago (Lopes) e Welder ajudaram e equilibramos o jogo. A Ponte Preta teve chances, mas também tivemos e fizemos o terceiro gol. Poderíamos fazer o quarto e o quinto. Resposta muito positiva”.

Em relação aos estreantes – Wagner Leonardo, Marcelo, Giovanni Augusto e Zé Hugo começaram jogando e Welder entrou no decorrer do segundo tempo – o técnico comentou:

“Estrearam muito bem. Deu equilíbrio com os jogadores que aqui já estavam. A gente conseguiu casar bem, passou a ter um zagueiro canhoto com boa saída de bola pelo lado esquerdo. Marcelo é um lateral que marca bem e tem muita força para atacar. Zé Hugo, a gente precisava desse jogador de velocidade. Giovanni tem drible. Welder vocês já acompanham, vinha fazendo ótimo Baiano pelo Jacuipense. Foram boas estreias e ainda temos mais atleta para estrear. Os jogadores que já estavam no clube, a gente sabia que no período de treinamento ia conseguir extrair mais deles”.

Apesar da boa estreia, o time ainda está em evolução e, claro, precisa de ajustes. Léo Conde falou sobre o assunto.
“Tem margem para essa equipe evoluir. Vão ter ajustes para serem feitos. Por mais que a gente tivesse esse período de treinamento, foram 12 contratações. Não vai estalar o dedo e sair tudo certinho. Espero que a gente possa, no decorrer da competição, sair bem equilibrada”.

FOTO: ECV

“A gente lamenta muito o resultado. A expectativa era conseguir uma vitória. Mas, infelizmente, não veio. A gente fez bom primeiro tempo, com bom volume de jogo, pressionando a equipe deles e tirando o contra-ataque. A nossa linha de defesa teve postura boa, o setor do meio também. Faltou, talvez, um pouco mais de tranquilidade próximo da área para ter melhor escolha. Pecamos muito no penúltimo passe. Na bola que a gente acertou, fizemos o gol”.

Assim, o técnico Léo Condé, que fez sua estreia, avaliou a atuação do Vitória no empate em 1 a 1 com a Jacuipense, domingo, pela oitava e penúltima rodada da fase classificatória do Campeonato Baiano.

O empate manteve o Vitória fora da zona de classificação e na última rodada, dia 26, a equipe tentará conquistar a vaga nas semifinais. Com 11 pontos é o 5º colocada, um ponto atrás do Itabuna, que fecha o Z-4.
Léo Condé lamentou a contusão sofrida por Rodrigo Andrade – para o técnico, após a pancada no pé, o jogador caiu de rendimento e com ele o meio-campo que dominava as ações – e o gol sofrido que foi consequência de um rebote em cobrança de escanteio.

“No intervalo, voltamos em uns dez, 15 minutos no mesmo volume. Depois a equipe sentiu um pouco. Baixamos as linhas de marcação, a proposta não era essa. A ideia era marcar alto. E acabou oferecendo um pouco de possibilidade para o adversário circular a bola. Quando a gente retomou novamente o controle da partida, saiu o gol. Inadmissível tomar um gol como aquele. É uma equipe que está sendo reformulada. Apenas o Léo (Gomes) em relação ao time do ano passado”, acrescentou.

Agora, o Vitória volta a se preocupar com a Copa do Nordeste. Sem vencer na competição, somente com um ponto ganho em dois jogos disputados, a equipe joga quarta-feira (15) contra o Sergipe, em Aracaju, e sábado de Carnaval, dia 18, contra o ABC, no Barradão, em Salvador.

FOTOS: Pietro Carpi/ECV

“Sem a bola, um time compacto, agrupado, que sabe os momentos de pressionar e os momentos de marcar mais baixo. Com a bola, gosto que minha equipe jogue, que tenha posse de bola. Gosto de minhas equipes no campo de ataque. Mas, claro, temos que entender os momentos do jogo. Vamos tentar implementar isso na equipe. Claro que leva tempo. Não só meu trabalho, mas as características dos atletas”.

É isso que Léo Condé pretende implantar no Vitória. O novo técnico foi apresentado nesta sexta-feira, em concorrida coletiva realizada no Barradão, e com a presença do presidente Fábio Mota, que desejou boas-vindas ao profissional.

Léo Condé está desde quinta-feira em Salvador. Na sua chegada, ele preferiu uma rápida conversa com os atletas e depois acompanhou o coletivo entre reservas e o time sub-20 disputado no campo 1 do CT Manoel Pontes Tanajura.

Nesta sexta, Léo passou boa parte da manhã na sala dos profissionais do Centro de Inteligência, assistiu jogos, conversou com Ricardo Amadeu (assistente técnico fixo do clube), foi apresentado e participou ao vivo do programa Globo Esporte. À tarde, ele começou a trabalhar.

“Acompanhei alguns jogos e estive com o departamento de análise. Os próximos jogos também vão me ajudar a me inteirar do elenco. Alguns jogadores eu já tive a oportunidade de trabalhar. Outros já enfrentei. A gente vai ter esse entendimento nos próximos dias. O segundo ponto é identificar as necessidades”, afirmou.

Léo Condé disse ser uma satisfação enorme dirigir o Vitória, garantiu apoiar a divisão de base – “O Vitória, por toda a sua história e tradição de revelar jogadores, vamos tentar sim resgatar isso”-, revelou já ter uma avaliação do time rubro-negro atual e prometeu “olhar para frente”.

“O momento turbulento é algo que acontece. Já passei por isso em outros momentos. Temos que entender primeiro agora o elenco, as competições. Olhar lá para frente, mas sem esquecer do presente. Então é trabalhar. Vou colocar minhas ideias para os jogadores. Aproveitar o que tem aqui, tem coisas boas aqui. Mas colocar também minhas ideias. São muitos jogos em um curto intervalo. Sei como são as coisas. São 23 anos fazendo isso já. Vamos trabalhar para fazer a equipe voltar a vencer”.

FOTOS: Pietro Carpi/ECV