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+ David Luiz ganha recepção de Marinho e conversa com Vojvoda sobre projeto do Fortaleza

O zagueiro é um dos nomes badalados a chegar no Nordeste. Em outros anos, jogadores chegaram para movimentar o mercado da região e gerar repercussões.

Quais as contratações de mais impacto no Nordeste? O ge elege.

• Bebeto (Vitória, em 1996)

Um dos grandes anúncios, que movimentou o futebol nordestino, foi a ida de Bebeto para o Vitória. No fim de 1996, o clube fechou uma parceria com o Banco Excel. Clube e parceiro promoveram a volta de Bebeto para o Rubro Negro baiano.

Bebeto foi recebido com festa no clube do Barradão e, logo no primeiro jogo, o Vitória venceu o amistoso contra o Corinthians por 3 a 1. O jogador liderou a equipe nas conquistas da Copa do Nordeste e do Campeonato Baiano.

A história de amor acabou quando o jogador recebeu uma proposta para voltar ao Deportivo La Coruña. O presidente do Vitória, Paulo Carneiro, anunciou a liberação do jogador "por causa da atitude não-profissional do jogador, cujo contrato era de três anos".

• Petković (Vitória, em 1997)

O sérvio fez um movimento interessante ao vir para o futebol brasileiro em 1997. Sem ter conseguido se firmar no Real Madrid e com empréstimos a outros times espanhóis como Sevilla e Racing, Petkovic foi procurado pelo Vitória.

O Rubro-Negro tinha o brilho de Bebeto para atrair olhares. Três anos antes, o jogador havia sido um dos protagonistas da conquista do tetracampeonato mundial pela seleção brasileira. Pet escolheu então o Vitória como nova casa e permaneceu no clube baiano até 1999, tornando-se um dos grandes ídolos do Leão.

Nos anos seguintes, fez história no Flamengo e teve passagens também por Vasco, Fluminense, Goiás, Santos e Atlético-MG, antes de se aposentar no rubro-negro carioca em 2011. Na época da contratação, causou uma grande repercussão.

• Everton Ribeiro (Bahia, em 2024)

Everton Ribeiro está no Bahia desde 2024. Cobiçado por vários clubes, o atleta de 34 anos escolheu o projeto do Esquadrão de Aço, que faz parte do City Group. Chegou ao time nordestino com um currículo extenso: craque do Brasileiro em 2013 e 2014, com o Cruzeiro, referência técnica no Flamengo, entre 2017 e 2023, presença na Seleção Brasileira na Copa do Mundo de 2022. Ceni esteve envolvido na negociação e quis o jogador como uma referência para os outros jogadores do elenco.

O meia liderou o Bahia na conquista da vaga na Libertadores após 35 anos. Everton disputou 61 jogos pelo Bahia em 2024, com nove assistências (segundo do time ao lado de Cauly) e seis gols. Everton tem mais um ano de contrato com o Bahia, com possibilidade de estender por mais uma temporada.

• David Luiz (Fortaleza, em 2025)

O Fortaleza anunciou, na noite desta segunda-feira (20), a contratação de David Luiz até 31 de dezembro de 2026, com opção de renovação por mais um ano. O zagueiro chega ao Tricolor sem custos. David Luiz ganhou vídeo especial no anúncio do Fortaleza (assista acima).

O jogador recebeu outras propostas mais interessantes financeiramente, mas escolheu o Fortaleza por conta do projeto apresentado para o jogador. Além de clubes nacionais, Olympiakos, da Grécia, demonstrou interesse no zagueiro, que acabou dizendo "sim" ao clube cearense.

Vínculo é de dois anos de extensão, com possibilidade de renovação por mais um ano. A renovação será discutida no fim de 2026, caso David Luiz opte por continuar jogando. O zagueiro chegou na capital na madrugada de terça-feira.

• Diego Souza (Sport, em 2015)

Em 2015, Diego ampliou seu protagonismo no Sport durante a disputa do Brasileirão. Ele liderou o time na campanha que terminou com a sexta colocação, a melhor campanha do clube na Série A de pontos corridos. Neste mesmo ano, chegou a jogar de goleiro contra o Flamengo após lesão de Magrão.

Diego Souza trocou o Leão pelo Fluminense, no começo de 2016, mas retornou após nove partidas. Nesta época, um áudio dele declarando amor ao Sport vazou e viralizou, aumentando ainda mais a idolatria dos rubro-negros. Neste mesmo ano, ajudou o Leão a evitar a queda sendo artilheiro do Brasileirão com 14 gols.

Pelo Sport, chegou à seleção brasileira em 2017. E entrou para a história em amistoso contra a Austrália com o gol mais rápido da história da Canarinho (logo aos 10 segundos), e também como o primeiro jogador do Sport a marcar duas vezes no mesmo jogo com a camisa da seleção.

• Túlio Maravilha (CSE em 2012, Barras em 2011)

Aos 42 anos de idade, Túlio Maravilha resolveu que queria ajudar na visibilidade do CSE e também tentar alcançar o gol de número mil em 2012. Túlio disputou o Campeonato Alagoano pela equipe do CSE, clube de Palmeira dos Índios, cidade a 125 km da capital Maceió. Túlio chegou na equipe com 975 gols na carreira. A intenção do atacante era chegar à marca de 993 para, então, retornar ao Botafogo, clube com o qual tem maior identificação e pelo qual obteve maior sucesso. No Glorioso buscaria completar os 1000 gols.

• Edílson Capetinha (Vitória, em 2004)

Além do título mundial na Copa do Mundo de 2002, Edilson conquistou o Mundial de Clubes pelo Corinthians, em 2000, foi três vezes campeão brasileiro, em 93 (Palmeiras) e em 98 e 99 (Corinthians). Em 2004, foi campeão baiano pelo Vitória.

De helicóptero, o Capetinha desceu no Barradão em 2004 para a apresentação junto com Vampeta, já que representavam as maiores contratações do Rubro-negro naquela temporada.

Na lista, tem muitos jogos memoráveis, porém a conquista do tricampeonato baiano pelo Vitória, em 2004, tem um lugar especial. Com o Barradão lotado, no dia 18 de abril de 2004, o Vitória de Edilson, Vampeta e Obina levantou a taça estadual em cima do arquirrival Bahia.

Em 2010, Edilson teve a chance de se redimir. Jogou o primeiro semestre pelo Bahia. Mas, já na fase final da carreira, não conseguiu evitar o título do rubro-negro.

• Grafite (Santa Cruz, em 2015)

Destaque na Europa, no Oriente Médio e integrante da Seleção Brasileira na Copa do Mundo de 2010, Grafite retornou ao time coral em 2015 com grande nome. Foi destaque no Brasil, na França, na Alemanha, nos Emirados Árabes e no Catar, deixou marcas positivas por onde passou e retornou para o Santinha com muita pompa.

O torcedor do Santa Cruz tem na memória os 31 gols marcados na última passagem e as conquistas da Copa do Nordeste e do Campeonato Pernambucano de 2016, além do acesso para a Série A, um ano antes. A apresentação do craque, então… teve até helicoptero.

• Edmilson (Ceará, em 2011)

José Edmílson Gomes de Morais, pentacampeão pelo Brasil, já usou a camisa do Ceará. Três vezes campeão francês, duas vezes campeão espanhol, um troféu de Liga dos Campeões. O jogador chegou ao Vozão quando o time brigava na Série A, em 2011 e buscou evitar o rebaixamento para Série B do Brasileiro.

Edmílson também teve passagem pelo forte Barcelona e teve como companheiro de elenco Ronaldinho Gaúcho, Belletti, Sylvinho, Deco… O volante fez história no time catalão e, além dos títulos nacionais, ganhou a Liga dos Campeões da Europa (2005/2006). Depois disso, teve passagens pelo Villareal-ESP, Palmeiras, Zaragoza e, em 2011, assinou com o Ceará. Foi uma contratação de peso para época.

• Jardel (Ferroviário)

Cearense de destaque no futebol mundial, Jardel foi o primeiro jogador do planeta a ser artilheiro tanto da Libertadores quanto da Liga dos Campeões, conquistou muitos torcedores por onde passou e viveu muitos altos e baixos na vida.

Jardel conquistou as Chuteiras de Ouro em 1999 e 2002 por ter sido o maior artilheiro da Europa naqueles anos. Ele atuava pelo Porto em 1999 e chegou aos 36 gols. Em 2002, jogava pelo Sporting e assinalou 42 gols. O ex-atacante também levou a Chuteira de Prata em 1997, pelo Dragão, e a de Bronze em 2000, quando defendia as cores do Galatasaray.

Em enquete feita com jornalistas e pesquisadores do futebol cearense no ge, Jardel foi eleito o maior jogador do estado. Jardel foi revelado na base do Ferroviário, onde também se aposentou.

O ge consultou jornalistas de todos os estados do Nordeste e organizou a lista que você acabou de ler. Para além disso, outros jogadores foram lembrados. Confira outros:

Alagoas: Gum, ex-Fluminense, pelo CRB, em 2020; o retorno de Jacozinho ao CSA, depois de passar pelo Santa Cruz, em 1986; e a contratação do Túlio Maravilha pelo CSE, em 2012.

Bahia: Douglas (1972), Osni (1978), Claúdio Adão (1986), Carlos Alberto e Ricardinho (2011).

Piauí: Paraná (ex-São Paulo): Tiradentes-PI (1973); ⁠Caio Cambalhota (ex-América-RJ): Tiradentes-PI (1973); ⁠Sima (ex-Bahia): Tiradentes-PI (1973); Jardel (ex-Porto e Grêmio): Flamengo-PI (2009); Lúcio Bala (ex-Flamengo e Botafogo): Flamengo-PI (2013); Tuta (ex-Fluminense e Grêmio): Flamengo-PI (2014); Jorge Henrique (ex-Corinthians e Vasco): Piauí (2024); ⁠Eduardo (ex-Guingamp-FRA): River-PI (2014).

Maranhão: Kleber Pereira (Moto Club), Léo Silva (Moto Club), Adílio e Andrade (1995, Bacabal), Cortez (2024, Sampaio Corrêa).

Sergipe: Ricardo Bueno (2023 – Confiança), Hernane Brocador (2021- Confiança), Neto Berola (2021 – Confiança), Morais (2020 – Confiança), Serginho (2020 – Confiança), Tailson (2008 – Confiança), Beto (2009 – Sergipe).