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A melhora do Vitória passou pelas mudanças do técnico Thiago Carpini no segundo tempo, que sacou o atacante Carlos Eduardo e colocou Edu em campo, fazendo o Leão jogar com três zagueiros. Em entrevista coletiva após o confronto, o treinador analisou as trocas e celebrou a atuação do grupo.

– Um postura muito positiva. Estar na parte de baixa da tabela durante tanto tempo. Lutar pela sobrevivência tem um aspecto emocional que foge do coletivo, técnico. É um pouco dessa gestão, de que os atletas não percam a confiança. Sabíamos que o Atlético, independente de qualquer situação de poupar jogador, colocou time de altíssimo nível.

"O ponto que determinou o primeiro tempo abaixo da minha equipe foi a falta de competitividade e o gol muito cedo. Quando toma gol com sete minutos, qualquer estratégia começa a se comprometer. E alguns aspectos que a gente não abre mão".

– No segundo tempo, quando a gente trocou um atacante por um zagueiro, a gente conseguiu controlar a amplitude do adversário, e ficou um jogo previsível do Atlético. E aí ficaria no talento individual. E a gente conseguiu fazer primeiro gol de maneira rápida. Mas o aspecto coletivo, principalmente a postura da equipe, foi superior à do Atlético. Tivemos a bola do jogo com Matheusinho e outras situações. Futebol é feito de detalhes. Foi bom que a equipe se adaptou ao modelo de jogo que a gente costumar trabalhar também – analisou Carpini.

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Apesar do empate, o Vitória entrou na zona de rebaixamento, já que o Fluminense venceu o seu jogo (distância entre as equipes é de um ponto). Ao menos o Leão tem uma sequência em casa com Bragantino e Fluminense pela frente.

– Encarar como temos encarado todos os jogos, como decisões. É a única competição que temos para salvar o ano. É encarar com seriedade, serenidade e, principalmente, sem desespero. Que o torcedor tenha paciência. O adversário pode ser superior ao Vitória, mas não podemos perder o equilíbrio. É trabalhar e seguir acreditando nas nossas convicções.

Thiago Carpini agora tem 14 dias até o próximo compromisso do Vitória, que só volta a campo no dia 19 deste mês, um sábado, contra o Bragantino, às 16h (horário de Brasília), no Barradão.

Caminho para vencer
– Pelo menos nos jogos que assisti, uma equipe tão qualificada, nunca vi um padrão diferente, com saída de três. A nossa ideia era tirar a saída de três, marcação mais alta e fazer dificuldade para esse jogo apoiado. E com a linha de cinco atrás para controlar amplitude dos lados, que a gente sofreu muito no primeiro tempo. No início do jogo não conseguimos. Tivemos muito próximos da vitória. Mas é valorizar o ponto conquistado da maneira que foi. É potencializar as coisas boas para conseguir o objetivo do Vitória.

Pensou em começar o jogo com a formação do segundo tempo?
– Para esse jogo eu não pensei. A gente costuma, nessas semanas abertas, experimentar outras situações. Nessa semana não fizemos. Essa ideia surgiu depois do primeiro gol, eu vi que o jogo não encaixava, com o Atlético jogando com comodidade.

Postura do time na Série A
– A Série A, Série B, Série C, precisa primeiro competir. E as pessoas têm que entender o tamanho da competição, do adversário. E é reconhecer as suas limitações. Jogando na Arena, contra o Atlético-MG, não vamos ser superiores na maior parte do jogo. Então, nós temos que jogar Série A de maneira inteligente. Temos que ser eficientes. Temos que seguir motivando os atletas, trabalhando. A postura tão boa, uma construção coletiva, é um saldo mais positivo. E a Série A tem que jogar como tem que jogar.