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Escolhido para conceder entrevista coletiva na última sexta-feira, Lucas Arcanjo celebrou a marca e mirou o posto de goleiro com mais jogos pelo Vitória que pertence a Borges, com 293 partidas disputadas entre 1982 e 1995.

– A gente imagina, a gente sempre sonha. O Vitória é um time grande, e a gente bater esses recordes, essas metas, é muito gratificante. Por trás dessa trajetória são várias pessoas envolvidas, um sonho realizado. São várias coisas que a gente busca em um clube como o Vitória – completou.

Top-5 dos goleiros com mais jogos pelo Vitória:

• Borges (entre 1982 e 1995): 293 jogos;
• Lucas Arcanjo (desde 2019): 187 jogos;
• Aguinaldo (entre 1971 e 1973): 186 jogos;
• Gelson (entre 1977 e 1981) : 180 jogos;
• Viáfara (entre 2008 e 2011) : 170 jogos.

Arcanjo chegou à Toca do Leão em 2016 e estreou pelo profissional três anos depois, em 2019, pela Série B. De lá para cá viveu momentos de instabilidade, busca por espaço e consolidação, que aconteceu em 2023. Lucas foi titular em 36 das 38 rodadas durante o título da Série B e foi peça importante na primeira conquista nacional do Vitória. No ano seguinte, também como titular, conquistou a primeira taça estadual e a classificação à Copa Sul-Americana.

– Para mim, que sou da base, é muito gratificante, importante, por trás dessa trajetória existem pessoas que têm sua parcela, desde a tia da cozinha, da limpeza. Sou muito grato a eles por ter chegado até aqui. Eles também fazem parte dessa história.

E por pouco Lucas Arcanjo não atingiu a nova marca pelo Vitória. No final do ano passado, o goleiro esteve acertado com o Fluminense, mas negócio não andou porque o Rubro-Negro não obteve garantias de que receberia o pagamento do clube carioca.

– Vou ser sincero, estava de férias, não estava acompanhando nada disso. Meu empresário que estava tomando conta, mas acredito muito na vontade de Deus. Meu pai falava uma frase: "Nenhuma folha cai da árvore se não for da vontade de Deus". Entrego nas mãos de Deus, o que for melhor para a minha vida Deus vai fazer.

O goleiro nunca atuou por outro clube que não fosse o Vitória. Na entrevista, revelou sonho de atuar no futebol europeu, mas garantiu que o foco está em Salvador.

– Gosto muito de pensar no jogo a jogo, a gente vai fazendo nosso papel, nosso máximo. Claro que a gente sonha em jogar num grande time da Europa, mas o pensamento ainda no Vitória, temporada muito importante pela frente, para mim, para o grupo inteiro, e o mais importante para o Vitória. Entrego nas mãos de Deus, o que for para acontecer vai acontecer.

Arcanjo tem novo compromisso pelo Vitória neste sábado, em jogo contra o Atlético de Alagoinhas, pela partida de volta das semifinais do Campeonato Baiano. Como o Rubro-Negro venceu por 4 a 0 o confronto de ida, o goleiro pode ser poupado pelo técnico Thiago Carpini.

Estrutura do Vitória
– O Vitória sempre foi uma referência de revelar grandes goleiros desde sempre. O professor Paulo Musse junto com o professor Itamar Ferreira têm uma parcela enorme nisso, não só comigo, mas com todos os goleiros que já passaram por aqui.

Dias difíceis e momentos importantes
– Acho que o mental, meu pai sempre me preparou para isso, gosto muito de frisar isso. O psicológico é muito importante para o atleta. A gente vai passar por situações difíceis, mas é trabalhar, dar o máximo no dia a dia que as coisas vão acontecer naturalmente.

Experiência de Gabriel no elenco
– Uma grande equipe precisa de atletas de bom rendimento, e o Gabriel chegou para aumentar o nosso nível. Só quem ganha é o Vitória.

Futuro no Vitória
– Temporada só está começando, temos que fazer uma temporada melhor que do ano passado, evoluímos muito. Entregar nas mãos de Deus, fazer o que estamos fazendo que vai dar bom para a gente esse ano.

Ajuda aos jogadores da base
– Me vejo quando subi para o profissional, tinha o Ronaldo, que sempre me ajudou. Tem que ter esse papel de paizão para os meninos. O mais difícil é chegar e se manter. A gente lado a lado dando os conselhos ajuda muito.

Conquistas pelo Vitória
– Eu sempre brincava com meu pai, falava que eu era o primeiro goleiro campeão nacional pelo clube. É o que fica, é a história. Gratificante ter vindo da base. Tem um peso maior.