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Nesta sexta-feira, Fábio Mota será entrevistado na sabatina do ge.

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Durante cerca de 30 minutos, Ângelo Alves respondeu a perguntas feitas por jornalistas do ge, Correio*, TV Bahia e do iBahia. A sabatina, mediada por Gustavo Castellucci, foi transmitida ao vivo no ge.

Durante a sabatina, Alves trouxe detalhes sobre o seu plano para fortalecer a divisão de base rubro-negra por meio do "Neuronball".

– O "Neuronball" é uma metodologia complementar ao futebol, onde vamos melhorar a formação dos atletas da base, onde a gente pretende construir uma escola no Barradão para aplicar essa metodologia, baseada em neurociências. Essas crianças de 14 a 20 anos irão passar por essa escola e, quem sabe, a gente formar melhor esses atletas. Tanto dentro de campo quanto fora de campo. Vamos melhorar a parte do sono, individual, parte física, de produtividade dele dentro de campo, comportamento fora de campo – explicou o candidato da chapa Vitória Para Todos.

Ângelo Santos Alves é formado em Ciências Econômicas pela Universidade Federal da Bahia (UFBA) e doutorando em Ciências Econômicas pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Na área de futebol, Ângelo é formado em Gestão de Futebol pela CBF Academy.

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Atualmente, Ângelo Alves é servidor público federal no Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI), com passagem pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA). Ainda sem experiência no mercado de futebol, ele tem como vice-presidente Agenor Gordilho Neto, que foi ex-presidente do clube no segundo semestre de 2017, além de também ter presidido o Conselho Deliberativo rubro-negro.

Confira a agenda da sabatina da Rede Bahia:

• Sexta – Fábio Mota, chapa Reconstruindo o Vitória,14h às 14h30.

A chapa Vitória Para Todos concorre apenas ao Conselho Gestor, com Ângelo Alves como candidato à presidência e Agenor Gordilho como vice-presidente. A chapa não possui candidatos ao Conselho Deliberativo e ao Conselho Fiscal.

O pleito está marcado para o dia 17 deste mês, no Complexo do Barradão. Para ser eleito no primeiro turno, o candidato precisa ter mais de 50% dos votos válidos. Caso não seja possível, será realizado o segundo turno.

Herbem Gramacho | Correio – O senhor é conhecido pelos rubro-negros como "Ângelo Colecionador" devido ao hobby que tem de colecionar camisas de times, outros objetivos. Vejo que está com a camisa do Vitória de 1993. O senhor acha que pode correr o risco de ser visto pelos sócios como um candidato folclórico, algo nessa linha, e não necessariamente como alguém preparado para administrar o Vitória neste momento de crise e nos próximos três anos?
– Pergunta muito pertinente. A alcunha de colecionador mostra apenas o nosso lado torcedor, somos torcedores apaixonado pelo clube, colecionamos camisas de futebol, revistas, livros, flâmulas, mas também somos trabalhados em nossa área de trabalho. Sou economista de formação, tenho mestrado e estou concluindo meu doutorado também. Já trabalhei em locais como Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, no Rio de Janeiro, já trabalhei no Dieese, já fiz curso na CBF Academy, curso de gestão de futebol. Preparamos projeto a partir desse clube para colocar esse clube na Série A de novo, nos trilhos do sucesso. E do lado do nosso vice, Agenor Gordilho, trazendo essa experiência que já foi ex-presidente do clube, a gente une experiência, projeto e a prática que ele tem. Essa alcunha de colecionador, talvez as pessoas tenham misturado as coisas no início da campanha. Mas como a gente está na reta final aqui, passamos por alguns órgãos de imprensa, passamos para o torcedor que não temos o lado da paixão apenas, temos, sim, o lado do conhecimento científico, um projeto sólido, sou gestor de futebol. Temos ciência que, hoje, o torcedor, está consciente que Ângelo Alves também é capacitado para ser presidente do Vitória. Quem tiver alguma dúvida pode entrar no nosso site vitóriaparatodos.com.br e ver lá nossas propostas.

– Acredito que a gente tem, sim, que mudar o plano de sócios, mas como não é o "know how" nosso. A gente quer, como gestor do clube, fazer uma visitação no Barradão, que é uma demanda da torcida há muito tempo. A gente pode vincular o plano de sócios com a visitação ao Barradão, onde a família vai ao Barradão, tira foto em locais específicos. Podemos fazer parcerias com grandes marcas para fazerem ativações em locais específicos também. A gente vai contratar uma empresa especialista em reformular o plano de sócios e pedir o que a gente quer. Outra coisa é implementar o voto a distância, reativar o Vitória Sem Fronteiras, melhorar o estacionamento do Barradão, organizar aquilo ali, e não terminar a festa no estacionamento. É cultural. A gente ouviu um áudio do atual vice-presidente, Djalma, que queria acabar com a festa no estacionamento. A gente quer estimular, de forma organizada, e que todos curtam da melhor forma, sem nenhum problema.

Ruan Melo | ge.globo – Quero falar sobre categorias de base. O Vitória é conhecido por ser um clube formador, que revelou jogadores, especialmente nos anos 90, isso há muito tempo. Ao longo dos últimos anos, os candidatos propõem a reestruturação das divisões de base do clube, essa volta a esses tempos áureos do clube na década de 90. O senhor, entre as propostas, planeja implementar como metodologia o 'Neuronball', qual a diferença dessa proposta em relação às propostas dos outros candidatos de outras eleições?
– Nossa proposta para a divisão de base é uma das principais nossas e diferencial em relação a outros concorrentes. O "Neuronball" é uma metodologia complementar ao futebol, onde vamos melhorar a formação dos atletas da base, onde a gente pretende construir uma escola no Barradão para aplicar essa metodologia, baseada em neurociências. Essas crianças de 14 a 20 anos irão passar por essa escola e, quem sabe, a gente formar melhorar esses atletas. Tanto dentro de campo quanto fora de campo. Vamos melhorar a parte do sono, individual, parte física, de produtividade dele dentro de campo, comportamento fora de campo. Jogadores podem se perder quando sobem ao profissional quando ganham aquele salário. A gente quer que o jogador esteja focado no futebol para que ele renda em campo. Metodologia complementar especial, experimental. Acredita que vai ter resultado dentro de um ano, depois de implementado. Estudamos o Ajax, outros clubes, e vai melhorar a produtividade dentro de campo.

– Esse "Neuronball" seria para quem estiver dentro do clube alojado a partir dos 14 anos. A gente também tem um projeto para responsabilidade social, outro pilar, para crianças de 8 a 14 anos que moram na região de Canabrava, a gente faria uma captação desses recursos através de lei de incentivo e outras formas, federal e estadual, para fortalecer a região, reduzir a evasão escolar, melhorar a parte da saúde, da educação, e trazer recursos para terminar a academia de futebol, que onde essas crianças da região vão treinar. A gente quer fazer parcerias com a prefeitura, estado, escolas da região. A partir do momento que essas crianças estejam preparadas nessa idade, de 8 a 14 anos, a gente faz uma seleção e coloca ali dentro também. Sobre o interior, a gente quer fazer escolinhas também, vinculadas com as prefeituras. Fora do estado a gente quer fortalecer os laços. Mas a gente acredita que vamos encontrar parceiros que queiram vincular sua marca a esse projeto de sucesso. O mais importante é mostrar ao financiador que você tem um projeto e que esses atletas podem elevar a marca dessa empresa.

Paulo Cézar Gomes | iBahia – Temos entrevistados candidatos com propostas novas, interessantes, mas que a gente observa que precisam de um tempo para serem totalmente aplicadas. Mas o Vitória vive uma de suas piores crises, talvez a mais graves da história. Será que essa fragmentação de candidaturas e propostas ao mesmo tempo não tem prejudicado? Foi tentada da sua chapa uma tentativa de unificação de projetos, de pontos comuns, para fazer uma proposta de emergência para esse momento, já que a política em si nos ensina que em determinados momentos deve-se deixar de lado diferenças e somar forças. Para o torcedor não é estranho tantos candidatos na véspera de um jogo-chave do Vitória, foi tentada esse tipo de proposta única dessa oposição para um projeto mais robusto e consistente para o futuro do clube?
– Somos a candidatura que há mais tempo está nessa trajetória. Começamos a nos preparar no final de 2020. Quando chegou em 2021 começamos a fazer o curso e montando o projeto. Nossa candidatura foi toda planejada. Somos o único candidato com curso de gestão de futebol, o único que sabia que iria ser candidato. Única candidatura que foi planejada, que fez o curso de gestão de futebol e que montou o projeto. Esses candidatos montaram o projeto há dois, três meses. Imagine ter tais candidatos que não se planejaram. Muito importante escolher candidatos preparados. Sei que a situação do Vitória é difícil, e é por isso que a gente se planejou.

– O atual presidente tem parcelado essas dívidas, que não é um mérito dele. Você entra no sistema da Procuradoria-Geral da República e faz o parcelamento. Existem também outras, com a Previdência, com o estado, com a prefeitura. É uma coisa básica a se fazer que qualquer um desses candidatos pode fazer. O problema do Vitória não é o parcelamento de dívidas, é a queda nas receitas. Qualquer clube de futebol é endividado. Tem que saber onde captar as receitas para pagar dívidas. E é por isso que a gente planejou nossa candidatura, planejamos trazer até R$ 24 milhões, temos um patrocinador engatilhado. Liguei, ele gostou do projeto e disse ter interesse de patrocinar o clube, mesmo que eu não seja eleito. Falei do nosso projeto "Neuronball" e achou muito interessante, que pode ajudar pela lei de incentivo também. As certidões negativas do clube estão sendo tiradas, parcelamentos feitos. Importante ter o projeto para quando você entrar, saber o que fazer. E o nosso vice, Agenor Gordilho, vai nos ajudar com esse contato político, contato com empresário que é muito importante pra gente executar o projeto.

Pedro Thomé | TV Bahia – Pergunta baseada em economia, mas um pouco mais precisa, mais direta. O Vitória tem uma impossibilidade de contratar jogadores por conta de uma dívida com Walter Bou, Boca Juniors, que gira em torno de R$ 1,8 milhão. Como você vai resolver o "transferban", qual o tipo de ação direta, já que o Vitória não pode contratar até julho de 2023, sendo em qual for a divisão que o Vitória estiver?
– A gente vai parcelar essas dívidas. Se a gente puder dar uma entrada boa, a gente vai conseguir o parcelamento, pagar o "transferban" para fazer o planejamento do futebol para 2023. Conversar com comissão técnica, departamento profissional, da base, quem cuida do orçamento, com o presidente e o vice. A gente vai ver o que precisa fazer, reformular o elenco do clube, quem vai trazer da base para complementar. À medida que o "Neuronball" for sendo implementado no clube, e for tendo resultado, a gente vai, sim, usar a base. A gente quer evitar essas contratações 2 por 1 que acontece no futebol. Sua equipe de análise e desempenho sugere um jogador e, quando o clube chega ao empresário, o empresário oferece mais um, mais dois jogadores para liberar aquele que o clube quer. Assim que a gente vai montar o nosso planejamento para o futebol.

– Quando a gente começou a fazer o planejamento, o orçamento, há uns três meses. Já tinha todo projeto pronto, a gente esperou saírem as demonstrações do clube para fazer nosso orçamento e metas. A gente viu que o Vitória estava na zona de rebaixamento da Série C. Então, a gente foi conservador e fez o orçamento para 2023 com o Vitória na Série C. Torcemos para que o clube suba para a Série B, se a gente subir vai ter dinheiro. Mas se ficar na Série C a gente sabe de onde trazer esse dinheiro. Para a divisão de base a gente quer trazer R$ 6 milhões. E esse custo, a gente pega o outro valor que estava sendo gasto e joga na despesa do futebol profissional. A gente tem que conhecer o mercado para saber como fazer essas jogadas, tudo de acordo com a legislação. É importante que o candidato planeje projeto para que possa fazer essa gestão corporativa e política do clube. Agenor vai nos ajudar a fazer essa gestão política. Depois que entra ocorrem pressões internas.

Rafael Teles | ge.globo – Estudando seus planos, projeto, vi que tinha no seu projeto alguns pontos sobre sócios-torcedores, fala em trazer mudanças para abraçar sócios do interior e de outros estados. Quero que você explique mais sobre isso, até porque o Vitória, pelo tamanho do clube, tem números poucos expressivos de sócios. Como crescer o número de associados do clube?
– Sou um torcedor que veio da arquibancada. Meu tio, um dos responsáveis, já foi da Mancha Rubro-Negra, Leões da Fiel, trouxe esse espírito de torcedor para a gente. E também já fui líder do Vitória 40 graus. Várias ações que fizemos no Rio de Janeiro. A gente é líder do grupo Colecionismo. A gente sabe que é necessário que o gestor do clube também olhe para essas torcidas, tenha uma bola relação. Temos que estimular o voto a distância, online, demanda de todos e sempre foi minha também. Em relação ao plano de sócios, a gente tem que contratar uma empresa especializada, como fez o Ceará, por exemplo, e ganhou prêmios. A gente vai dar elementos a essa empresa. A gente quer trazer o torcedor para visitar o Barradão. Onde a família vá ao estádio, tire fotos. A gente quer trazer marcas para fazer uma reforma do Barradão. A gente tem que ter o sócio do interior, de fora do estado, e trazer o torcedor para o Barradão.

– Atualmente, o Vitória está com um valor de mercado muito baixo. Vocês vão ver no meus vídeos no YouTube, Ângelo Alves Vitória, no vídeo 12, a gente faz um cálculo de SAF, e o Vitória valeria R$ 200 milhões. Através do nosso projeto, "Neuronball", a gente pode fazer com que o clube valha muito mais, mais de R$ 1 bilhão. Para o rival, foram oferecidos cerca de R$ 400 milhões. É interessante primeiro organizar a casa, valorizar o clube, nossa divisão de base é melhor que a do nosso rival. Muitos clubes do mundo estão vindo para o Brasil para comprar clubes para focar na divisão de base. Com o "Neuronball", fica mais interessante. E o Vitória é mais interessante que outros clubes. Vamos formar atletas para levar o nome do Vitória para o mundo, única forma de internacionalizar a marca, através de seus jogadores, seleção brasileira, jogando em grandes clubes do mundo.