Como desabafo de Diego Rosa e luta de Thiago Ribeiro alertam para cuidados com a saúde mental

desabafo Diego Thiago Ribeiro

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O futebol profissional é uma carreira considerada curta, que pode durar no máximo 15 anos, ou, nos casos mais longevos, ultrapassar duas décadas. Recentemente, no entanto, um jogador brasileiro pensou em desistir da profissão aos 21 anos, após ter sido vaiado em campo. Foi o caso de Diego Rosa, volante do Bahia que muito antes de virar jogador profissional já precisava lidar com a alta expectativa.

Janeiro Branco: Jogadores e especialistas debatem depressão e ansiedade no futebol

O desabafo de Diego Rosa aconteceu em pleno Janeiro Branco, mês de conscientização sobre a saúde mental. O relato do volante através das redes sociais chama a atenção para os cuidados diante de um ambiente nocivo e que pode implicar no futuro dos atletas.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil é o país da América Latina com mais casos de depressão. O mapeamento aponta que 5,8% da população sofre com a doença, o que equivale a 11,7 milhões de pessoas.

"Caso Diego Rosa" reforça debate sobre saúde mental no esporte — Foto: Letícia Martins / EC Bahia / Divulgação

No mundo da bola, um estudo de 2020, da Federação Internacional dos Jogadores Profissionais de Futebol (FIFPro), indica que 38% dos jogadores de futebol de alto nível sofrem de depressão ou ansiedade. Em um elenco com 25 atletas, três deles podem relatar esses problemas.

Um deles foi Thiago Ribeiro, atacante com passagem por grandes clubes do Brasil como São Paulo, Santos, Atlético-MG e Bahia, além de Cagliari, da Itália. Dono de uma carreira de sucesso, com título Mundial, ele foi mais uma vítima de uma doença silenciosa: a depressão.

"Perdi peso, massa muscular, percebi que a resistência que sempre tive foi afetada, a minha explosão. Perdi o raciocínio", recorda.

Thiago Ribeiro atualmente tem 37 anos e defende o Catanduva, clube que disputa a terceira divisão paulista. Ele lutou por oito anos contra a depressão até se recuperar plenamente.

Thiago Ribeiro fala sobre tratamentos e continuidade da carreira

Um pedido de ajuda

Diego Rosa após derrota do Bahia para o Jequié — Foto: Redes Sociais

Já no caso de Diego Rosa, ele foi tratado como uma joia nas categorias de base e vendido ao Grupo City por R$ 30 milhões em 2020, quando tinha 20 anos. O volante passou por clubes de menor expressão na Bélgica e em Portugal, sem grande brilho, até chegar ao Bahia, em 2023. Na equipe baiana, porém, não se firmou e conviveu com as críticas da torcida. O episódio mais doloroso aconteceu com as vaias no dia 18 de janeiro deste ano, na derrota por 1 a 0 para o Itabuna, estreia da equipe na temporada.

"Venho informar que hoje foi meu último jogo como jogador".

Quem é Diego Rosa? Veja alguns lances dele pelo Bahia

Michelle Rizkalla, psicóloga do esporte e com passagem pelo Bahia, e Cássio Silveira, psiquiatra, alertam que o desabafo de Diego Rosa foi um pedido de ajuda.

"O atleta foi preparado para esconder sofrimento, para esconder os seus sentimentos. Então, o atleta vai suportando, chega no clube com sorriso, mas a alma ferida", diz Michelle Rizkalla.

– Quando a gente vê um desabafo, é um pedido de ajuda: “Olha, eu não estou conseguindo lidar com isso, e eu preciso de ajuda. Estou precisando de ajuda”. E, nesse contexto, a gente precisa, sim, acolher esse jovem – completa Silveira.

Michelle Rizkalla explica que muitos jogadores são preparados para esconder os sofrimentos emocionais em vez de buscar tratá-los. Por isso, observá-los no dia a dia é fundamental.

– A gente não consegue enxergar a alma. A gente começa a identificar o comportamento estranho. Ele pode estar mais agressivo no treino, pode estar sozinho numa refeição no refeitório constantemente, pode não te olhar no olho, fugir de você quando quer estabelecer vínculo. Para chegar a esse ponto, é porque ele está sofrendo há muito tempo. E a gente precisa estar atento a esses outros comportamentos que podem sugerir isso. Você acompanha o atleta em toda sua rotina, nos locais, nos jogos. E você vai identificando, levantando necessidades.

Após o desabafo de Diego Rosa, o Bahia publicou uma nota na qual garantiu suporte e atenção ao jogador, que voltou a campo no jogo seguinte da equipe e balançou as redes no empate com o Atlético de Alagoinhas.

A psicóloga Michelle Rizkalla trabalhou no “ano zero” do Grupo City à frente do futebol do Bahia. Ela conta que, dentre os objetivos, buscou facilitar adaptações em um clube repleto de novos processos. Além disso, existia a pressão do rendimento esportivo, resultado da alta expectativa e da situação do time, que lutou contra o rebaixamento até a última rodada do Campeonato Brasileiro.

A minha tentativa era criar, com todos os profissionais, um ambiente saudável e acolhedor para esse grupo que estava tendo derrotas, sofrendo críticas lá fora, mas que precisava ser bem recebido lá dentro, como se fosse uma blindagem, um acolhimento”.
— Michelle Rizkalla

Danilo Fernandes celebra permanência do Bahia na última rodada do Campeonato Brasileiro — Foto: Gabrielle Gomes

Outros casos

Existem diferentes trabalhos dentro de um clube voltados para a saúde mental dos atletas. No Bahia, um outro jogador que precisou de ajuda para se adaptar foi o jovem lateral-esquerdo Jhoanner Chávez, equatoriano que chegou aos 20 anos, como maior contratação do clube à época, por R$ 18 milhões. A expectativa da torcida foi grande, mas o atleta não rendeu o esperado.

– O que eu posso dizer do Chávez, que fica muito claro para todo mundo, é que o Chávez sofreu uma pressão muito grande por parte da torcida. O Chávez tinha um histórico esportivo de não ter saído de seu país. Então, era tudo muito novo para ele – explicou Michelle Rizkalla.

Chávez comemora único gol pelo Bahia, em jogo da Copa do Nordeste 2023 — Foto: Felipe Oliveira / EC Bahia / Divulgação

Chávez sofreu críticas contundentes, além de ameaças, o que dificultou o seu processo de adaptação no Tricolor. O lateral disputou 29 jogos e, atualmente, está emprestado ao Lens, da França.

“Foi uma questão da gerência, do clube entender que o lugar que adoece a gente talvez não seja o lugar que cura a gente”, disse a especialista.

Atletas felizes performam melhor. E falar das emoções não é fraqueza, não é vulnerabilidade. Muitas das vezes é se libertar de fantasmas, esclarecer e organizar internamente aquilo que pode me fazer render mais, ser mais feliz. É ter cuidado com a pessoa”.
— Michelle Rizkalla

Atenção na formação

Diego Rosa cogitou abandonar o futebol após ser vaiado — Foto: Tiago Caldas / EC Bahia / Divulgação

De acordo com a Organização Mundial de Saúde, metade dos problemas de saúde mental aparece quando os pacientes estão próximos de completar 14 anos. Em comum, os casos de Diego Rosa e Chávez têm o curto momento enquanto atleta profissional.

Aos 23 anos, o goleiro Adriel, do Bahia, também precisou buscar ajuda ainda quando atuava pelo Grêmio. Ele contou com o trabalho de profissionais capacitados e também com uma rede de apoio, que, atualmente, faz questão de oferecer aos mais jovens.

– Já passei por isso, sei qual é a importância de se cuidar mentalmente, não só fisicamente. Procurar um profissional, se cuidar. Eu passei muitas dificuldades quando saí do Grêmio, que tive um pequeno problema. Mas ali eu procurei me cuidar, conversar com pessoas especializadas. É muito importante ter esse cuidado.

"Eu procuro métodos para passar para os meninos, de reconhecer qual é a importância desse cuidado, que muitas vezes aparece como a pessoa ter vergonha, achar que é uma fraqueza. Mas é importante demais. A gente está aqui para ajudar. Não só eu, mas todo o corpo técnico sabe dessa importância", disse Adriel em entrevista coletiva em janeiro.

Diante dessa realidade, Michelle Rizkalla aponta que a preocupação com a saúde mental dos atletas dentro dos clubes deve começar cedo.

– Nós estimulamos miniaturas de adulto na base. A gente tem a base como formadora, mas, na prática, a gente tem exigências como se eles estivessem sendo preparados para resultados e vitórias.

"Essa fase do desenvolvimento desses atletas na base é a fase da consolidação e da construção da personalidade, das crenças de autoestima, da confiança, da crença de capacidade, de merecimento".

De acordo com a especialista, o clube precisa implementar uma cultura de acolhimento que envolva todos e vá além da preocupação com o desempenho dentro de campo.

– Começando pelos gestores, que precisam comprar essa ideia de que o atleta não é herói, principalmente os miniatletas, os atletas de base. E que isso seja divulgado e feito com que os profissionais sejam chamados e convencidos para que o papel deles não é só saber se o garoto joga bem. Mas também se ele está feliz, se aquilo está tendo impacto na autoestima dele, na autoconfiança dele, em como ele se enxerga, em como ele sente que ele é capaz para sair de uma situação adversa.

O psiquiatra Cássio Silveira alerta que, ao ser tratado como herói, o atleta cria resistência em procurar ajuda.

– Acaba que, nesse esporte, no futebol, se tem muito ideia de que os atletas precisam ter uma mentalidade blindada, que são fortes. Às vezes a gente esquece que eles também são seres humanos, que têm fraquezas, que têm dificuldades, que têm altos e baixos – complementou Silveira.

Sintomas e como buscar ajuda

Thiago Ribeiro em entrevista ao ge — Foto: Reprodução/TV Bahia

Engana-se quem imagina que a depressão surja a partir de um grande trauma ou motivo aparente. No caso do atacante Thiago Ribeiro, o problema começou de forma repentina.

– Eu não estava passando por nenhum problema na minha vida, nem na área profissional, nem minha na vida pessoal. Estava jogando no Santos, tudo indo bem, e, simplesmente, repentinamente, comecei a me sentir triste, desanimado. Uma angústia, sensação muito ruim que tomava conta de mim – lembra o atacante.

A psicóloga Michelle Rizkalla conta que entre os sintomas mais comuns relacionados aos problemas de saúde mental está a ansiedade, que pode ser manifestada por sudorese nas mãos, tremor e aceleração dos batimentos cardíacos. Em níveis elevados, por pressão na nuca, antecipação de cenários negativos e pensamentos ruins do passado. Dentro de campo, pode resultar em erros e baixa performance.

– Se manifesta em erros repetitivos, em um atleta estar com a bola e não fazer um passe tão simples [por exemplo]. Mas existem muitas formas de ser manifestada na prática. Uma agressividade em campo, comportamento mais violento, uma constante reclamação com o juiz. Isso tudo, pontualmente, não diz nada, mas para o psicólogo que acompanha aquele atleta, dentro de um contexto que ele tem informações do que aquele atleta está vivendo e é repetido, você já começa a acender um sinal de avaliação que necessita um olhar mais apurado.

Psicóloga Michelle Rizkalla revela sintomas e consequências dos problemas mentais

Outro ponto que Rizkalla destaca é a importância de não “diagnosticar para rotular”. Muito além disso, é fundamental trabalhar soluções e envolver as pessoas do clube no processo de recuperação do atleta. Se o trabalho na agremiação esportiva não for suficiente, talvez seja a hora de buscar ajuda psiquiátrica.

– A depressão excede o nível de tristeza, paralisa, faz o atleta, o ser humano perder um pouco o sentido. Olhar para o futuro e ver que não tem esperança no futuro. Quando esses sintomas são repetitivos e começam a prejudicar a vida do sujeito, a gente precisa dar mais atenção. Existem testes que confirmam uma observação. Uma vez confirmada, precisa encaminhar, dependendo do diagnóstico, para um psiquiatra – explicou.

Atualmente, no caso dos maiores clubes do estado, o Bahia possui psicólogo em seu quadro de funcionários, enquanto o Vitória busca a contratação de um profissional da área.

Michelle Rizkalla indica pontos relevantes para serem trabalhadores dentro dos clubes:

  • 1. Atletas precisam encorajar colegas a lidar com a saúde mental:

"Aquele atleta que já passou por isso e tenha um conhecimento, hoje, mais apurado do que seja a psicologia, o tratamento, fale sobre suas emoções, divulgue, se exponha e seja inspiração e salve outros atletas disso".

  • 2. Saúde mental precisa ser cultivada nos clubes. Não é apenas dever do psicólogo:

"Incentivar essa cultura para gestores, para líderes, para profissionais que cuidam desses atletas para que o ambiente seja saudável".

  • 3. Contratação de profissionais especializados e experientes no futebol:

"Cada modalidade tem a sua característica, tem a sua especificidade. Em cada modalidade o processo de adoecimento psíquico pode acontecer de uma forma".

  • 4. Conscientização que vulnerabilidade não é fraqueza:

"Falar de emoções é uma grande vantagem competitiva, assim como ensinar esses atletas a reconhecer e identificar sinais de que alguma coisa não vai bem, isso é o mais importante"

Tabu em busca por ajuda

Um dos tratamentos para cuidar da saúde mental é a busca da consulta por um psiquiatra, mas o tabu sobre o tema freia o tratamento em alguns casos. No mundo do futebol, inclusive, essa resistência pode ser maior, de acordo com o psiquiatra Cássio Silveira.

– Falar abertamente sobe esse tema, na sociedade geral, já é um tabu. Falar com os atletas profissionais, um jogador de futebol, é um tabu ainda maior. Muitas vezes não falam sobre isso com medo de terem preconceito, de ter uma diminuição de oportunidade na carreira, de ir para o banco de reservas, de perder contrato com patrocinadores. Acabam não buscando ajuda, tentando resolver por si próprio. Às vezes acabam agravando esses sintomas. E quando vão buscar ajuda, é quando, às vezes, há um prejuízo muito intenso – explicou Silveira.

Psiquiatra Cássio Silveira abre o jogo sobre os tabus relacionados aos problemas mentais

Outro receio que pode impedir os jogadores de futebol a buscar ajuda psiquiátrica está relacionado às reações aos medicamentos, algo que pode ser explicado durante uma simples consulta. O mais importante, de acordo com Silveira, é o "efeito terapêutico" que o tratamento pode trazer ao jogador.

– As pessoas melhoraram com o tratamento. É importante que elas busquem ajuda quando têm necessidade. Nem todos os pacientes que precisam de ajuda vão precisar, necessariamente, de remédios. Precisam de orientação, precisam de apoio, acolhimento. É muito difícil você estar passando por uma crise de ansiedade. Acha que vai morrer, que a vida vai acabar. Quando você vai a uma consulta, conversa com um profissional, ele explica que você está tendo uma crise de ansiedade. Isso tem tratamento. Você não vai morrer, tem como tratar – iniciou o médico.

A gente pode usar medicamento para acabar a crise, terapia para tentar qual gatilho foi despertado. Na maioria das vezes o paciente sai se sentindo melhor. Isso, por si só, já é terapêutico”.
— Cássio Silveira

O psiquiatra Cássio Silveira também explica que o jogador profissional não precisa temer ser reprovado no exame antidoping se tiver que fazer tratamento com medicamentos para cuidar da saúde mental. O departamento médico do clube deve estar ciente do que é receitado e dialogar com o psiquiatra para encontrar a melhor solução.

– Isso tudo é regulamentado. O próprio médico do clube tem que estar atento à substância, ao princípio ativo propriamente dito. Mas, às vezes, o incipiente que é feito o comprimido pode ter alguma substância que possa ser proibida. Então, todo esse contato que é feito com o profissional tem que ser feito mediante uma conversa com o departamento médico do clube. A grande maioria das medicações não aumenta o desempenho. Elas conseguem colocar o atleta num nível de competitividade, que ele fique no mesmo nível.

"Hoje vivo uma vida 100% normal"

Thiago Ribeiro em treino do Catanduva — Foto: Tamires Estruzani/Catanduva FC

Oito anos. Um período que dá para disputar duas Copas do Mundo ou dois Jogos Olímpicos. Um total de 2.922 dias se contados os anos bissextos. Esse foi o tempo que o atacante Thiago Ribeiro lutou contra a depressão.

A depressão acompanhou o jogador durante as passagens por Santos, Atlético-MG e Bahia. Mas foi no time baiano que sofreu com maior queda de performance.

– O clube, realmente, que eu não consegui render devido a esses problemas foi o Bahia. Passei uma temporada. Depois de três meses lá, acabei sendo afastado do time, fiquei praticamente uns seis meses afastado, treinando em separado. Nos três meses que estive com o grupo, treinando e participando dos jogos, o meu rendimento foi muito abaixo do que poderia entregar. Isso acabou resultando no meu afastamento porque as pessoas no Bahia não tinham noção desse problema que eu enfrentava.

Thiago Ribeiro deixou claro, no entanto, que preferiu não falar sobre o assunto enquanto defendeu o Tricolor, clube no qual disputou 23 jogos e fez dois gols.

– No Atlético-MG e Bahia eu procurava não falar muito a respeito. Como o pessoal não acompanhou o início do problema, pensava em ficar na minha, que não adiantava falar algo que, às vezes, as pessoas não vão entender. Eu preferi guardar para mim. Não fiquei falando muitas coisas para jogadores, comissão técnica. Entendi que era um problema que eu tinha que solucionar, pedindo força a Deus.

Thiago Ribeiro à época do Bahia — Foto: Felipe Oliveira / Divulgação / E.C. Bahia

Thiago Ribeiro passou por psicologia e psiquiatria em busca da cura da depressão. Atualmente, ele não faz mais uso de medicamentos e também não precisa de acompanhamento médico, nem psicológico. Recuperado e vivendo uma vida "100% normal", Thiago Ribeiro pensa, inclusive, em jogar profissionalmente até os 40, 41 anos.

– Há muitos anos não tenho mais acompanhamento. Hoje vivo uma vida 100% normal, como vivia antes do problema. Tenho 37 anos. Vou treinar com a mesma alegria que tinha quando tinha 20 anos, vou para os jogos com a mesma alegria. Me sinto bem fisicamente, estou em atividade. Quero jogar mais uns três, quatro anos em alto nível. O meu corpo vai determinar até quando posso jogar […]. Eu me sinto ainda um garoto, com motivação para jogar. Me alimento bem, consigo dormir bem. Tem alguns anos que não tenho acompanhamento. Graças a Deus superei esse problema.

Rede de apoio é fundamental

Thiago Ribeiro foi homenageado com anel pelo título mundial do São Paulo — Foto: Arquivo Pessoal

Além do tratamento médico, Thiago Ribeiro contou com sua fé e com o apoio familiar e de amigos para combater a depressão.

– Creio em Deus, sou cristão, coloquei essa fé em prática. Acreditei que aquele momento ruim não iria durar para sempre, que eu iria lutar e iria superar. Essa fé foi fundamental para sair daquela situação – iniciou o atacante.

"Tive apoio da minha esposa, dos meus pais, amigos, da família e pessoas próximas. Isso é outra coisa que considero muito importante", complementou.

Já recuperado, o atacante aproveita para ajudar quem tem passado por problemas que afetam a saúde mental. O jogador se tornou rede de apoio de outras pessoas por meio das redes sociais.

Procuro dar palavra de apoio, dizendo que ela não está sozinha. Sempre procuro dizer para as pessoas que, quando estamos passando por esse problema, parece que vai durar para sempre. E dou o meu exemplo”.

– Digo para lembrar de quem essa pessoa era antes dos problemas, que é isso que tem que ter na mente. Digo que você é uma pessoa normal, que vai viver uma vida normal e que esse problema é passageiro. Que traga na memória os bons momentos que viveu antes do problema. Isso é o que vai motivar e dar força para superar e voltar a viver uma vida como antigamente – complementou Thiago Ribeiro.

"Viver uma vida normal"

Thiago Ribeiro, atacante ex-São Paulo, Cruzeiro, Santos e Atlético-MG, está recuperado da depressão e atuando profissionalmente — Foto: Arquivo Pessoal

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), 80% das pessoas que vivem com a saúde mental abalada ainda não tiveram a mesma oportunidade que Thiago Ribeiro, ou seja, de fazer um tratamento qualificado.

O jogador buscou o caminho do cuidado e deu a volta por cima. Um exemplo para muitos outros jogadores e pessoas de que a busca por ajuda é fundamental.

– Não precisa ter receio de procurar ajuda. Procure ajuda de um psicólogo, psiquiatra. Não só quem tem depressão, mas quem tem problemas no dia a dia pode ter acompanhamento. Isso ajuda bastante. E o principal é acreditar, ter fé em Deus que vai superar. E trazer na memória os bons momentos que viveu. Quando você alimenta coisas boas, é isso que vai te dar forças e ajudar a viver uma vida normal. Então, é acreditar que vai superar – conclui o atacante.

Tratamento pelo SUS

A Rede de Atenção Psicossocial (Raps), do Sistema Único de Saúde, foi criada para cuidar das demandas relacionadas à saúde mental. Os principais atendimentos são realizados nos Centros de Atenção Psicossocial (Caps). Para ter acesso, é necessário procurar uma unidade básica de saúde mais próxima.

Salvador também conta com um pronto-atendimento psiquiátrico que funciona no 5° Centro de Saúde Clementino Fraga, além de duas Unidades de Pronto Atendimento (UPA). Todos esses locais funcionam por 24 horas.

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Fonte: https://ge.globo.com/ba/futebol/noticia/2024/01/30/como-desabafo-de-diego-rosa-e-luta-de-thiago-ribeiro-alertam-para-cuidado-com-saude-mental.ghtml


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Em boa fase no Vitória, Matheusinho comenta desabafo nas redes: "Falaram que eu não conseguiria"

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terça-feira, 17/10/2023 – 16h25

Por Nuno Krause

Foto: Reprodução / TV Vitória

Vivendo boa fase no Vitória, o meia Matheusinho comentou, em entrevista coletiva concedida nesta terça-feira (17), um desabafo que fez nas redes sociais após a vitória do Leão sobre o Guarani. Na publicação, o jogador chegou a dizer que pensou em parar de jogar futebol há um ano. 

 

"Foi um desabafo pessoal, porque desde criança foi muito difícil para mim. Muitas pessoas falaram que eu não conseguiria, por ser baixo, ter pouca estatura. Muitos falaram 'não' para mim e superei todas as expectativas. Vim como a oportunidade da minha carreira. Consegui, estou jogando em um grande clube hoje. É continuar nessa batida para conquistar os objetivos do clube", afirmou, durante a coletiva. 

 

Contratado pelo Rubro-Negro baiano junto ao Ypiranga-RS, Matheusinho já tem 21 jogos nesta Série B, um gol e uma assistência. Atualmente, ele é titular no meio-de-campo do Vitória. 

 

"Sempre joguei na ponta. Eu vim do futsal, então gosto bastante desse jogo apoiado, curto. Fui migrando para o meio e agora sou um 'meia-ponta'. Onde o professor quiser que eu jogue, vou estar doando o meu máximo", comentou. 

 

Líder da Série B com 61 pontos, o Vitória volta a campo na próxima sexta-feira (20), para enfrentar o Sampaio Corrêa, às 18h, no Castelão, em São Luís (MA). A partida é válida pela 33ª rodada da competição. 

Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/esportes/vitoria/27006-em-boa-fase-no-vitoria-matheusinho-comenta-desabafo-nas-redes-falaram-que-eu-nao-conseguiria



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Eduardo explica desabafo na comemoração e comenta golaço de esquerda: “Bati colocado e fui feliz”

Eduardo explica desabafo na comemoração e comenta golaço de esquerda: "Bati colocado e fui feliz"

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O Vitória está classificado para semifinal da Copa do Nordeste. Jogando no Barradão, o rubro-negro baiano venceu o Altos-PI por 2 a 1, na noite deste sábado e carimbou seu passaporte para próxima fase do certame regional.

Após a partida, o meia Eduardo, autor do gol da classificação, concedeu uma entrevista exclusiva à equipe dos Galáticos, da Itapoan FM, e revelou o motivo de ter extravasado após o gol. 

"Estava meio chateado porque uma pessoa não queria me levar para o jogo, pois estava alegando que eu ainda sentia dores. Eu sou consciente e jamais iria limitado para o jogo, ainda mais se tratando de uma decisão. Vir para o jogo, pois sabia que conseguiria jogar. No momento do gol olhei para essa pessoa e dei uma extravasada. Cheguei até a conversar com o professor Rodrigo e disse que não iria 'meia boca' para o jogo. Eu sabia que dava e que eu poderia ajudar. Eu sei da minha qualidade e do que posso entregar ao clube".

O garoto também revelou como foi seus primeiros passos no futebol e como chegou até o Vitória. 

"Minha história foi um pouco difícil como a de muitos jogadores. Passei pelo Fluminense, do Rio, pelo Juventude, do Rio Grande do Sul, e não consegui ficar nesses clubes. Em 2016 surgiu um campeonato sub 16 lá em Pernambuco e os pais dos atletas da escolinha me ajudaram financeiramente para eu conseguir viajar. Graças a Deus o Vitória foi um desses clubes que participou do torneio e eu conseguir fazer boas partidas. Assim que terminou, o Vitória me fez o convite e eu aceitei de imediato, pois sabia da fábrica de talentos que o clube era". 

Dudu, como é conhecido, desfalcou o Vitória por dois meses por conta de uma hérnia de disco na lombar, que acabou afetando a perna esquerda. Por ironia do destino, o gol marcado pelo garoto de 20 anos saiu justamente da perna que até poucos dias não obedecia a todos os movimentos. 

"Ela sobrou na minha perna esquerda, a perna que a hérnia que eu tive radiou. Eu não estava conseguindo fazer alguns movimentos com ela, mas graças a Deus sobrou logo na perna que não era a boa e eu pude ser feliz. Eu até pensei em trazer para perna direita, mas desistir e optei em dar uma tapa colocada e tirar do goleiro". 

No fim, após ouvir o gol narrado pelo radialista Marlos Costa, o meia revelou que sempre teve o sonho de ter um gol repercutido na emoção da rádio.

Fonte: https://www.galaticosonline.com/noticia/17/04/2021/97422,eduardo-explica-desabafo-na-comemoracao-e-comenta-golaco-de-esquerda-bati-colocado-e-fui-feliz.html


Eduardo explica desabafo na comemoração e comenta golaço de esquerda: "Bati colocado e fui feliz"


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Desabafo de Lisca sobre Covid-19 recebe apoio de Rodrigo Chagas: ‘Coragem de falar’

Desabafo Lisca sobre Covid-19

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Foto: Enaldo Pinto/ Ag. Haack/ Bahia Notícias

O início da Copa do Brasil em meio à pandemia da Covid-19 recebeu críticas do técnico Lisca, do América-MG (relembre aqui). O treinador Rodrigo Chagas, do Vitória, apoiou as declarações do comandante do Coelho.

 

“Apoio totalmente o que Lisca falou. Acho que ele foi totalmente feliz na posição. Ele teve bastante coragem de falar. Parabéns professor Lisca. Um momento muito difícil que vivemos e fazer com que nós profissionais possamos ir para alguns lugares distantes do Brasil sem saber… Nós vamos lá para o Mato Grosso, se não me engano a logística até para o próprio jogo é meio complicada. No momento que vivemos hoje, com essa pandemia, arriscando nossos atletas, arriscando nossas vidas, acho que é um momento ruim e que a CBF deveria rever. No momento mais propício, melhor, para que pudesse ocorrerem os jogos marcados. Mas somos profissionais e estamos aqui para cumprir esse longo calendário que temos. Mas acho que o Lisca foi totalmente feliz nas palavras”, afirmou Rodrigo Chagas.

 

O Vitória estreia na Copa do Brasil contra o Águia Negra-MS, na próxima terça-feira (9), às 19h15, no Iliê Vidal, em Rio Brilhante (MS).

Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/esportes/vitoria/23588-desabafo-de-lisca-sobre-covid-19-recebe-apoio-de-rodrigo-chagas-coragem-de-falar.html


Desabafo Lisca sobre Covid-19


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Após Vitória escapar da degola, Léo Ceará faz desabafo e se diz grato ao clube

Após Vitória escapar degola

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Foto: Enaldo Pinto/ Ag. Haack/ Bahia Notícias

O Vitória venceu o Botafogo-SP por 1 a 0, nesta terça-feira (26), no Barradão, e garantiu a permanência na Série B. O atacante Léo Ceará demonstrou alívio, mas fez um desabafo.

 

"A sensação é de dever cumprido entre aspas. A gente deveria ter brigado pelo acesso, mas não deu. Conseguimos evitar o rebaixamento, mas não precisava passar por isso”, disse em entrevista ao SporTV.

 

O centroavante, que está de malas prontas para o Yokohama Marinos, do Japão, expressou sua gratidão ao Vitória.

 

“Tudo o que eu tenho hoje, foi o Vitória que me deu. Saio com a cabeça erguida pelo bom trabalho após dez anos. Foram momentos bons e ruins, mas o sentimento é de gratidão ao clube, que me deu uma vida melhor. Espero que o Leão venha forte para a próxima temporada”, emendou.

Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/esportes/vitoria/23420-apos-vitoria-escapar-da-degola-leo-ceara-faz-desabafo-e-se-diz-grato-ao-clube.html


Após Vitória escapar degola


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Presidente do Vitória diz que "faz com o dinheiro o que quiser" sobre repasse da CBF ao feminino; diretor jurídico afirma que foi desabafo

Presidente Vitória "faz dinheiro

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1 de 1 Vitória futebol feminino; leoas — Foto: Maurícia da Matta/Divulgação/EC Vitória

Vitória futebol feminino; leoas — Foto: Maurícia da Matta/Divulgação/EC Vitória

O presidente do Vitória, Paulo Carneiro, comentou nesta segunda-feira sobre o clube não ter repassado ainda às atletas o valor de R$ 120 mil dado em abril pela Confederação Brasileira de Futebol aos times que disputam a Série A1 do Brasileiro feminino . Em entrevista à Rádio Sociedade, o dirigente disse que “faz com o dinheiro o que ele quiser e assume a responsabilidade pelos atos”. A realidade das jogadoras do clube já foi mencionada no blog, e o atraso no pagamento chegava a três meses. Procurada, a CBF preferiu não comentar as declarações.

– O Vitória tem um problema muito mais grave do que esse, em nível operacional. Que é conseguir equacionar esse saco de problemas que nós herdamos e que ainda tenho que ouvir gente preocupada com o futebol feminino. Você vai dizer “Paulo, você não se preocupa com o futebol feminino?.” Eu me preocupo com as prioridades do clube. O clube tem prioridades monstruosas, criminosas para absorver e as pessoas estão preocupadas com o que é que o Vitória fez com os R$ 120 mil do futebol feminino. Eu quero dizer que os R$ 120 mil foram dados ao Vitória, sabe? E o presidente do Vitória faz com o dinheiro o que ele quiser e assume a responsabilidade pelos seus atos perante o conselho fiscal. Está aí o balanço publicado. Sabemos o que é melhor para o Vitória e sabemos a hora de fazer, definir as prioridades no rol de problemas que temos enfrentado no clube no dia a dia e que temos que ter muito coração para aguentar – afirmou Paulo Carneiro, à rádio Sociedade.

Em contato com o Dona do Campinho, o diretor jurídico do clube, Dilson Pereira, afirmou que a declaração do presidente seria mais em tom de desabafo pela situação financeira da equipe baiana. Segundo Pereira, o Vitória encontra-se em situação pré-falimentar, baseando-se em auditoria feita. O diretor coloca que o time está tentando apenas fazer caixa para garantir uma melhor situação já que ocorreu, de acordo com ele, até mesmo a quebra de patrocínio. Em seguida, pretende pagar o que deve ao grupo do feminino.

– Todo o pagamento do futebol feminino será feito. Só estamos fazendo caixa. O clube está em uma situação pré-falimentar. Em um futuro próximo pode não conseguir exercer suas funções. É uma situação delicada – afirmou Dilson Pereira.

Fonte: https://globoesporte.globo.com/blogs/dona-do-campinho/post/2020/06/15/presidente-do-vitoria-diz-que-faz-com-o-dinheiro-o-que-quiser-sobre-repasse-da-cbf-ao-feminino-diretor-juridico-diz-que-foi-apenas-desabafo.ghtml


Presidente Vitória "faz dinheiro


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Portanto, por isso, assim sendo, por conseguinte, conseqüentemente, então, deste modo, desta maneira, em vista disso, diante disso, mediante o exposto, em suma, em síntese, em conclusão, enfim, em resumo, portanto, assim, dessa forma, dessa maneira, logo, pois, portanto, pois, (depois do verbo), com isso, desse/deste modo; dessa/desta maneira, dessa/desta forma, assim, em vista disso, por conseguinte, então, logo, destarte.