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O goleiro Douglas, do Bahia, foi um dos protagonistas da partida do último sábado. Com uma atuação bem abaixo do que costuma apresentar, o arqueiro não conseguiu segurar o chute de Thiago Carleto, no primeiro gol do Vitória, e foi bastante contestado pela torcida. 

Após o duelo, Douglas admitiu que sente o peso da falha, mas mostrou compreensão em relação às vaias da torcida.

“Infelizmente, a gente, em lances de bola parada, não foi feliz. Eu ali, no primeiro gol, não consegui impedir o chute potente do Carleto, que a gente sabia que era uma das armas do Vitória. E foi. Um jogador que tem essa característica, tem essa boa batida, uma bola sempre muito difícil, complicada. Tanto em direção ao gol quanto os escanteios, as faltas laterais. Individualmente, é um momento difícil. Entendo perfeitamente a vaia da torcida, pelo resultado, pelo meu desempenho. Acredito que a torcida sabe do profissional e de tudo que eu tenho feito pelo clube. Como eu recebi os aplausos e elogios durante esse período, eu também recebo as vaias e sei que são vaias de pessoas que gostam de mim. Também amo essa torcida, esse clube. Hoje, para mim, está sendo um dia muito difícil, porque você ver a sua equipe fazer um jogo tão bom e acabar não conseguindo reverter isso em gols. Em um lance, você acaba não tendo êxito e acaba passando uma pressão maior sobre a nossa equipe. Foi isso que aconteceu”, afirmou.

Douglas ainda foi seguro ao afirmar que não é a atuação de apenas uma partida que vai defini-lo como profissional.

“Dia difícil para mim. Mas sou um homem de 31 anos, tenho uma família, tenho uma história. Essa partida não me define. Eu tenho essa convicção. E vou seguir com as minhas convicções. Não tem nada de errado comigo. Nada de errado com o trabalho. Faz parte. Todos nós passamos por momentos difíceis. Eu já passei por muitos momentos difíceis na minha vida. Talvez, dentro do Bahia, seja o momento mais difícil individualmente. Mas tenho certeza que, com trabalho, fé, com amor e respeito que tenho por essa camisa e essa instituição, a gente ainda vai dar muitas alegrias para o Bahia neste ano e nos próximos anos”.

Questionado sobre o que fazer para reverter a situação, Douglas disse que foi sincero e não tem como corrigir.

“Reverter é impossível, porque eu teria que voltar no tempo. Não tem mais o que fazer, por hoje e pelo dia da eliminação da Copa do Brasil. O que a gente tem é que, sim, avaliar individualmente, como a gente sempre faz. Assumir nossa responsabilidade diante dessas derrotas, desses momentos difíceis. Mas saber que a gente é mais que isso. Eu, como atleta, tenho que saber passar por esse momento, ter a cabeça boa, para, junto com meus companheiros, voltar a triunfar, voltar a ser um time que sofre poucos gols, que é efetivo e tem muitos objetivos grandes neste ano. Então acredito que é ter tranquilidade, assumir responsabilidade e seguir em frente, de cabeça erguida, sabendo que todos nós passamos por momentos difíceis. Esses momentos não nos definem. O que nos define são nossas convicções. E foram essas convicções que me trouxeram até aqui, a ser o goleiro que sou hoje, ser um dos representantes do Bahia. Então a gente segue com essas convicções, sabendo que esse momento difícil vai passar e vai nos fazer mais fortes”, concluiu.