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Em entrevista coletiva após o jogo, o treinador destacou que o Vitória conseguiu neutralizar o adversário e aproveitou a bola parada para garantir o resultado positivo.

– A gente já esperava um jogo muito difícil. A pontuação do Ituano não condiz com as atuações da equipe na competição. Já venceram Criciúma e Sport, jogos importantes, grandes. Neutralizamos as principais jogadas deles, as triangulações pelos lados do campo. No primeiro tempo a gente queria ter a posse de bola e conseguiu fazer isso bem. Talvez no último terço, no penúltimo passe, pecamos um pouco. A bola parada foi determinante mais uma vez e fizemos o gol. No segundo tempo a ideia era aproveitar os espaços, transitar e jogar em contra-ataque. Não conseguimos aproveitar tão bem. Mas controlamos o jogo. Saímos daqui com uma vitória muito importante.

Os gols do Vitória foram marcados por Matheus Trindade, no primeiro tempo, e Iury Castilho, no fim da segunda etapa. Condé também aproveitou para elogiar as atuações de Castilho neste returno da competição.

– O Iury chegou recentemente, estava jogando Série A pelo Cuiabá. Joga pelo lado do campo e por dentro, mais próximo da área. Hoje a gente precisava de jogadores que pudessem recuar mais para tirar o time de trás, por isso a manutenção do Mateus Gonçalves e Osvaldo. Depois, no decorrer do jogo, a gente sabia que o adversário iria ceder espaços. O Iury entrou para aproximar mais com o Léo, que foi muito importante taticamente. Iury tem feito boas partidas, gols importantes, tem nos ajudado muito.

Para chegar ao 17º resultado positivo na Segundona, o treinador manteve a mesma escalação que venceu o Avaí, na rodada anterior. A única diferença nesta partida, válida pela 29ª rodada, foi a estreia do lateral-esquerdo Edson Lucas no lugar de Zeca, vetado por desgaste físico.

– Chegou recentemente ao clube, mas se lesionou, ficou umas duas semanas afastado. Agora, com a lesão do Felipe, está tendo oportunidade agora, tem muita qualidade técnica, de passe, construção. A gente tem feito trabalhos específicos para melhorar a marcação. Segundo tempo se desgastou um pouco. Futebol, uma série de fatores, ontem tivemos uma situação desagradável com o voo. Equipe pode ter se desgastado por causa disso.

O Vitória tem novo compromisso na próxima sexta-feira, desta vez contra o Tombense, no Barradão, às 21h30 (horário de Brasília), pela 30ª rodada. O desembarque em Salvador está programado para a tarde deste sábado, mas o elenco só volta aos treinamentos na segunda, durante a tarde.

Em relação ao vestiário rubro-negro neste bom momento, Condé garante que a pressão vai existir até o fim da competição. Ele ressaltou, inclusive, o alto nível de competitividade desta Série B.

– Nunca está confortável. Desde que eu cheguei aqui é uma pressão e confusão para o meu lado o tempo inteiro. Não estamos confortáveis em momento nenhum. Estamos trabalhando muito, a cada dia mais. Quanto mais crítica vem, mais esse grupo trabalha. Por isso que vencemos muitos jogos. Já disputei outras edições de Série B, esse ano tem ótimas equipes. Competição está muito difícil. Não podemos nos acomodar. Agora vamos jogar contra o Tombense, que luta para permanecer, e depois temos vários confrontos diretos. Vamos continuar trabalhando forte pelos objetivos.

Jogo diferente
– Um pouco de tudo, estratégico, um pouco também do adversário. A maioria das equipes estão fazendo valer o mando de campo porque acostumam. Segundo turno, jogadores já conhecem muito bem o campo, como no Barradão também. São fatores que normalmente o time da casa sobressai. E também fazer 1 a 0, fazer jogo seguro, na liderança da competição, não se expor tanto, porque a gente sabia que em algum momento ia encontrar espaços. Funcionou bem e levamos um bom resultado para Salvador.

Diferença neste trabalho em relação ao Sampaio
– São competições diferentes, trabalho que tentamos desenvolver mais ou menos parecido, 23 anos como treinador, 13 como treinador profissional. A gente tem um padrão e vai tentando aprimorar. A gente conseguiu, ano passado, fazer campanha consistente, assim como o Ituano, Londrina, entre outras equipes. Mas, ano passado, as equipes investiram muito, as que subiram, mais o Sport, investimento bem diferente. Isso fez diferença, principalmente na reta final. Esse ano, a maioria das equipes investiram alto enxergando a possibilidade de acesso, e o Vitória não foi diferente. A gente pegou um Vitória que veio da Série C, passou por processo de reformulação, elenco, série de fatores, início de ano conturbado. Mas a gente conseguiu dar uma estabilizada e entramos muito fortes na competição, cinco vitórias seguidas foram determinantes para chegar nesta condição. Agora vamos para as nove rodadas finais, não tem nada definido. Talvez, possivelmente, pontuação não vai ficar em 62, vai aumentar um pouco mais. Vamos continuar passo a passo e tentar fazer valer nosso mando de campo, que tem sido determinante nesta campanha.

O que foi preponderante na partida
– A gente procurou analisar ao máximo a equipe adversária, bem treinada pelo Marcinho, jogadores jovens. Ituano faz trabalho consistente há vários anos. Conseguimos anular bem as principais jogadas, e tiramos proveito de uma jogada que temos muito forte, a bola parada. Segundo tempo, eles colocaram dois centroavantes, mas suportamos bem, faltou encaixar melhor os contra-ataques.

Dificuldade em aproveitar espaços do adversário / Matheusinho
– Discordo totalmente. Matheus foi importantíssimo, marcou a saída de bola do José Aldo, meia que joga de volante, construção do Ituano passa pelos pés dele. Além de ser um jogador que quando a gente tinha a bola, movimentava nos espaços, Matheus foi muito importante.