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Geninho repetiu a escalação do Ba-Vi, com Ronaldo; Van, João Victor, Maurício Ramos e Thiago Carleto; Guilherme Rend, Fernando Neto e Gerson Magrão; Vico, Léo Ceará e Júnior Viçosa. No início da partida, o Vitória até passou a impressão de que conseguiria envolver o adversário. Mas a realidade foi bem diferente. O Imperatriz encontrou espaços para trocar passes no meio-campo e explorou bastante o lado esquerdo da defesa rubro-negra. Carleto e Gerson Magrão tiveram dificuldades para barrar as jogadas em velocidade, o que fez o time maranhense investir no setor para realizar cruzamentos.

Diante do volume de jogo do Imperatriz pela direita, Geninho trocou Fernando Neto e Gerson Magrão de posição. Além de corrigir a marcação, o treinador agiu para impedir uma expulsão ainda no primeiro tempo, uma vez que Gerson Magrão já estava amarelado.

A deficiência na marcação rubro-negra pela esquerda também ocorreu pela falta de contribuição do atacante Léo Ceará. Enquanto Vico voltava para auxiliar Van e Fernando Neto pela direita, Léo Ceará marcava “com os olhos” na esquerda, o que eventualmente deixava o Imperatriz em vantagem numérica. O setor ofensivo, por sinal, não funcionou. O Vitória finalizou apenas duas vezes em direção ao gol, uma delas com Carleto, em cobrança de falta.

Grande destaque do Ba-Vi de sábado, Ronaldo mostrou problemas ao sair do gol. Mais de uma vez o goleiro se atrapalhou ao tentar cortar um cruzamento e proporcionou ao Imperatriz uma chance de finalização.

Na segunda etapa, Geninho tentou aumentar o volume ofensivo da equipe, que pouco finalizou, e trocou Junior Viçosa por Rodrigo Carioca. Léo Ceará, que atuava aberto pela esquerda, foi para a posição de origem, como centroavante. Porém, o time seguiu sem agressividade. No lance de maior perigo, já no fim da partida, o atacante demorou para finalizar quase na pequena área e foi desarmado.

O jogo seguiu com o mesmo panorama. O Vitória não conseguia criar jogadas e apelava para chutões em busca dos atacantes de lado. O Imperatriz explorava o lado direito do ataque e cruzava bolas na área rubro-negra. Aos 37, a partida ganhou contornos dramáticos. Guilherme Rend, que havia levado o primeiro cartão amarelo por fazer uma falta para corrigir um passe errado de Gerson Magrão, tentou retardar a partida e foi expulso. Com um a menos, o time baiano recuou e “gastou” o tempo, enquanto o Colorado deixou a tática para trás e partiu de qualquer maneira para buscar o gol.

Após a partida, os jogadores do Vitória reclamaram das condições do gramado do estádio Frei Epifânio. O campo estava irregular, característica que dificultava a troca de passes.

– O Vitória jamais vai jogar segurando resultado. Jogamos para ganhar a partida. Mas o campo não tinha condições nenhuma de jogar futebol. Sabíamos que seria na raça, na vontade. O mais importante era sair com a classificação. (…) A gente veio de um clássico corrido, logo em seguida uma viagem desgastante. Mas não é desculpa. Estamos bem treinados para isso. Foi um jogo difícil, a equipes dele tem qualidade – comentou.

O empate por 0 a 0, além de garantir a classificação para a segunda fase da Copa do Brasil, rendeu ao Vitória R$ 650 mil em premiação. O time baiano enfrenta dificuldades financeiras. Funcionários e jogadores do elenco sub-23 estão com os vencimentos em atraso. Apenas atletas do grupo profissional estão com os compromissos em dia.

O Vitória volta a jogar no domingo, às 18h (de Brasília), no Barradão, quando encara o Freipaulistano, pela 4ª rodada da Copa do Brasil. No regional, o Rubro-Negro ocupa a 2ª posição do Grupo B, com cinco pontos.