Foto: Pietro Carpi / EC Vitória
Depois que o atacante Jordy Caicedo entrou na Justiça para rescindir seu contrato com o Vitória, o clube vem buscando alternativas para resolver a situação da melhor maneira possível. Em entrevista para o programa BN na Bola, da rádio Salvador FM 92.3, Dilson Pereira, diretor jurídico do Vitória, explicou sobre a quitação de dívidas que impede o clube de contratar novos nomes (leia mais) e aproveitou para esclarecer a situação de Caicedo.
Além de citar quais as alegações que o jogador utilizou a seu favor para pedir a quebra do seu acordo com o Leão, o diretor jurídico comentou sobre como estão sendo discutidas as alternativas para a situação e esclareceu boatos sobre negociação do atleta.
“Jordy Caicedo se utilizou do estatuto da Fifa e através de procedimento extrajudicial ele objetivou o rompimento do contrato com o Vitória. Evidentemente, isso vai gerar litígio lá na Fifa, só que a gente sabe que um litígio nunca é bom. O jogador ele pode ficar parado durante um tempo indeterminado até que a Fifa, se for o caso, conceda uma autorização para ele jogar em outro clube, porque ele só pode jogar em outro clube com autorização do Vitória”, explicou.
Segundo o diretor jurídico do Leão, uma das justificativas do atacante para deixar o clube são problemas de pagamento. Entretanto, Dilson Pereira explanou que os valores cobrados por Caicedo são de acordos já discutidos com o elenco.
“O Vitória tem um bom direito da situação, porque, ao nosso ver, o atleta forçou a barra para situação”, opinou. “A gente tem que ter todo o cuidado na negociação nessa questão dos atrasados que ele aponta. São atrasos que tem em todo o grupo do Vitória e que não é nem superior a sessenta dias, o que autorizaria ele a entrar com procedimento extrajudicial para tentar romper por esse motivo, conforme a norma da Fifa. O que ele alega é que o Vitória definiu descontos nos salários e ele foi o único jogador que discordou disso”, declarou.
“Todos os atletas assinaram no início da pandemia os descontos nos salários e a postergação do pagamento do direito de imagem. Lembrando que o Vitória ficou parado por quatro meses e nós não usamos a imagem do atleta”, completou o diretor jurídico.
Nesta sexta-feira (29), rumores de que Jordy Caicedo teria sido negociado com o CSKA Sofia, da Bulgária, foram divulgadas, mas Dilson Pereira desmente que o atleta tenha acordo com outro clube.
“Eu tomei como surpresa a notícia hoje que foi publicada. Não tem nada certo com CSKA. Até mesmo nós, do Vitória, entendemos que o melhor para o atleta ficar na América do Sul por ser um atleta muito emocional. Todos os atletas têm aspectos físicos e emocionais e a gente entende que toda essa situação mexeu com Caicedo. Ficando na América do Sul acho que ele ficaria melhor ambientado para tentar recuperar sua melhor forma”, posicionou.
Em processo e discussão e avaliação sobre a amelhor alternativa para o Rubro-negro e para o acanatne, Dilson Pereira explicou quais as alternativas que surgiram até o momento e a melhor solução para o caso com o jogador.
“De todas as tratativas que nós tivemos ciência eram empréstimos com opção de compra sem receber nada ou recebendo muito pouco. Foram as situações que foram ventiladas pelo staff do atleta. Só que antes da situação de empréstimo nós temos que resolver a situação de Caicedo no Vitória”, frisou.
“A gente busca agora equalizar a situação. Estamos em contato com o staff do jogador para a gente ver se faz um acordo, porque a situação pode ser muito prejudicial tanto para o atleta, quanto para o próprio Vitória. O acordo é melhor saída para situação. (…) A gente está passo-a-passo, conversando, e de portas abertas para negociação saudável para todos”, finalizou o diretor jurídico do Leão.
