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– A gente lamenta muito ser eliminado. São coisas do futebol brasileiro né?! Você com 14 pontos não classificar, e outra equipe de outra chave com sete pontos classificar. Alguns campeonatos têm essas proezas de quem faz o regulamento. (…) Tem 15 anos que eu sou treinador, e esse ano eu visitei os dois piores campos da minha vida. Contra o Altos lá no Piauí o campo tinha até cupim. E o campo do Juazeirense também é impraticável, como todos já sabem. Então esses campos ruins também nos custaram a eliminação – avaliou o treinador do Vitória.

Condé também falou sobre a estratégia de usar um time reserva na derrota para o Juazeirense, em partida que antecedeu um Ba-Vi. O treinador citou ainda a partida contra o Náutico, disputada após o clássico, e que o Vitória ficou no empate em 1 a 1 no Barradão.

– Alguns jogos pontuais nos custaram a classificação. O Náutico após o Ba-Vi, quando canalizamos muita força naquele clássico. Mas tinha que ser, a gente estava até meio ameaçado no estadual e tinha que buscar o resultado positivo.

"Podem falar que eu levei o time reserva (para Juazeiro), mas hoje também joguei com o time reserva e foi muito diferente. A gente fica triste e chateado, mas agora é focar nos jogos da final", concluiu.

A noite fica marcada pela eliminação, mas dentro dos 90 minutos o Vitória fez uma boa partida e venceu o Treze com autoridade. Durante a entrevista coletiva Léo Condé fez questão de valorizar a atuação do time, que foi para campo com reservas nesta quarta-feira (de titular, apenas o goleiro Lucas Arcanjo).

– Acho que a gente conseguiu fazer uma partida com amplo domínio. Primeiro jogo da maioria jogando junto, alguns já treinavam com a gente desde o início do ano, mas outros chegaram agora. Pegamos um adversário muito fechado, mas mesmo assim criamos boas chances. Luiz Adriano acertou um belo cabeceio para fazer 1 a 0. No intervalo fizemos alguns ajustes, tirei o Léo Naldi porque ele acusou um cansaço, normal para quem jogou três jogos seguidos. No segundo tempo Lucas Esteves ganhou mais espaço pela esquerda e fomos criando chances para fazer mais gols. Foi uma boa vitória, consistente, mesmo com o time reserva.

Eliminado na Copa do Nordeste, o Vitória vai tentar diminuir o prejuízo com o título do Campeonato Baiano. Neste domingo, o Rubro-Negro encara o Bahia, em jogo de ida da final, marcada para as 16h (horário de Brasília), no Barradão (check-in está liberado).

– A gente está chateado como todo torcedor, mas a gente sabe que esse elenco está fazendo coisas boas desde o ano passado. Foram seis anos sem passar de fase no estadual. Muita gente achou que teria uma distância grande para o rival, a gente mostrou que tem capacidade para fazer bons jogos. Nossa expectativa é fazer grandes jogos na final e brigar por coisas boas – projetou Léo Condé.

Mais lições da Copa do Nordeste
– Não tem como separar muito porque é uma competição disputada junto com o estadual. Dos 20 jogos que fizemos até aqui, principalmente com o time titular, a gente venceu a maioria, tivemos muita dificuldade, não por uma situação nossa, mas tivemos dificuldade de calendário, viagens, campos ruins. Sempre que estivemos em bons estádios fizemos bons jogos. Acho que essa é a confiança da nossa equipe. Agora não tem como lamentar muito, estamos chateados, mas temos uma grande final, um jogo que o torcedor espera. Temos que nos preparar para chegar forte nesses jogos.

Luan
– Todos os jogadores a gente tem a preocupação de dar atenção. A gente não consegue oferecer oportunidade para todos como gostaríamos. O Luan teve uma boa atuação hoje, como outros jogadores. A gente analisa tudo, o comportamento, o adversário, mas, assim, de um modo geral, ele teve uma atuação boa. Em algum momento vai ter outras chances também. O Jean ganhou minutos hoje, um jogador que também faz essa função, onde ainda temos o Daniel Jr., que machucou.

Cáceres
– O Raúl é um jogador muito sério, trabalhador. Está na posição onde temos muita confiança no trabalho do Zeca, é o capitão da equipe, tem uma importância muito grande no aspecto tático. O Cáceres traz características diferentes, hoje oscilou pela falta de ritmo, ele ficou fora da última partida porque tem sentido um pouco uma tendinite. Espero que possa oferecer mais oportunidades para ele. É uma boa peça que temos no elenco.

Jean Mota e Dudu
– O Jean é um jogador de muito potencial, uma das principais peças agora nesse período de contratação. Ele não pode jogar as finais, vamos ter ele só para o Brasileiro, mas é bom porque no aspecto físico ele ainda precisa evoluir. Para o nível que vamos enfrentar agora o grau de exigência é muito maior. Ele vai melhorar, é um cara sério e dedicado. O Dudu ficou afastado três partidas, e a gente precisa movimentar ele para que ele tenha boas condições para o jogo de domingo.