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Escolhido para a entrevista coletiva antes do treino desta quinta-feira, o atleta disse estar à disposição do clube para ajudar da melhor forma e afirmou que o período sem entrar em campo é um processo natural para qualquer jogador.

– Sou funcionário do clube, estou aqui para ajudar da melhor forma possível. É importante estar sempre dentro de campo. Eu mesmo sempre quero estar dentro de campo, ajudando, independente da posição. Ele [Léo Condé] falou que, devido aos treinamentos, o que ele tinha visto, e por eu ter atuado na base como volante, poderiam me utilizar naquela posição. Eu estive à disposição dele para poder atuar. Falei que já teria jogado, tinha bastante tempo que eu não iniciava um jogo como volante, principalmente no profissional – completou.

Marco Antônio atuou como volante nas duas últimas partidas do Vitória, contra Bahia e Ceará. Antes, vinha com pouco espaço na zaga rubro-negra. A aparição mais recente no time titular havia sido no dia 18 de janeiro, contra o Jacuipense.

– No começo do ano, nem tive uma lesão de fato. Só foi um desgaste, antes do jogo contra o Bahia de Feira. Aí acabei ficando de fora. Acho que é normal, do processo do atleta, de passar por esses momentos. Mas o mais importante é que mantive a cabeça no lugar, continuei trabalhando, procurando melhorar os aspectos que eu tinha a aprimorar – relembrou o zagueiro.

O Vitória não vive um bom momento na temporada. O Rubro-Negro foi eliminado da Campeonato Baiano, da Copa do Brasil e da Copa do Nordeste em um intervalo de oito dias. Essa inconstância foi motivo para Léo Condé fazer mudanças no time e testar 24 jogadores diferentes, Marco Antônio foi um desses atletas. O zagueiro ficou fora dos quatro primeiros jogos de Condé à frente do Vitória.

No Ba-Vi, Marco Antônio entrou, pela primeira vez, como titular no time do novo treinador e, segundo ele, foi justamente no clássico que o time encaixou o estilo jogo.

– A gente encontrou uma forma de jogar durante o Ba-Vi, acabou encaixando ali, o time conseguiu ser mais objetivo, duelar mais, que era o que estava precisando. Na maioria dos jogos, a gente até saiu na frente, mas não conseguiu segurar o resultado. Era algo que estava incomodando todo o grupo, então hoje todo o grupo está mudando a chave e está ciente de que precisa competir, que é a identidade do Vitória – ressaltou.

Na última quarta-feira o Vitória bateu o Ceará por 2 a 0, no Barradão, e saiu de um jejum de sete jogos sem vencer. Essa também foi a primeira vitória de Léo Condé no comando do Leão. Porém, nem tudo são flores. Devido às sucessivas eliminações do time nas competições disputadas e as atuações ruins, a torcida aproveitou o jogo contra o Ceará para protestar e cobrar jogadores e dirigentes, nas arquibancadas.

Para Marco Antônio, o elenco do Vitória manteve a "cabeça tranquila" para conquistar o resultado que, segundo ele, foi importante para consolidar o trabalho de Condé.

– O grupo também precisava para dar uma acalmada. Mas a gente sabe que não conseguiu atingir o objetivo. Infelizmente, essa intertemporada que a gente vai ter é para ajustar alguns aspectos, para o treinador também conhecer, de fato, o grupo com mais tempo, mostrar filosofia de trabalho, o que ele busca para a equipe. Infelizmente, não ocorreu no Ba-Vi. Acho que ela não modifica tanto o vestiário, porque a gente não conseguiu, neste primeiro semestre, nosso objetivo, que eram as classificações. Mas dá para ajustar, para melhorar, e chegar na Série B de uma forma diferente em todos os aspectos – concluiu.

– Lógico que ninguém quer estar sendo vaiado, questionado, o tempo todo. Mas aqui tem homens, pais de família, homens experientes, que sabem que jogar no Vitória tem pressão. Mas todos sempre mantiveram a cabeça tranquila, não perdeu a linha do respeito. Foi um protesto pacífico. Cabe à gente responder o quanto antes dentro de campo – disse, citando o protesto dos torcedores no Barradão.

No dia 22, o Vitória vai cumprir tabela contra o Campinense, pela última rodada da Copa do Nordeste. Depois desse confronto, o Rubro-Negro terá uma pré-temporada, por conta das eliminações precoces, antes de encarar a Ponte Preta pela Série B do Brasileiro.

– Acredito que o Vitória pode fazer um bom Campeonato Brasileiro com nosso time. Precisamos ver onde a gente errou e o aquilo que a gente tem de bom para chegar na Série B de fato e atingir os objetivos o quanto antes – comentou Marco Antônio.

Por que o time não encaixou?
– Acho que não cabe muito identificar o motivo de não ter encaixado. A gente não conseguiu alcançar os objetivos propostas, e isso gera questionamentos para todos, se realmente o planejamento foi correto. O que posso falar é individualmente. Eu sempre trabalhei muito, o grupo também. É um jogo de futebol. Infelizmente, às vezes, acontece isso de não conseguir alcançar o resultado. Mas espero que, durante o tempo que vamos ter, a gente consiga chegar na Série B alcançar o objetivo, que é o acesso.

Sobre oportunidades agora
– Fico muito feliz de estar voltando a ter oportunidade. Quando eu não estava jogando, me mantive firme, trabalhando forte. Não deixei, em nenhum momento, isso me abater. Sempre respeitando quem estava jogando, porque faz parte do processo. A gente tem que saber lidar com isso. Agora estou tendo oportunidade e estou tentando aproveitar da melhor forma possível.

Como está o momento?
– Lógico que o momento é um pouco de frustração pelo que não temos conseguido alcançar. Mas a gente não pode perder 100% a nossa confiança, porque a gente tem que dar a cara a tapa ali, de quarta a domingo, nos jogos. E a gente precisa buscar os resultados positivos, que é o mais importante. E não deixar essa cobrança nos paralisar. Tanto a crítica quanto os elogios têm o objetivo de nos paralisar. E a gente não pode se abater com esse momento.

Tempo para treinar e parte física
– Acho que isso não cabe muito a mim falar sobre a parte física. Mas a gente vai trabalhar para melhorar em todos os aspectos, não só a parte física. Tática, mental, que também é muito importante. Para que a gente consiga alcançar nossos objetivos.

Especulações sobre ida para o Santos
– Na verdade, não sei nem de onde surgiu isso. Em nenhum momento chegou a mim. Até o momento, nem meu empresário nem ninguém do clube me procurou para comentar nada. Na verdade, estou sabendo hoje. É novidade para mim. Não posso nem dizer se é verdade ou mentira, mas acredito que seja uma inverdade.