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– Na realidade essa Série B está muito equilibrada, muito disputada, com pontuação alta. Normalmente, 62 pontos é a média que as equipes miram antes de começar a competição. Agora já aumentou um pouco, então vai depender muito desses confrontos. Pode ser que 64 seja suficiente. Talvez um pouco mais ou um pouco menos. Por isso temos que seguir sempre tentando fazer o melhor para conseguir somar. Tem que ser dessa forma até o final da competição – disse o treinador.

De acordo com os matemáticos da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), o clube que chegar a 64 pontos tem 77% de probabilidade de se garantir na elite do Brasileirão. Com 67 pontos, a chance será de 99%.

De olho nos 67 pontos, o Rubro-Negro só precisa de mais três resultados positivos. O primeiro pode ser conquistado já contra o Criciúma. O Tigre não vence há duas rodadas, mas é o oitavo colocado, com 48 pontos, e sonha com o acesso.

– Independentemente do momento deles, até porque várias equipes passam por momentos de oscilação. O Criciúma está passando por esse momento agora. Mas é uma equipe que é um dos melhores mandantes, assim como nós e o Sport. Um jogo difícil. Se a gente trouxer um resultado positivo de lá pode manter a distância em dez pontos ou abrir para 13. Aí fica quase impossível deles nos alcançarem. Temos que ir lá e fazer um bom jogo – explicou Condé.

O comportamento do Vitória em campo não deve mudar. A ideia de Condé é que seus comandados dificultem ao máximo a vida do adversário com um jogo inteligente.

– Acho que a gente tem que jogar como vem jogando quase todos os jogos da competição. Jogar de forma equilibrada e entender os momentos do jogo. Pressionar um pouco mais o adversário, saber o momento de marcar mais baixo e explorar o contra-ataque. A gente vai tentar dificultar o máximo, para que eles não se sintam confortáveis dentro da partida.

Para a partida, o comandante rubro-negro ainda não poderá contar com o lateral Zeca e o volante Matheus Trindade, mas ganhou os retornos do volante Dionísio e do meia Giovanni Augusto.

Vitória e Criciúma vão se enfrentar às 18h deste domingo (horário de Brasília). A expectativa é de que Léo Condé repita o time que derrotou o Tombense, por 1 a 0.

– A gente busca ter uma base e de uma partida para outra estudar o adversário e criar estratégias para o jogo sem trocar muitas peças. Às vezes uma ou duas peças é normal mudar por uma série de fatores. O que complica é ter que mudar muitas peças de um jogo para outro e acabar mexendo na estrutura. Nas últimas partidas a gente conseguiu repetir uma base, e isso contribuiu muito para a gente vencer os últimos jogos.

Onde o time mais evoluiu?
– Eu acredito que em todos os sentidos. Futebol a gente não trabalha separado físico, técnico e tático. É tudo junto. E o lado psicológico também. Acredito que a gente tem conseguido conduzir bem o trabalho. Não só pela comissão técnica, mas principalmente pela vontade dos jogadores. Tivemos evolução tanto individual quanto coletiva. E o técnico estando bem, acaba contribuindo para o junto os aspectos táticos.

Importância do momento
– A orientação é constante ao longo da semana, nos treinamentos, nas apresentações dos vídeos, intervalo de jogo. No pré-jogo sempre tem algo também, uma palavra de incentivo, isso é muito de momento, não é algo programado. Sai ali naquele momento. Não só o Léo treinador, mas temos vários jogadores com perfil bom, que já tiveram boas experiências e conseguem transmitir para os companheiros coisas importantes.

Manter aproveitamento obtido na reta final pelo Sampaio
– Seria fantástico se eu conseguisse repetir (a reta final de 2022 com o Sampaio), mas são contextos diferentes, clubes diferentes. A gente naquele momento já tinha um trabalho bem consolidado, não tivemos problemas de suspensão e lesão, a gente atingiu seu ápice em todos os aspectos naquele momento. Era uma competição com contexto diferente, algumas equipes já sem objetivos na competição. Esse ano é diferente, todos brigando, os jogos tendem a ser mais equilibrados.

Espera início de jogo com muita pressão do adversário?
– Independentemente da situação, é sempre normal o time da casa se impor perante ao adversário. Por todos os fatores, conhecer o gramado, ter o apoio do torcedor, mas a gente já encarou esse tipo de jogo também. Sport, Atlético-GO, e a gente conseguiu ser forte nesse tipo de confronto. Espero que domingo mais uma vez a gente consiga.

Como blindar o elenco dessa empolgação?
– É algo que já comentei em outras oportunidades. Não tem empolgação aqui, nem desespero quando vem a derrota. Acho que é nosso segredo. Nosso grupo de jogadores está muito focado em trabalhar. Se preparar realmente para o jogo. É natural do ser humano, a gente com boas oportunidades para alcançar objetivos grandes na competição, mas não podemos deixar de fazer aquilo que nos trouxe até aqui, que é trabalhar forte e estar sempre focado nos jogos.

Avaliação do trabalho no Vitória
– Posso falar como eu me sinto, me sinto muito bem, privilegiado de dirigir um clube com torcida grande e apaixonada. Privilégio trabalhar em um clube com torcida grande e apaixonada. Sou muito respeitado aqui dentro. Agora avaliação do trabalho só podemos fazer com o término da competição. Passamos por momentos difíceis quando chegamos aqui, mas conseguimos colocar em prática nossas ideias. Mas só o resultado final vai ditar avaliação do trabalho desenvolvido aqui.