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– Agradeço a confiança da nova comissão que chegou. O Léo quando chegou manteve uma base que já estava vindo com o Burse, e eu fiquei dois ou três jogos no banco, mas sempre entrando. Quando tive a oportunidade de iniciar, dei meu melhor e ele me manteve na equipe. Importante é estar feliz, é importante para o grupo, como titular ou não, importante é ajudar o Vitória a conquistar os objetivos do clube – disse Osvaldo.

Osvaldo acumula 20 partidas com a camisa do Vitória, nove delas sob a liderança de Condé. Antes da contratação do atual treinador, o atacante foi comandado por João Burse, por dez jogos, e pelo interino Ricardo Amadeu, em um confronto. Neste período, anotou apenas uma assistência, na derrota de goleada para o Itabuna, pelo Campeonato Baiano.

Jogos de Osvaldo na era Condé

Ao lado de Diego Torres, Osvaldo divide a artilharia do Vitória na temporada com quatro gols. Durante a entrevista coletiva desta segunda, o atacante disse que não tem meta de gols para 2023, mas que a fase aumenta a confiança em campo.

O gol sobre a Ponte Preta, inclusive, foi classificado por Osvaldo como um dos mais belos de sua carreira. O atacante também opinou sobre o uso da perna esquerda.

– Eu sempre trabalhei muito, finalização com esquerda, desde a base. Sempre trabalhei a esquerda. Eu tenho mais gols com a esquerda do que com a direita. Arrisco muito. Os meninos até brincam, falando que sou canhoto. Não sei se é porque a perna não é tão boa. Foi uma jogada que começou do lado esquerdo, o Giovanni acabou clareando, saindo da zona de pressão e passando para o Zeca. Ele deu passe pra mim. Quando vi que estava mano a mano, abriu espaço no meio, tive a felicidade de dar dois toques na bola e pensei: "Vou ter que arriscar". Com certeza entrei para os gols da rodada.

Osvaldo terá nova chance de balançar as redes no próximo domingo, quando o Vitória vai enfrentar o ABC, às 18h (de Brasília), pela segunda rodada da Série B do Brasileiro. Será uma semana de preparação até o jogo, algo importante diante de uma competição tão difícil.

– A gente sabe que a Série B é uma competição muito difícil, muitas rodadas jogando fora, tem viagens. Então a gente sabe que vai precisar de todo mundo e todo mundo, quem está no Vitória tem que se sentir importante. Vai precisar de todo mundo, infelizmente vai ter lesão, suspensão, então a gente tem que ter cabeça boa – iniciou o atacante.

– Foi só o início, só uma vitória, mas tem muita coisa boa lá na frente. Muito bom começar vencendo, mostra que o Vitória tem camisa pesada. Sabendo que cada jogo é uma decisão, sabendo que a gente vai encarar a Série B. Vencemos o primeiro que foi ontem. Agora é focar bem, trabalhar essa semana, e domingo, tem outra final e que a gente possa conquistar outra vitória – complementou.

Evolução para Série B
– A gente teve um ótimo tempo para poder trabalhar o que poderia melhorar, as duas primeiras semanas com dois períodos, trabalho específico de força com nosso preparador físico. Mais para frente, com novos jogadores, Léo começou a implantar mais a parte tática. Mas acho que a gente melhorou muito o aspecto físico, força mesmo. A gente se torna muito forte quando fica bem preparado tanto taticamente quando fisicamente, e a gente chegou bem para esse jogo, confiante, sabendo que ia enfrentar uma grande equipe, mas fizemos uma grande estreia.

Golaço
– Adrenalina grande pós-jogo, geralmente a gente costuma dormir tarde. Golaço, vi várias vezes. Quando chego em casa costumo rever o jogo, o que a gente pode melhorar. Graças a Deus consegui fazer um belo gol, mas o mais importante é ter saído com a vitória, ver o apoio do nosso torcedor, acreditando na equipe, sócios aumentando. Torcedor é quem mantém o clube de pé e tem sido e vai ser importante na nossa caminhada.

Estádio cheio
– Atmosfera diferente, sei que a gente entra num estádio cheio é combustível a mais. O torcedor é o 12º jogador. Tenho certeza que a gente conseguindo correr, demonstrar o que a gente fez no jogo de ontem, a torcida vai nos abraçar ainda mais para que a gente possa vir firme para fazer o Vitória a ser respeitado e atropelar todo mundo que vier de lá, com todo respeito.

Acesso
– Graças a Deus, coisas que passei e consegui fazer história. Na minha apresentação, eu vim pra fazer história, dar o meu melhor. Assim como foi no São Paulo, no Fortaleza, conquistando títulos, coisas inéditas com a camisa do Fortaleza, então a gente fica feliz por poder ajudar mais o Vitória. Quem sabe a gente possa conquistar esse acesso que vai ser muito importante para a história do clube.

Início ruim em 2023
– Eu lamento, né?! Por não ter conseguido chegar tão longe na Copa do Nordeste. É uma competição que já venci, sei como é bom vencer. O Vitória é uma das equipes que mais venceu, e você não conseguir classificar no Baiano dói muito, porque tem que estar na final sempre, seja lá contra o Bahia, contra quem for. Aquela eliminação precoce no Nordeste doeu, a gente sabia do planejamento, envolve muito dinheiro a Copa do Brasil, e agora o torcedor abraçou mais a gente. Com certeza, para o planejamento do clube, vai ser importante. São águas passadas, focar bem essa Série B e eu tenho certeza que ali ficou para trás e agora são páginas novas que a gente vai escrever e quero escrever coisas boas daqui pra frente.

Análise do jogo
– Eu acho que jogando em casa a gente tem que pressionar, buscar o gol. No segundo tempo a gente acabou baixando mais a linha, porque a gente treinou na semana baixando a linha para aproveitar os contra-ataques, que na Série B é o que mais tem. A gente trabalhou muito bem com Léo nesta semana essa marcação. O gol foi assim, o terceiro, num lançamento do Léo (Gomes) pro Railan em profundidade, e a gente conseguiu chegar bem. Dentro de casa é pressionar bem, depois abaixa a linha, porque a gente tem característica que consegue sair rápido do ataque. Dentro de casa é pressionar. Esses dias de preparação servirão para melhorar a parte física e com certeza a gente chegou de tanque cheio.

Gol para o filho
Foi um dia antes do meu aniversário. “Amanhã vou fazer gol pra você, vai ser presente”. Quando cheguei na escola pra pegar ele, a gente viu o final do treino, vi que ele estava triste. Ele veio chorando. Vi que não fez gol. Eu disse que faz parte, ele disse que queria ter feito o gol pra mim. Conversei com ele, menino ainda, nove anos, quer ser jogador, mas sabe que é difícil, ontem fiz gol e me emocionei e dediquei a ele. O gol foi para ele também.