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Além de elevar a confiança de uma equipe que chegou a ficar 11 partidas sem vencer entre Campeonato Baiano, Brasileirão e Copa do Brasil, o treinador tirou atletas do fim da fila e os colocou como protagonistas ou bons coadjuvantes nesta campanha de recuperação. O ge lista dez deles.

De início, vale lembrar que Zeca era titular absoluto do Vitória na era Condé. Capitão e um dos símbolos da conquista da Série B 2023, o lateral-direito caiu de produção com a disputa da Série A e passou a ser vaiado. Após a chegada de Carpini e em baixa com a torcida, o atleta acertou a sua rescisão de contrato e deixou o clube.

Chance para o número 2 da posição virar titular e trazer equilíbrio a um setor muito criticado no início do Brasileirão. Willean Lepo foi contratado para a disputa da competição e soma seis partidas sob comando de Carpini (eram quatro com Condé), todas como titular.

Quem também aproveitou a chegada do novo técnico foi o lateral-direito Raul Cáceres. Recuperado de séria lesão no calcâneo que o afastou dos gramados no fim de março, o camisa 27 já recebeu três oportunidades com Carpini.

Com Lepo suspenso, o paraguaio foi titular e deu assistência na vitória por 4 a 2 sobre o Atlético-MG, em jogo válido pela décima rodada.

Mas as principais mudanças ficam mais nítidas no meio-campo do Vitória. Sem poder contar com as referências Dudu e Rodrigo Andrade por causa de suspensões e problemas físicos, Thiago Carpini apostou em uma trinca de volantes. Um era o já conhecido Willian Oliveira, ao lado de duas novidades.

A primeira delas é Luan Santos, que assumiu a responsabilidade como jogador à frente da zaga e soma seis jogos com Carpini, cinco como titular. Antes, o atleta teve duas chances com Condé na Série A, cinco no total.

Léo Naldi também passou a figurar entre os primeiros da fila para formar a trinca de volantes do Vitória, seja como armador pela esquerda ou até como primeiro homem de marcação.

O atleta já tem sete partidas sob liderança de Carpini (eram seis com Condé) e, se não é titular, tem entrado no decorrer dos jogos. Naldi, inclusive, participou dos 90 minutos da vitória do Leão sobre o Fluminense, por 1 a 0, pela 12ª rodada da Série A.

Entre as novidades que têm ajudado o Vitória nesta corrida de recuperação, Caio Vinícius talvez seja um dos atletas que mais chame atenção. Volante de ofício, ele ganhou oportunidades como titular na trinca montada por Carpini, mas precisou ser escalado como defensor e deu conta do recado.

Com Bruno Uvini e Camutanga machucados, o treinador ficou sem um zagueiro destro e preferiu improvisar Caio Vinícius. Com o meio-campista na função, o Vitória venceu Galo e Fluminense. O jogador, inclusive, deve ser titular neste domingo, contra o Athletico-PR, no Barradão.

O camisa 15 tem cinco jogos neste novo ciclo, quatro como titular. Entre os dez jogadores listados pelo ge, Caio é quem mais recebeu oportunidades com o comandante anterior, mas não conseguiu brilhar. Um dos exemplos de quem aproveitou a nova chance para recuperar o bom futebol.

Um dos problemas do Vitória na era Condé era a dependência do meia Matheusinho, que ainda é o jogador com mais partidas pelo clube em 2024 (32 jogos) e o segundo em minutos (2.498). Agora, contudo, o camisa 30 tem dois atletas que podem fazer a sua função sem que o Leão despenque em qualidade.

O primeiro é Jean Mota, camisa 10 que, com Carpini, igualou o número de oportunidades da era Condé (seis jogos, um como titular) e ainda balançou a rede no revés para o Bragantino, por 2 a 1. O armador também teve atuação regular ao substituir Matheusinho na vitória sobre o Fluminense.

Já Daniel Jr. vale ser citado entre esses dez jogadores porque foi um dos primeiros a ter chance com Carpini, após ser pouco aproveitado por Condé.

O meia tem apenas duas partidas disputadas sob liderança do novo treinador do Leão, uma como titular (um gol marcado), mas deixou a equipe por causa de lesão na coxa. Já recuperado do problema físico, o camisa 80 foi relacionado nos três últimos jogos.

+ Daniel Jr. "reaparece" no Vitória, ganha elogios de Carpini ao marcar e nega críticas a Léo Condé

Outro jogador que saiu do esquecimento para se tornar ao menos coadjuvante é Eryc Castillo. O atacante adotou o nome Culebra desde o início do Brasileirão e, com Carpini, soma sete partidas disputadas em menos de um mês, uma como titular.

O camisa 31 foi um dos jogadores que balançaram as redes na vitória sobre o Atlético-MG. Na era Condé, Culebra chegou a ter mais oportunidades (oito jogos) e deu uma assistência para gol, mas passou longe de convencer a torcida.

O atacante Zé Hugo era uma das principais alternativas de ataque com o antigo treinador saindo do banco de reservas, mas teve pouco espaço no início do Brasileirão.

Com Carpini, o camisa 17 já soma três partidas (nenhuma como titular) e uma assistência, que foi decisiva para a vitória sobre o Fluminense.

Quem também começa a figurar no banco de reservas e ganhar minutos é o atleta formado na base Fábio Soares. Com dois jogos disputados após a chegada de Carpini, Fau, como também é conhecido, tem sempre figurado entre os atletas relacionados.

Vale lembrar que Fábio Soares teve seu contrato renovado com o Vitória até março de 2026 com multa rescisória de 50 milhões de euros para transferências internacionais (aproximadamente R$ 300 milhões na cotação atual).

Todos os dez jogadores sequer jogaram 800 minutos pelo Vitória e passam longe do top 10 de atletas mais utilizados na atual temporada.

Esses números comprovam que eles, de alguma forma, deixaram o final da fila e desfrutam de bons momentos e oportunidades desde a chegada de Thiago Carpini.