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Carlos Amadeu pede ao torcedor mais paciência com os garotos revelados na divisão de base do clube e citou o exemplo de Ramon, bastante contestado e que forma atualmente com Everton Sena uma dupla segura.

“Eu diria a toda a torcida do Vitória que o Vitória renasce, nos anos 90, pela sua formação de base. Renasce através dos seus atletas da base. A torcida sempre foi muito tolerante com jogadores da base, sempre incentivou, raramente vi o torcedor do Vitória vaiar um atleta da base. Isso, ao longo dos anos, foi se transformando. É natural que jogadores com mais tempo no clube e que sofreram com quedas e resultados não tão expressivos, que a torcida exija mais. A torcida teve exigência grande com Ramon, e hoje ele tem até o apoio da torcida. A gente viu a torcida, de forma justa, pegar no meu pé por uma substituição do Nickson. Ele não foi bem tecnicamente. É um ativo do clube, que tem potencial e que, mais à frente, vai estar recuperado e o torcedor vai aplaudir. Foi justa a vaia. O torcedor quer performance. O momento dele não foi de performance. Mas tenho certeza que ele vai conseguir. Peço apoio a todos os atletas”.

Sobre a mudança feita no intervalo e que não deu certo – colocou Nickson no ataque, recuou Chiquinho para a lateral e tirou Capa –, Amadeu falou: “Tem vezes em que somos felizes, os jogadores respondem bem. As coisas não andaram como eu gostaria. Assumo a responsabilidade. A gente perdeu um pouco. Nickson só melhorou no jogo quando foi para o meio, quando eu tirei Lucas. As outras substituições foram normais, sem nenhum problema”, pontua.

Mas se a vitória não veio contra o Operário (PR), outros aspectos precisam ser destacados na equipe rubro-negra sob comando de Carlos Amadeu. Um deles é o desempenho defensivo: o Leão completou quatro jogos sem sofrer gols.

“Estancamos uma questão defensiva muito grave, o número de gols do Vitória. Em 13 jogos, foram 26 gols. Hoje temos quatro jogos sem levar gols. A gente tem que olhar o lado positivo, o crescimento da equipe”, ressalta Carlos Amadeu.

Amadeu voltou a lembrar as dificuldades enfrentadas para a preparação do time que vive intensa maratona intensa, com a sequência de seis jogos em 13 dias e viagens no meio. Apesar de tudo, ele afirma que vem ocorrendo evolução.

“Estou percebendo evolução. Os jogadores são extremamente solícitos a informação. Estão assimilando o trabalho. Falta tempo para trabalhar e estamos resolvendo através de conversa, 10 a 15 minutos de trabalho um dia antes do jogo, vídeos”.

O comandante rubro-negro disse que se o time tivesse aproveitado 50% ou 40% das chances criadas, o resultado do jogo seria a vitória. “A gente entrou com um time que conseguiu ter controle melhor do jogo do que nas partidas anteriores, que era nosso grande objetivo. Criamos quatro grandes oportunidades no primeiro tempo. A gente teve controle de jogo, quatro grandes oportunidades. No finalzinho do jogo, a ansiedade, perdeu ali um pouco do controle do jogo. Ainda assim, tivemos três chances claras. A gente tomou susto, mas a bola não chegou em nosso goleiro”, comentou.

Sobre a possibilidade de Jordy e Anselmo Ramon atuarem juntos, o treinador disse: “Os dois jogaram juntos no primeiro jogo, no segundo e no terceiro e no quarto. A diferença é que, no terceiro e no quarto, eles não saíram jogando juntos. Jordy já caiu hoje(sábado) mais para o lado. É uma tentativa de adaptar para que os dois possam jogar com um avante e ele fazendo o lado do campo, porque tem muita velocidade, explorando as costas do adversário”.

Foto: Letícia Martins/ECV