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Em entrevista ao ge, o lateral de 23 anos, que assinou com o Vitória até 2025, analisou o seu desempenho no Ba-Vi. Ao todo, Lucas esteve em campo pelo Rubro-Negro em oito ocasiões nesta temporada, sendo cinco como titular.

– Acredito que foi o meu melhor jogo. Todos nós vínhamos em um processo de adaptação, eu por ter chegado agora, o time que joga junto desde o ano passado. Venho me encaixando bem. Foi o melhor jogo individualmente. E todos os companheiros me ajudaram da melhor forma. Jogo grande temos que estar prontos. Graças a Deus pude ir bem. Espero dar sequência – disse o atleta do Leão.

Para vencer o Ba-Vi, Lucas Esteves acredita que o fator concentração fez a diferença. O Vitória sofreu dois gols do Bahia no jogo, mas conseguiu, no geral, conter as ações do adversário ainda na intermediária.

– A concentração de todos os jogadores foi o essencial. Durante a semana toda estávamos nos preparando para isso. Eles têm excelentes jogadores no lado direito e no lado esquerdo. Sabíamos a importância de marcar bem e estar concentrados. O grupo todo, a comissão técnica, estão de parabéns.

O Vitória abriu o placar com Osvaldo, mas levou a virada após bolas nas redes de Thaciano e Everton Ribeiro. O time comandado pelo técnico Léo Condé foi para o intervalo com o resultado negativo, mas voltou melhor na segunda etapa para garantir a virada com gols de Osvaldo e Alerrandro.

Em entrevista coletiva após a partida, Condé ressaltou que ajustes de marcação foram importantes, incluindo pelo lado esquerdo defensivo. De acordo com Lucas Esteves, o treinador também passou confiança e tranquilidade à equipe.

"Não tinha nada acabado. Estava no intervalo, era um jogo importante. Ele exaltou a nossa confiança e passou tranquilidade".

Lucas Esteves aproveitou as oportunidades no time titular após a lesão de Patric Calmon, o PK, que se aproxima do retorno às atividades normais com o grupo. Em relação à disputa por posição, Esteves garante que será saudável e importante para o crescimento do Rubro-Negro.

– Disputa boa, que todos os times vão ter. É um excelente jogador, admiro muito, respeito. Disputa sadia. Vamos estar disputando em busca de um só objetivo, a melhoria do clube. Não vai ter rivalidade entre nós. Acredito que é uma disputa sadia. Vamos procurar nos respeitar – garante.

Formado na base do Palmeiras, Lucas Esteves estreou como profissional em 2019. Ele também recebeu oportunidades entre 2020 e 2021, ano em que foi emprestado pela primeira vez, para o Colorado Rapids, dos Estados Unidos.

Nos anos seguintes, Lucas Esteves voltou ao futebol brasileiro e vestiu as camisas de Fortaleza e Atlético-GO, sempre por empréstimo. Na Série B de 2023, foram 16 partidas pelo Dragão, com duas assistências.

Com as oito partidas disputadas pelo Vitória, o lateral-esquerdo ultrapassou a marca de 100 jogo como jogador profissional.

E a nova oportunidade para elevar o número de jogos já está marcada para esta quarta-feira, quando o Vitória entra em campo pela Copa do Nordeste. Às 19h (de Brasília), no Barradão, o time baiano enfrenta o Náutico, pela quarta rodada do torneio regional (ingressos já estão à venda). Lucas Esteves, inclusive, garante que o resultado positivo no clássico pode impulsionar o Leão.

– Se usarmos esse jogo como combustível nas outras competições vai ser muito importante. Quarta-feira é outro jogo. É pegar esse clássico como parâmetro, como jogamos. E pegar as coisas que acertamos para dar continuidade. É procurar concentrar.

O que Condé conversou com o time no vestiário durante o Ba-Vi?
– Ali não teve essa cobrança toda porque nós sabíamos a importância do clássico e de que não poderia colocar essa cobrança, não tinha nada acabado. Estava no intervalo, era um jogo importante. Ele exaltou a nossa confiança e passou tranquilidade.

Principais características
– Sou um jogador muito ofensivo, procuro atacar bastante e também defender. Tenho que defender antes de atacar. Minha maior característica é a parte ofensiva. Acredito que tenho evoluído muito na defesa também. Minha expectativa para o ano é retribuir tudo que o clube fez por mim. É dar sequência.

Inspirações
– Tem dois laterais que eu me espelho muito: o Marcelo e o [Guilherme] Arana. O Arana é um pouco parecido de característica comigo. E o Marcelo por ser um ídolo meu, por questão técnica. É um espelho para muitos jogadores.

Início de carreira
– Comecei em um projeto social que hoje faço questão de ajudar, em Osasco-SP, na comunidade onde cresci. Passei para o São Paulo na base, e logo fui para o Palmeiras, onde começou tudo. Conquistei títulos. Momentos mais marcantes foram no Palmeiras, onde participei da triplíce coroa. Entre esses 100 jogos, ter feito parte do Palmeiras e hoje estar no Vitória… As coisas acontecem quando têm que acontecer. O Vitória abriu as portas. Agradeço a Deus por isso, ao Vitória, ao presidente.