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Apesar da vantagem de jogar com um jogador a mais, o Vitória produziu pouco ao longo do jogo. Mas o técnico Thiago Carpini teve estrela ao sacar Gustavo Mosquito no intervalo e mandar a campo Janderson, autor do gol de cabeça que definiu o confronto.

– Foi um jogo de extrema dificuldade. Sabemos da organização da equipe do Tencati, que está há muito tempo no cargo. Tivemos que tomar muitos cuidados para surpreender e neutralizar os pontos positivos deles. Hoje fomos felizes, mas o que definiu o resultado foi a superioridade numérica. Até a expulsão era um jogo igual. As duas equipes tentaram jogar, era natural que eles arriscarem mais e ficassem mais presentes no ataque porque estavam em casa. A partir da expulsão de Claudinho tivemos mais o controle da partida e conseguimos ser efetivos para aproveitar uma das poucas chances de gol. O Criciúma foi uma equipe muito valente, sabemos da dificuldade de jogar aqui na casa deles. Hoje conseguimos ser competentes e eficientes, com muita organização, para sair com resultado positivo – avaliou Carpini após o jogo.

+ Atuações do Vitória: Janderson mostra estrela, e Arcanjo faz defesa crucial contra o Criciúma

Com a vitória, o Rubro-Negro foi a 41 pontos e abriu quatro pontos da zona de rebaixamento.

– A moral do grupo está muito boa. Nos últimos cinco jogos tivemos uma derrota. Nos últimos nove jogos tivemos duas derrotas. Isso é muito difícil. A gente trabalha com muita convicção do que está sendo feito. Mesmo perdendo do Corinthians, perdemos jogando futebol. Muito confiança para os atletas performarem.

Thiago Carpini tem nova pedreira com o Vitória neste sábado, quando o Leão enfrenta o Botafogo, no Engenhão, às 19h30 (horário de Brasília).

Evolução do Vitória
– Acho que o comprometimento dos atletas e a crença deles nas nossas ideias. Foi um trabalho de reconstrução a partir do momento em que assumi lá na 7ª rodada, com um ponto no campeonato. Mudamos o padrão de jogo com novas ideias, e naturalmente oscilamos antes de encontrar o caminho. Temos uma maneira de jogar, e sabemos jogar os jogos de maneira competitiva. O compromisso dos atletas dentro do nosso esquema é fundamental para chegarmos nesse momento. O resultado de hoje nos coloca em uma posição mais favorável em busca da permanência. Agora é seguir o trabalho para tentar pontuar contra o Botafogo.

Gramado pesado
– Dificultou jogo do Matheus, Mosquito, Alerrandro. O Carlinhos [Carlos Eduardo] foi quem se adaptou melhor a isso. Os volantes fizeram partida fantástica, o Willian e o Ryller. Mesmo arriscando e deixando o Willian mais tempo, estando amarelado. A nossa linha defensiva. O Arcanjo, com jogo 0 a 0, fez a defesa do jogo. São pontos para lembrar que tem muita coisa boa acontecendo. A gente está convicto de que está no caminho.

Atuação de Janderson
– Aqui, no Vitória, precisamos ter paciência com as pessoas. Por isso pedimos calma ao torcedor e à imprensa. Nem sempre as coisas vão sair como imaginamos. Se a cada má atuação a gente quiser colocar um “x” em cada jogador e eliminá-los do planejamento, não vamos chegar no final da competição. Faz parte do meu trabalho conhecer o lado humano dos atletas e recuperá-los, foi assim com o Alerrandro, o Lucas Esteves, o Raúl Cáceres… Quanto ao Janderson, ele também foi decisivo na partida contra o Fluminense, no Maracanã, e hoje vencemos com um gol dele. É o que se espera dele, cobramos muito e ele mesmo se cobra.

Mudança no intervalo
– O jogo não se desenhou para o Mosquito, choveu muito, e o gramado ficou pesado. Fiquei com receio por conta disso, e o jogo não favoreceu suas características. Resolvi pesar um pouco mais a linha com mais um cara de disputa, acho que conseguimos empurrar a última linha deles e preencher mais a área. O jogo se desenhou mais para o Janderson. Entendi que dentro do que se encaixaria para o jogo, o Janderson poderia entregar. O que vale para nós é o todo, é o respiro que a gente ganha na reta final.