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– Penso diariamente. É uma fase da minha vida diferente do que vivi. Perguntaram que importância teria desse título para mim, já que ganhei as Olimpíadas. São fases diferentes. Já joguei em vários outros clubes e não tive a mesma alegria que tenho jogando no Vitória. Desde que subi da base do Santos, jogando no Santos, eu tive um carinho, respeito e alegria de jogar futebol. Isso eu estou tendo aqui, reencontrei minha alegria de jogar futebol aqui no Vitória.

Formado nas categorias de base do Santos, Zeca passou por Internacional, Bahia, Vasco e jogou nos Estados Unidos, no Houston Dynamo, desde que foi campeão olímpico. Mas foi no Vitória, em 2023, que o lateral voltou a se destacar dentro e fora de campo.

Pelo Vitória, Zeca tem 37 jogos, sendo 34 como titular, com dois gols e três assistências. Nos bastidores, o lateral se tornou uma das lideranças do clube e o capitão do time, mesmo em um elenco com atletas mais experientes, casos do meia Giovanni Augusto, de 34 anos, e dos atacantes Osvaldo, 36, e Léo Gamalho, 37.

– Eu penso diariamente em fazer história aqui. Se a gente coroar com esse título, vai ser uma coisa inexplicável. Não vou conseguir falar nem com os meus filhos, que eu não tenho ainda. Passei por muita coisa na minha vida. Muita coisa familiar aconteceu.

"Vai ser tão importante quanto aquele título das Olimpíadas, vai marcar a minha vida", completa.

Zeca, inclusive, é cotado para retornar ao time titular do Vitória no jogo deste domingo, contra o Vila Nova, que pode confirmar o acesso do Rubro-Negro. O lateral se recuperou recentemente de lesão e voltou no último compromisso contra o Juventude, mas como opção no banco de reservas.

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– Agradecer a Deus. A gente tem sempre que estar com saúde, agradecer aos fisioterapeutas. É um momento ruim, chato, porque a gente sempre quer estar no campo. Agradeço a todos. Quanto a estar apto para jogar, estou sim. Trabalhei bastante. Treinei bastante nesse jogo.

Com Zeca em campo, o Vitória encara o Vila Nova às 19h (de Brasília) deste domingo. Os ingressos para o confronto estão à venda.

Experiência ajuda com ansiedade?
– Foi enfatizar uma coisa que o professor foi feliz em falar. Ele conversa diariamente com a gente sobre isso. É um momento muito bom o que a gente está vivendo. A gente tem que manter a calma, como ele falou. É jogo a jogo. Temos que pensar em nós. Temos conversado para ter tranquilidade nos jogos. Está tudo alinhado.

Jogos sem sofrer gols
– Fico feliz por esses números. É de toda equipe. Pode aparecer muito nós que defendemos, mas é em função do ataque também. Os treinamentos também têm auxiliado nessa marcação nossa, tem dado certo. Enfatizar também o grande momento do Lucas Arcanjo, que tem dado segurança gigantesca para a gente.

Ansiedade
– A gente sabe dessa possibilidade. Mas o professor tem conversado bastante com a gente, sobre tirar isso. A gente quer ganhar. O time do Juventude veio e soube neutralizar. Se tivesse ganhado o jogo, poderiam falar que a gente não estava ansioso. A conversa é diária aqui. Estamos tranquilos, queremos fazer história no clube.

Como o trabalho da defesa contribui pelo grande período sem ser vazado?
– Eu acho que não tem como ser só na base da conversa ou na força de vontade. Para chegarmos em um bom aproveitamento temos que treinar muito. O professor Condé conversa muito com a gente, faz treinamentos em cima disso. Tem muitos méritos da comissão que trabalha durante a semana para isso. E, claro, é importante exaltar toda a equipe. Até quem não joga tem papel importante nisso. Se você pegar os treinamentos, vai perceber que estão em alto nível, porque todo mundo quer jogar, além de querer melhorar os atletas que estão em campo sempre. Mas a competição é sadia e muito boa. O Lucas Arcanjo eu só tenho a exaltar. Quando cheguei aqui fui muito bem recebido por ele e por toda a equipe, e tem sido um cara que nos ajuda muito. Sei da história dele aqui no clube, e isso faz dele um merecedor. É daqui pra cima. Mas como eu falei antes, o nosso ataque também é muito importante nesse papel defensivo, o Osvaldo, o Gamalho, o Matheusinho… Todos voltam para marcar e têm papel importante. Sempre treinamos isso.

O que esperam do Vila Nova e como surpreendê-los?
– Acho que eles virão para jogar a vida, e nós vamos jogar valendo duas vidas. Essa é a verdade. A gente joga nossa vida. A gente não considera essa história de que temos gordura na frente da tabela. É jogo a jogo. Não podemos controlar a partida, temos que buscar o gol até o final em todas as partidas que a gente for jogar. A gente é atleta e queremos fazer história no clube.

O que fazer de diferente no domingo?
– Todo time que vem jogar aqui contra nós controla o jogo mais atrás e não agride tanto a gente. Pode reparar que sempre eles esperam uma decisão nossa. Acho que domingo será a mesma coisa. Porém, a nossa forma de jogar não vai mudar. Vamos buscar o resultado a todo momento. Temos que ter paciência, ler bem o adversário para buscar o resultado o quanto antes. É um duelo muito difícil, mas como falei, estamos brigando por muita coisa. É a nossa família e a alegria de uma nação inteira.

Importância do apoio da torcida
– Sou suspeita em falar. Vivemos isso diariamente aqui dentro do clube. A torcida tem sido nosso 12º jogador. O que eles fazem é absurdo. O Léo Gamalho até citou em um podcast a festa que eles fizeram antes do jogo contra a Ponte Preta, mesmo em um momento em que estávamos mal. O que eles têm feito é diferente, dá um gás a mais. Fico feliz com essa interação da torcida, nos deixa muito feliz. Espero que lotem de novo no domingo. Vamos jogar por eles.