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Rodrigo Chagas manteve praticamente a mesma base da equipe derrotada pelo Inter na última semana. O técnico promoveu apenas duas mudanças. Com Pedrinho suspenso, o treinador escalou Roberto. No aquecimento, Ronaldo se queixou de desconforto muscular e foi preservado. Lucas Arcanjo voltou a defender a meta rubro-negra após quase dois meses.

Desta forma, o Vitória entrou em campo com Lucas Arcanjo; Raul Prata, Marcelo Alves, Wallace e Roberto; Gabriel Bispo, Fernando Neto e Soares; Guilherme Santos, David e Samuel.

Na teoria, a presença de Fernando Neto no meio-campo teria como vantagem deixar a equipe com uma melhor saída de bola. Porém, o volante não teve sucesso no quesito. Burocrático, o Rubro-Negro ficou preso na marcação adiantada do Náutico, o que, muitas vezes, fazia o time precisar de muitos passes laterais e para trás até, enfim, conseguir chegar ao ataque.

No setor ofensivo, o Vitória apresentou um “samba de uma nota só”. Sem criatividade no meio, o time concentrou as jogadas pelas laterais. Mas a noite ruim dos atacantes de lado só piorou o rendimento coletivo de uma equipe pouco agressiva.

Durante o primeiro tempo, as melhores chances do Vitória (e não foram muitas) vieram de chutes de fora da área. Samuel chegou a acertar o travessão após cobrança de escanteio, mas foi um lance isolado de um time que fez muita força para atacar [assista ao vídeo abaixo]. Ao perceber que a equipe encontrava dificuldades para entrar na área adversária, Samuel recuou em busca de abrir espaços e ajudar na criação. Contudo, também foi pouco efetivo.

Na defesa, as bolas cruzadas eram um tormento. Kieza e Vinícius cabecearam para fora, mas deixaram o recado que esse era um caminho para chegar ao gol. Logo no primeiro minuto do segundo tempo, Jean Carlos fez um cruzamento por baixo, Wallace se atirou na bola, não fez o corte e enganou Lucas Arcanjo, que só conseguiu acompanhar a bola parar no fundo das redes.

O placar adverso levou o Vitória tentar ser mais incisivo no ataque. Com o passar do tempo e o cenário inalterado, Rodrigo Chagas buscou dar mais presença de área ao time. Deixou Samuel em campo e colocou o estreante Dinei para fazer companhia ao centroavante. Ronan também estreou e, no primeiro lance, rolou para Soares acertar o travessão. O lance pode parecer pouco diante do resultado, mas foi a melhor oportunidade da equipe baiana em todo o segundo tempo.

Se analisarmos apenas os números da partida, fica a impressão de que o Vitória amassou o Náutico. Afinal, o time baiano finalizou 20 vezes – duas delas na trave -, mais que o dobro das nove finalizações da equipe pernambucana.

A questão é que o cenário real não corresponde ao das estatísticas. O Rubro-Negro em nenhum momento deu mostras de que tinha forças para empatar a partida. Mesmo quando teve mais atacantes em campo, já na parte final do segundo tempo.