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O Conselho Técnico dos times da Série A acontecerá na próxima segunda (17), às 14h, no Rio de Janeiro. Além de debater o prolongamento do Campeonato Brasileiro da Série A, deverá ter a discussão sobre a suspensão do rebaixamento na atual temporada.

O presidente do Grêmio, Alberto Guerra, defendeu a suspensão do rebaixamento já que segundo ele, o equilíbrio técnico “foi para o espaço”. “Essa conversa começou por outros clubes em conversas informais ao Grêmio. Não partiu de nós aqui. O fato é que existe uma premissa num Campeonato Brasileiro de pontos corridos que é o equilíbrio técnico. E o equilíbrio técnico infelizmente já foi para o espaço. Basta ver as estatísticas dos times que jogam fora de casa, mesmo os 1°s e 2°s colocados nos últimos anos. E o Grêmio, a contar de hoje, sabe que não vai ter a Arena por pelo menos 90 dias”, disse Guerra em coletiva.

Em entrevista a Rádio Gaúcha, o presidente da FGF, Luciano Hocsman, defendeu o debate sobre o tema.  “Acredito que este debate deva acontecer, provocado por alguém. Comentei com os presidentes dos nossos clubes da Série A. As Federações foram convocadas para estarem presentes. Todo Conselho Técnico somos convidados. Mas não temos voz. A discussão e proposição compete aos 20 clubes. Acredito que será debatido. Digo isso, infelizmente, por termos a experiência da Covid. De ter a necessidade da unanimidade para que isso aconteça em qualquer mudança em regulamento ao meio de competição. Ao meu juízo, ainda há necessidade de levar isso a conhecimento da Justiça. Para que não se corra o risco de eventual contestação.”.

A CBF ainda não foi consultada sobre o assunto. Uma mudança no regulamento da competição implicaria em várias situações como se adequar à Lei Pelé, que exige acesso e descenso em competições regulares com mais uma de divisão, “observado sempre o critério técnico”. É justamente o critério técnico é que levado em consideração pelos defensores da ideia.

De acordo Andrei Kampff, advogado especialista em Direito Esportivo, em entrevista ao portal Zero Hora, a mudança precisa de maioria simples, mas a unanimidade daria mais segurança jurídica. “Para dar mais segurança jurídica, seria importante que uma decisão importante como essa se desse por unanimidade. Assim, diminui um pouco o risco. Qualquer mudança de regra pode ser objeto de contestação lá na frente. Primeiro junto ao STJD e depois, respeitando determinação constitucional, na Justiça Comum.”.

O Vitória ocupa a 18ª colocação com apenas um ponto conquistado em quinze disputados e viu o seu jogo contra o Juventude ser remarcado para o dia 11 de junho justamente por conta da tragédia no Rio Grande do Sul.