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A competição terá turno único, onde todos os times se enfrentam e os oito primeiros garantem vaga na segunda fase. Os dez melhores ranqueados do torneio jogarão dez partidas em casa e nove fora, enquanto o restante fará dez partidas como visitante e nove como mandante.

Na segunda fase, os classificados são divididos em dois grupos com quatro equipes cada, que se enfrentam em jogos de ida e volta. Os dois melhores clubes de cada chave estão garantidos na Série B 2023 e os líderes fazem a final.

+ Confira a tabela completa do Brasileirão Série C

Com times de todas as cinco regiões do Brasil, a edição de 2022 vai espalhar futebol em diversos cantos do país. O Nordeste, com nove representantes, é o recordista. A região Sul conta com quatro clubes, enquanto o Norte e o Sudeste aparecem com três cada. Já o Centro-Oeste tem apenas um time.

A Série C 2022 tem ABC, Altos, Aparecidense, Atlético-CE, Botafogo-PB, Botafogo-SP, Brasil de Pelotas, Campinense, Confiança, Ferroviário, Figueirense, Floresta, Manaus, Mirassol, Paysandu, Remo, São José-RS, Vitória, Volta Redonda e Ypiranga.

Nesta temporada, a competição contará com a presença de jogadores conhecidos do futebol brasileiro, a exemplo do meia Jadson, que defende o Vitória, e o atacante Rodrigo Pimpão, hoje no Remo.

Entre campeões estaduais e clubes em má fase, confira abaixo como chega cada um dos pleiteantes a uma vaga na Série B 2023.

ABC

O ABC volta à Série C após dois anos disputando a última divisão nacional. O Alvinegro passou por reformulação para a temporada 2022, mas manteve os seus dois principais jogadores: o meia Allan Dias e o atacante Wallyson. A dupla foi fundamental no acesso em 2021 e manteve o bom desempenho no Campeonato Potiguar – cada um marcou 10 gols. A equipe ganhou ainda o reforço importante do zagueiro Richardson, ex-Ferroviário, do volante Ítalo Henrique, ex-Santa Cruz, e o atacante Fábio Lima, que subiu com o Campinense.

O comando do Alvinegro está nas mãos de Fernando Marchiori, ex-Portuguesa e Oeste. Ele assumiu o time após a saída de Moacir Júnior, provocada pela eliminação na segunda fase da Copa do Brasil. Com a queda no torneio nacional, o clube deixou de arrecadar R$ 2 milhões, montante que seria investido na montagem do grupo para a Série C. Apesar disso, reforços deverão ser anunciados nos próximos dias.

Altos

Em sua segunda participação na Série C, o Altos se apresenta com um aporte financeiro maior que 2021, quando conviveu com salários atrasados e ficou ameaçado de rebaixamento. O experiente Carlos Rabelo é quem comanda o elenco do Jacaré. Ele assumiu após Evandro Guimarães pedir desligamento do clube.

Aparecidense

Campeã da Série D no ano passado, a Aparecidense entra com time bastante experiente em sua primeira participação na terceira divisão nacional. O técnico é Eduardo Souza, que por muitas vezes dirigiu o Atlético-GO na Série A como membro da comissão permanente. Na Aparecidense, ele parte para um voo solo. Em campo, Eduardo Souza poderá contar com nomes como Felipe Menezes, de 34 anos, ex-Botafogo e Palmeiras, o zagueiro Wesley Matos, 35, e o atacante Alex Henrique, de 36 anos. A missão do time goiano, que tem o Camaleão como mascote, é pelo menos permanecer na Série C.

Atlético-CE

O Atlético-CE vai ter o maior desafio de sua história: a Série C de 2022. O clube passou por problemas financeiros, depois que seu maior investidor, o jogador Ari, não renovou vínculo com o Krasnodar, da Rússia. As dificuldades foram refletidas em campo: o Atlético-CE não fez uma boa campanha no Cearense e caiu para a segunda divisão. O técnico do grupo é Betinho, que era auxiliar do clube e foi efetivado como treinador. A base do elenco é a mesma que disputou o estadual.

Botafogo-PB

O Botafogo-PB chega para a Série C deste ano novamente como o clube que está há mais tempo na competição — o Belo disputa o torneio seguidamente desde 2014. O clube paraibano fez um bom primeiro semestre, conseguiu desbancar favoritos em seu grupo na Copa do Nordeste e avançou para o mata-mata. Mas, como o Paraibano ainda não acabou, o time vai ter que dividir atenções entre o torneio nacional e o estadual nesse início de Série C.

Botafogo-SP

O técnico Leandro Zago trouxe consistência ao time e se tornou o primeiro em três anos a continuar depois do Paulistão. Neste tempo, o clube lutou contra o rebaixamento, mas fez, em 2022, a melhor campanha desde 2016: chegaou à final do Troféu do Interior. O Pantera perdeu o zagueiro Joaquim, que voltou ao Cuiabá, e o volante Emerson Santos, transferido para o Bahia. Além disso, tem três estrangeiros no elenco: o lateral-direito Luis Morales, o zagueiro Kevin Saucedo e o atacante argentino Lucas Delgado.

Brasil de Pelotas

Rebaixado no ano passado, o Brasil de Pelotas sonha com o retorno imediato à Série B, onde esteve nas seis temporadas anteriores. O clube chega em momento de recuperação após a queda em 2021 e a eliminação precoce, na primeira fase da Copa do Brasil, para o Glória-RS. No Gauchão, o Xavante foi semifinalista e acabou derrotado pelo Ypiranga. Um dos trunfos da equipe treinada por Jerson Testoni na competição foi a força em casa. Em sete partidas no Estádio Bento Freitas, o time venceu quatro e empatou três.

Campinense

Líder isolado do Grupo B do Campeonato Paraibano, o Campinense retorna à Série C após 11 anos, já classificado para as semifinais do estadual, onde busca o bicampeonato. Depois de conquistar o acesso à Terceirona e o vice-campeonato da Série D com o clube, o técnico Ranielle Ribeiro aposta na reformulação do elenco. Nos últimos dias, sete reforços desembarcaram no Renatão.

Confiança

O Confiança vive um momento de turbulência. Apesar de invicto na temporada, com cinco vitórias e sete empates, o Dragão ficou de fora da final do Campeonato Sergipano pelo segundo ano consecutivo e por isso, terá calendário e receitas menos recheados em 2023. Para piorar o cenário, o presidente do clube, Hyago França, renunciou ao cargo a menos de uma semana da estreia na Série C. Com isso, até mesmo a sequência de trabalho do técnico Luizinho Lopes é uma incógnita no Sabino Ribeiro.

Em relação ao elenco, o Confiança manteve a base do time rebaixado na Série B do ano passado e trouxe alguns reforços. Um deles é o atacante Renan Gorne, que retornou ao clube após passagem entre 2019 e 2020; nesta temporada, ele é o artilheiro da equipe com 11 gols em 12 jogos.

Ferroviário

Após a eliminação na Copa do Brasil e do Campeonato Cearense na semifinal, o Ferroviário voltou as atenções para a disputa da Série C do Campeonato Brasileiro. Roberto Fonseca assumiu o time em março. Na última temporada, o treinador comandou o Londrina (22 jogos e seis vitórias) e o Paysandu (12 jogos e cinco triunfos). O Tubarão também se reforçou para a disputa e contratou jogadores como Derley, ex-Fortaleza.

Figueirense

O Figueirense foi semifinalista no campeonato estadual e chega com uma base estruturada a Série C do Campeonato Brasileiro. O departamento de futebol segue se movimentando no mercado, mas a espinha dorsal da equipe deve passar por Wilson, Maurício e Oberdan. Até aqui, nomes como Matheus Claudino e Serginho foram anunciados.

Floresta

O Floresta participou da fase de grupos da Copa do Nordeste, competição serviu como laboratório para avaliar as fragilidades do time e quais reforços seriam necessários para a disputa da Série C. A preparação segue firme sob o comando do técnico Ricardo Drubscky, que continuará no comando técnico do Floresta na Série C.

Manaus

Campeão amazonense, o Manaus disputará a Série C pela terceira vez consecutiva. O clube reformulou praticamente todo o elenco e chega com 14 novos jogadores para a disputa deste ano. No comando do time desde a temporada passada, o técnico Evaristo Piza levou o clube para a segunda fase do Brasileiro e ficou a uma vitória de conquistar o acesso para a Série B.

Mirassol

Apesar do bom início de temporada, o Mirassol passou por várias mudanças após o término do Paulistão e a eliminação na Copa do Brasil. O técnico Eduardo Baptista e alguns titulares, casos do volante Luís Oyama e dos atacantes Zeca e Fabrício Daniel, deixaram o clube. Em contrapartida, o Leão contratou o técnico Ricardo Catalá e oito reforços, mas com a perspectiva de contratar pelo menos mais oito nomes no decorrer da competição. O grande objetivo é o acesso à Série B.

Paysandu

O Paysandu montou um elenco no início do ano já pensando na Série C. No pacotão de reforços, jogadores conhecidos, como o meia Ricardinho e os atacantes Henan e Marcelo Toscano. Depois de um bom início no Parazão, a equipe foi caindo de produção e sendo bastante criticada. Apesar da melhor campanha geral, o Papão ficou com o vice da competição diante do rival, Remo. O técnico Márcio Fernandes, bicampeão da Terceirona, acredita que a chegada de contratações deve deixar a equipe bicolor mais forte para o torneio.

Remo

O Remo começa a Série C com o título do Campeonato Paraense em cima do maior rival, Paysandu. A conquista dá um fôlego ao trabalho do experiente técnico Paulo Bonamigo, que foi muito pressionado pela formação do atual elenco no início da temporada, com algumas apostas. Para a competição nacional, o clube trouxe jogadores mais rodados, como o atacante Rodrigo Pimpão e o volante Jean Patrick. Eles se juntam a outros destaques do clube, como o goleiro Vinícius, que está na equipe desde 2017 e é vereador de Belém, o zagueiro Everton Sena, o meia Felipe Gedoz e o atacante Brenner.

São José-RS

O São José vai para sua quarta temporada seguida na Série C. A equipe de Porto Alegre passou parte do Campeonato Gaúcho flertando com o rebaixamento. Após seis rodadas e apenas uma vitória, o clube demitiu o técnico Pingo. Paulo Baier foi contratado para conduzir a equipe para escapar da queda. Com três vitórias e um empate em cinco partidas com o novo treinador, o Zeca garantiu a permanência na elite do futebol gaúcho. No entanto, a diretoria comunicou a saída de Paulo Baier logo após o fim da sua participação no Gauchão. Para o seu lugar, Paulo Henrique Marques foi contratado.

Vitória

O Rubro-Negro inicia a disputa sob desconfiança e com novo comandante. O Vitória terminou o Campeonato Baiano na 5ª posição e não se classificou para a segunda fase pelo quarto ano consecutivo. O técnico Dado Cavalcanti foi demitido após a eliminação precoce, e Geninho chegou para substitui-lo. Desde então, o técnico teve três semanas de preparação para a estreia na Série C.

Volta Redonda

Único representante do Rio de Janeiro, o Volta Redonda chega a sua sexta participação consecutiva na Série C. Em baixa pelo rebaixamento no Campeonato Carioca e a eliminação precoce na Copa do Brasil, o time busca o inédito acesso para se redimir na temporada. O grande problema é que, além de jogar a competição nacional, o Voltaço terá que dividir suas atenções com a disputa da Série A2, como é chamada a Segundona do Estadual. No Rio, o rebaixado do Cariocão joga a divisão inferior no mesmo ano da queda.

Ypiranga

Sensação do Campeonato Gaúcho, o Ypiranga tem como grande objetivo o acesso na Série C. Nas últimas três temporadas, a equipe esteve perto de conseguir a classificação. Neste ano, o Canarinho chega embalado após disputar a final do estadual pela primeira vez na sua história, terminando com o vice-campeonato. O time é comandado por Luizinho Vieira, que assumiu a equipe no fim do ano passado.