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O primeiro Ba-Vi da temporada está marcado para 16h (horário de Brasília), no Barradão.

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Por "prova de fogo", entenda luta contra o rebaixamento. Com muitas semelhanças, Rodrigo e Dado foram alçados ao cargo de treinador na temporada passada com o objetivo de garantir suas equipes nas Séries B e A, respectivamente. E conseguiram.

Rodrigo Chagas era treinador do sub-20 do Vitória e, na avaliação do presidente Paulo Carneiro, ainda não estava pronto para assumir a equipe profissional. Dado Cavalcanti, depois de uma boa passagem pela equipe de aspirantes do Bahia, havia sido contratado para coordenar as divisões de base.

Viu? Nenhum deles era prioridade, mas se impuseram na base da competência.

Ambas as equipes vêm de classificação no meio de semana pela Copa do Brasil. O Vitória derrotou o Águia Negra por 1 a 0, enquanto o Bahia passou por cima do Botafogo-PB ao vencer por 7 a 1.

Pode-se dizer, portanto, que o clima é de tranquilidade de ambos os lados. O problema é que tropeço no clássico costuma dificultar bastante a vida do treinador derrotado, por isso não está nos planos de ninguém ser superado pelo maior rival.

Aos 47 anos, Rodrigo Chagas, que foi ídolo do Rubro-Negro como jogador, dá os primeiros passos na carreira como treinador de futebol.

Rodrigo foi alçado à posição temporariamente no ano passado, para tapar o buraco deixado após a saída de Eduardo Barroca. Em quatro jogos, o Vitória teve um desempenho razoável, com dois triunfos, um empate e uma derrota. Mesmo assim, ele foi deslocado para o cargo de auxiliar técnico para a contratação de Mazola Júnior.

A separação durou apenas quatro rodadas: Mazola foi demitido, e Rodrigo Chagas voltou à equipe profissional para garantir a permanência do clube na Série B. Ao fim da competição, ele foi mantido e tem retrospecto, nessa temporada, de três vitórias, um empate e uma derrota.

O Vitória é o 3º colocado do Grupo B, com três pontos, atrás de Fortaleza e ABC.

Antes de mais nada, é preciso esclarecer que Dado Cavalcanti já comandou o Bahia em Ba-Vi's, mas sempre pela equipe de transição. Portanto, é o primeiro clássico com o time principal.

O caminho de Dado, 39 anos, até assumir o comando do Bahia também foi pouco convencional. O treinador chegou ao clube em abril de 2019 para treinar a equipe de aspirantes e teve a trajetória interrompida um ano depois, por causa da pandemia do coronavírus, que impôs uma crise financeira ao Tricolor.

Só que aquele não era um “adeus”, e sim um “até breve”. Dado Cavalcanti voltou ao clube em outubro para assumir a coordenação do departamento de futebol de base. Entretanto, o risco real de rebaixamento fez com que a diretoria tricolor demitisse Mano Menezes e escolhesse Dado para evitar o vexame.

Missão dada, missão cumprida. Com Dado Cavalcanti, o Bahia apresentou uma melhora de rendimento e garantiu a permanência na Série A com uma arrancada final de um empate e duas vitórias. Valorizado dentro do clube, ele foi mantido no cargo para a temporada 2021.