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EM ALTA

• O ABC vive um bom momento na temporada e chamou atenção ao eliminar o Vasco na segunda fase da Copa do Brasil. Classificado à final do Campeonato Potiguar, o Alvinegro também foi semifinalista da Copa do Nordeste – caiu para o Sport. Fernando Marchiori é o comandante do Mais Querido há um ano, tendo conquistado o título estadual e o acesso à Série B em 2022. Em 22 jogos no ano, foram 15 vitórias, quatro empates e três derrotas – aproveitamento de 74,2%. O ABC tem como trunfo o Estádio Frasqueirão, onde ainda não perdeu sob o comando de Marchiori.

• O Atlético-GO entra na Série B como um dos postulantes ao acesso. Esse é o grande objetivo do clube na temporada, que começou com o título do Campeonato Goiano. Pelo segundo ano consecutivo, o Dragão foi campeão batendo o rival Goiás na decisão. O caminho rubro-negro em 2023 já teve alguns percalços, como a queda precoce na segunda fase da Copa do Brasil e a demissão do técnico Eduardo Souza. No entanto, Mozart assumiu e levou o time ao bicampeonato estadual. Luiz Fernando, artilheiro do Goianão com 11 gols, e Shaylon são os destaques da equipe, que sofreu apenas três derrotas em 19 jogos disputados até o momento.

• O CRB entra no Campeonato Brasileiro com a ideia fixa de conquistar o acesso. Investiu para isso. Foi buscar o técnico Umberto Louzer, campeão da Série B em 2020 pela Chapecoense, e montou uma base experiente, com destaques para os atacantes Renato e Anselmo Ramon. Também contratou recentemente o zagueiro Anderson Conceição (ex-Vasco) e deve fazer ajustes na defesa. A queda nas quartas de final do Nordestão, contra o Sport, deu uma abalada na confiança, mas a recuperação foi até rápida. No último sábado, venceu o ASA na decisão e conquistou o bicampeonato alagoano.

• Após o rebaixamento para a Série B, o Ceará buscou se reorganizar para a nova temporada e superar a crise política e de futebol que enfrentou em 2022. O time elegeu novo presidente neste ano e começou a temporada sob o comando de Gustavo Morínigo. Buscou reforçou em todos os setores e com o técnico chegou à final do Campeonato Cearense e da Copa do Nordeste. O chileno também evoluiu o ataque do Vovô, setor que recebeu bastante reclamações na temporada passada. Até aqui são 20 jogos, 13 vitórias, quatro empates e apenas três derrotas. O time chega na Série B como um dos favoritos ao acesso.

• Campeão catarinense após dez anos, o Criciúma estreia na Série B do Brasileiro confiante na busca ao acesso. O Tigre manteve boa parte dos jogadores do ano passado, renovou contrato com o técnico Cláudio Tencati, para a terceira temporada no comando do clube, e trouxe reforços de peso para o ano, como os atacantes Eder e Fabinho, peças essenciais para o título estadual, e o meia Marquinhos Gabriel, de volta ao clube após passagem no ano passado. Ainda é esperado o anúncio oficial de Felipe Vizeu, que, na euforia do título catarinense, o presidente confirmou a chegada do atacante. Outro trunfo do Criciúma é a sinergia que o clube construiu com a torcida. Dos dez maiores públicos do Catarinense 2023, oito são do Tigre no Heriberto Hülse, que promete ser uma fortaleza para o time na Série B.

• O Sport vive seu melhor momento na temporada – o melhor início de ano do clube, aliás, desde 2009. Sob o comando do técnico Enderson Moreira, contratado para montar o elenco, o Rubro-Negro tem o melhor ataque do Brasil – com 55 gols – e está na final de duas competições, Pernambucano e Copa do Nordeste. Não à toa, falta espaço no calendário e o próprio início do Leão na Série B precisou ser adiado – com as duas rodadas iniciais ainda sem data para acontecer. O Leão acumula 18 vitórias, quatro empates e uma derrota até aqui.

• Apesar de ter ficado fora das finais do Campeonato Mineiro, o Tombense faturou o Troféu Inconfidência em cima do Villa Nova-MG. Além disso, o clube da Zona da Mata mineira está pela primeira vez em sua história na terceira fase da Copa do Brasil, onde enfrentará o Palmeiras. Com seis vitórias, cinco empates e três derrotas na temporada, o time do técnico Marcelo Chamusca conta com o atacante Daniel Amorim como destaque até o momento na temporada. Ele foi vice-artilheiro do estadual, com nove gols, atrás apenas de Hulk, do Atlético-MG.

• É bem verdade que o Novorizontino vem da perda do título da Série A2 do Paulista para a Ponte Preta. Mas a missão real do clube na competição foi conquistada com o acesso e o retorno ao Paulistão de 2024. Além disso, o Tigre tem bom retrospecto e desempenho na temporada. O elenco tem boas peças, como os atacantes Douglas Baggio, Aylon e Ronaldo. O jovem meia Rômulo é promissor e a base da equipe comandada por Eduardo Baptista é sólida. Será apenas a segunda Série B disputada pelo Novorizontino, que lutou até o fim para não cair em 2022 e, neste ano, espera não passar sufoco. A principal força do time segue sendo o desempenho em casa, onde o Aurinegro ainda não perdeu neste ano.

INCÓGNITA

• O Avaí apostou no técnico Alex para comandar a equipe no ano do centenário. Com limitações financeiras, o Leão sucumbiu nos dois primeiros objetivos da temporada: queda na primeira fase da Copa do Brasil e eliminação nas quartas de final do Catarinense. Para a Série B, reforços como Xavier, ex-Corinthians, Didi, vice-campeão paulista pelo Água Santa, e Wellington, ex-Fluminense, devem mudar o perfil da equipe. Alex segue prestigiado pela diretoria, mas tem a missão de ajustar a equipe para o principal objetivo do Leão em 2023. Pesa a favor o retrospecto positivo da equipe catarinense na segunda divisão nacional: nos últimos cinco anos que disputou a Série B, o Avaí conquistou o acesso em quatro oportunidades.

• Embora a avaliação do primeiro trimestre do Pantera possa parecer positiva, com o time classificado à terceira fase da Copa do Brasil e a oitava colocação conquistada no Campeonato Paulista, os números merecem atenção. O Bota, que trocou de técnico no fim de fevereiro – Paulo Baier por Adilson Batista –, soma cinco vitórias, três empates e sete derrotas. O Tricolor balançou a rede 17 vezes e levou 20 entre duelos do Paulistão e da Copa do Brasil. É um dos quatro da lista de participantes da Série B que levou mais gols do que fez até o momento.

• Após uma primeira fase de Campeonato Catarinense conturbada, na questão desempenho, a Chapecoense caiu para o Barra, time de Balneário Camboriú, nas quartas de final, ao perder as duas partidas. Na ida, a derrota decretou a queda do técnico Bruno Pivetti. Na volta, Argel Fuchs já estava no comando da equipe. Depois de ser eliminada do estadual, a Chape contratou seis novos jogadores, alguns indicados pelo novo comandate. São eles: Bruno Leonardo, Dudu Vieira, Douglas Borel, Felipe Ferreira, Pablo Siles e Richard. Em entrevista a NSC TV, Argel Fuchs comentou que o primeiro objetivo são os 45 pontos, para escapar da queda à Série C.

• Depois de uma campanha frustrante no Campeonato Paulista, com eliminação na primeira fase e risco de rebaixamento até a penúltima rodada, o Guarani entra na Série B como incógnita. O elenco perdeu titulares importantes, como o lateral-esquerdo Jamerson, o zagueiro Luciano Castán, o volante Richard Ríos e o meia Giovanni Augusto e também mudou de treinador para a disputa da Série B. Bruno Pivetti, ex-Chapecoense, chegou depois da fim da participação do Bugre no estadual – para o lugar de Mozart – e encontra um grupo em reformulação, com o meia Régis e os atacantes Bruno Mendes e Neilton como principais nomes. Em 14 jogos até agora na temporada, o Bugre tem cinco vitórias, dois empates e sete derrotas.

• Semifinalista do Paulistão, depois de bater Santos e Corinthians, o Ituano só foi parado pelo Palmeiras, em um magro 1 a 0. Na Copa do Brasil, dois empates contra Princesa do Solimões e Ceará e classificação para a terceira fase. Entretanto, quando o assunto é regularidade, o Galo de Itu não fica bem no pedaço. Em 16 jogos, são três vitórias, seis empates e sete derrotas. O aproveitamento de 31% não seria suficiente para a permanência em um campeonato de pontos corridos como a Série B. A classificação no Paulistão só foi possível graças a um grupo com dois times rebaixados. Se empatasse com o Santos na rodada final, o Ituano estaria hoje na Série A2 estadual. Apesar de quase ter subido em 2022, a reformulação não deixou um legado, mesmo com o time tendo sido decisivo nos últimos jogos disputados, sob o comando de Gilmar Dal Pozzo, que substituiu o demitido Carlos Pimentel.

• O Juventude inicia a Série B como uma grande incógnita. Os primeiros meses da temporada passaram longe de serem satisfatórios. No Gaúcho, o Alviverde encerrou sua participação na quinta colocação, com quatro vitórias, cinco empates e duas derrotas, fora da fase semifinal. Além da campanha oscilante no estadual, o clube foi eliminado na primeira fase da Copa do Brasil para o São Luiz, de Ijuí (RS). O tropeço inesperado colocou fim à passagem do técnico Celso Roth no clube. Para a sequência do ano, o Papo aposta em um velho conhecido, o técnico Pintado, e em um grupo de atletas mais experiente, com a chegada de reforços para todos os setores. Entre os nomes contratados para a disputa nacional estão o centroavante Elton, o goleiro Léo Vieira e os laterais Romário e Reginaldo.

• Após o título da Série C e um Paulistão razoável, o Mirassol chega como um dos fortes candidatos a brigar na parte de cima da Série B do Brasileiro. O Leão vai estrear na segunda divisão nacional, mas conta com uma estrutura invejável e com um elenco forte. O principal desfalque será o atacante Zé Roberto, que deixará o time para disputar a Série A do Brasileiro. O clube, que não demite um treinador há dez anos, tem no técnico Ricardo Catalá o homem de confiança para conduzir o elenco a uma campanha que pode – por que não – sonhar com o acesso. No estadual deste ano, o time começou mal, se recuperou, mas não o suficiente para se classificar, em um grupo forte e com alto número de pontos. Apontado como um candidatos a surpresa, o Leão decepcionou. Em 2023, tem aproveitamento de 45% com cinco vitórias, quatro empates e cinco derrotas. O Mirassol foi o finalista do Troféu do Interior, mas acabou derrotado pelo São Bernardo, nos pênaltis. Tudo indicava que o time chegaria em alta à Série B, mas o ano irregular coloca o clube do interior paulista como incógnita.

• Ainda que venha de uma campanha soberana na Série A2 do Paulista, com acesso e título, a Ponte Preta pode ser considerada uma incógnita por conta da diferença de nível entre as competições. Quando disputou um torneio nacional em 2023, por exemplo, a Macaca foi eliminada na segunda fase da Copa do Brasil para o Brasil-RS, que joga a Série D. O próprio técnico Hélio dos Anjos, há mais de um ano no comando do clube, disse que o elenco precisa de pelo menos cinco contratações para ter condições de brigar por algo a mais na Série B. A Macaca chega com uma base titular consolidada e tem entre os destaques Matheus Jesus e Elvis, mas terá o retrospecto de 15 vitórias, seis empates e duas derrotas em 23 jogos na temporada colocado à prova em uma competição mais equilibrada.

EM BAIXA

• Após brigar pelo acesso à Série A no ano passado, o Londrina teve um começo de temporada bem abaixo do esperado. O time parou na primeira fase do Campeonato Paranaense, com apenas duas vitórias em 11 jogos, e foi eliminado logo de cara na Copa do Brasil, perdendo para o Nova Mutum-MT. Foram dois treinadores demitidos: primeiro Edinho, filho de Pelé, que ficou até o começo de fevereiro, e depois Omar Feitosa, que permaneceu no cargo por apenas quatro jogos. Em busca de uma retomada, o Tubarão contratou Alexandre Gallo como novo técnico e fechou com 15 reforços para a Série B.

• Comemorando seu centenário, o Sampaio teve um péssimo início de 2023. Foi eliminado precocemente nas três competições que disputou: caiu nas primeiras fases da Copa do Brasil e do Nordeste, enquanto no Maranhense sequer chegou às finais da competição. Por isso, o clube foi ao mercado e neste momento ainda realiza um processo de remodelagem do elenco. O comando técnico também foi trocado: saiu Felipe Conceição e chegou Evaristo Piza, que já fez dois jogos na equipe e não venceu, acumulando uma derrota e um empate.

• Eliminado precocemente no Campeonato Goiano, na Copa do Brasil e na Copa Verde, o Vila Nova treina há quase um mês para a Série B. Apesar dos resultados ruins até agora na temporada, a diretoria manteve o técnico Claudinei Oliveira, que ganhou reforços para a Série B. Um deles é o meia Luciano Naninho, que fez bom Campeonato Carioca pelo Volta Redonda. Assim como em anos anteriores, o Vila tem sido um time que empata muito. Em 2023, foram 18 jogos, apenas cinco vitórias, nove empates e quatro derrotas.

• O Rubro-Negro chega para a Série B sob desconfiança após o início de temporada ruim, com eliminações nas primeiras fases da Copa do Nordeste, da Copa do Brasil e do Campeonato Baiano. O técnico João Burse e o diretor de futebol Edgar Montemor não resistiram à má fase, foram demitidos e até o presidente Fábio Mota cogitou renunciar. O gestor voltou atrás da decisão e, agora com o time sob o comando de Léo Condé e com os mais de dez reforços contratados somente para a Segundona, busca elevar o nível do elenco para poder brigar pelo acesso.

• Guarani x Avaí, sexta-feira (14/04), às 19h, no Brinco de Ouro
• Ituano x Ceará, sexta-feira (14/04), às 21h30, no Novelli Júnior
• Vila Nova x Novorizontino, sábado (15/04), às 16h, no Oba
• Mirassol x Chapecoense, sábado (15/04), às 17h, no Maião
• Sampaio Corrêa x Atlético-GO, sábado (15/04), às 17h, no Castelão
• Juventude x Botafogo-SP, sábado (15/04), às 18h15, no Alfredo Jaconi
• Criciúma x Tombense, domingo (16/04), às 11h, no Heriberto Hulse
• Vitória x Ponte Preta, domingo (16/04), às 18h, no Barradão
• Londrina x ABC, domingo (16/04), às 20h30, no Estádio do Café
• CRB x Sport – ainda sem data, no Rei Pelé