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Uma parte da nova formação foi forçada. Wesley levou o terceiro amarelo no fim de semana passado e cumpriu suspensão automática nesta quarta-feira. Amadeu explicou como tomou a decisão pelas modificações e apontou que o calendário também teve influência.

– Nós vamos jogar a cada dois dias, dois dias e meio. Nós temos um elenco. E a gente vai dar vida a esse elenco. A gente vai dar oportunidade. Vai fazer dentro dessas oportunidades, a gente está vendo a performance de cada um. Treino, a gente só teve essa semana cinco treinos. Agora não vamos praticamente treinar. Amanhã é descanso; depois, ajuste leve, um pouco de estratégia para pegar Operário. A gente teve uma sequência de seis jogos do CRB até o dia 30. A gente vai ter que dar vida a esse elenco. A gente mudou o sistema também. A ideia dos dois jogos anteriores, a gente surpreendeu todo mundo no jogo contra o Paraná, quando jogamos com dois avantes, foi surpresa para todos. Agora deixou de ser surpresa. A gente tem umas jogadas mais agudas, mas não tem controle do jogo. Nos dois jogos anteriores, a gente teve pouco controle da partida. Então a ideia foi colocar três homens no meio, pela formação do América-MG. E a gente ter mais posse de bola, controle do jogo, do jogo entre linhas. A gente conseguiu fazer no jogo algumas vezes, mas não chegou na última linha. Quando chegou, não foi efetivo no passe final ou na finalização. A gente conseguiu alguns momentos de lucidez no processo. Eu tinha opção de tirar um centroavante e colocar um meia. Saiu Jordy, e Anselmo está mais adaptado. Pode ser que, no próximo jogo, saia com Jordy e Anselmo espere. Ou podem ser os dois. Vai depender do que perceba do adversário e do encaixe. A gente já jogou no 4-4-2; dentro da partida contra o CRB, a gente foi com 4-3-3, com dois volantes por dentro. Hoje, fomos no 4-3-3 com dois volantes e um meia. O meio de campo ficou afastado da defesa no início da construção. Essa distância não possibilitou o jogo combinado. No segundo tempo, a gente fez isso. Um jogo de circulação por fora, mas, muitas vezes, insistiu por dentro e, por conta disso, talvez não tenha chegado ao gol – disse o técnico.

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Com as mudanças, Jordy Caicedo, que sofreu o pênalti que resultou no gol do triunfo sobre o CRB, iniciou a partida desta quarta-feira no banco de reservas. Ele entrou na equipe no intervalo, após uma atuação apagada de Ruy no primeiro tempo. Amadeu comentou a ausência do atacante da equipe titular.

– Primeiro ponto. Ele é um jogador da mesma posição que Anselmo. Eu fiz a opção, nos dois jogos anteriores, por jogar com dois avantes. Para hoje, achei conveniente não jogar com dois centroavantes, até porque Thiaguinho estava lá, ele cumpre funções ainda não tão bem como Wesley começou a cumprir. Está cumprindo muito bem as funções de entrar pelo meio. Thiaguinho é um jogador mais de lado de campo. Wesley é de lado, mas consegue flutuar pelo meio, porque a origem de Wesley foi de meia, depois foi deslocado para o lado. É um casamento de características. Como fiz a opção por três homens no meio, tive que tirar um centroavante. Porque nem Anselmo joga de lado, e Jordy está tentando se adaptar. Já fez treinamentos. Hoje entrou, em uma parte do jogo, primeiro de lado. Mas ele não é um jogador de lado de campo. A gente vai tentar, com o tempo, adaptar ele a fazer mais essa posição. Então fiz a opção por Anselmo neste quesito. Sabia que ia ser questionado, até porque Jordy vive um bom momento. Entrou em dois jogos, fez um gol. E sofreu um pênalti, que resultou num gol. Além disso, deu umas boas escapadas às costas, com velocidade, e isso chama atenção. Mas é um jogador que está se adaptando ao nosso jogo, ao país. Tudo isso conta. É um jogador muito forte, velocista, que também, em sequência, se tiver uma lesão, vai ser um problema. Então tem que saber dosar isso. E vai ter uma hora em que o Anselmo também vai ficar de fora. Isso é natural. Por exemplo, joguei com Lucas; depois joguei com Léo. Hoje voltou Lucas. Joguei com Matheus; depois um jogo com Van, e hoje jogou Van de novo. Então é uma coisa natural. No elenco, você dar vida a atletas e perceber características do adversário e tentar fazer esse casamento.

Outra opção de Carlos Amadeu foi promover a estreia de Thiaguinho como titular no Vitória. O jogador, contratado por empréstimo do Jacuipense após o Campeonato Baiano, não conseguiu dar volume ao ataque rubro-negro, apesar das jogadas de muita velocidade. Para o técnico da equipe baiana, o atleta de 21 anos “sentiu” o jogo.

– Primeiro, a gente tentou colocar um jogador mais próximo das características de Wesley, dos que estavam disponíveis no nosso elenco. Ainda mais, porque quem dá profundidade à equipe, que ataca as costas, no nosso time, é Wesley e Jordy. Então, como Jordy estava saindo, eu tinha que manter o Thiaguinho. Para eu jogar com Jordy e Anselmo e ter ainda o Thiaguinho, o time fica muito vulnerável no setor de meio-campo. Então por isso essas opções. Aí o que eu olho para Thiaguinho? Thiaguinho entrou numa situação difícil. Primeira vez que ele está jogando. Um garoto jovem, que jogou a Série D. então estrear agora numa Série B foi um peso muito grande. Só que ele teve personalidade, foi uma grande válvula de escape com as bolas lançadas às costas, conseguiu fazer boas jogadas, mas o terço final, o acabamento final das jogadas, é o que ele ainda precisa evoluir. E eu acho que, com o tempo, a maturidade e a sequência de trabalho, apesar de que esse período é muito curto, aí fica mais difícil… Mas, à medida que ele vá também adquirindo corpo, confiança, naturalmente pode evoluir. É um jovem,

Como lembrou Amadeu, o Vitória terá calendário apertado. O time baiano volta a jogar no próximo sábado, às 16h30 (de Brasília), no Barradão, contra o Operário. A partida é válida pela 18ª rodada da Série B.

Gol cedo
– Se a gente pudesse sempre jogar assim e conseguir o gol no primeiro tempo, esse era o objetivo. A gente sabe que, com o gol no começo, a torcida vem com entusiasmo e a gente tem grande possibilidade de sair vencedor do jogo. Então trabalhamos com isso. O América-MG veio com uma proposta até diferente do que enfrentou outros adversários fora de casa. Foi ousado contra outros adversários fora de casa. Hoje ele tentou cadenciar mais o jogo, segurar mais, para, talvez, atrair mais e ser mais agudo na saída. E criou algumas chances nas nossas costas.

O adversário
– A gente analisou bem o time do América-MG, que é um time qualificado, tem maior entrosamento, porque foi um time montado no estadual. Ele joga com a mesma base do time o estadual e o nacional, o Brasileiro. Tem dinâmica boa e vive um momento bom. Fizeram cinco jogos, três vitórias e dois empates. Conseguiu resultados expressivos fora de casa. É um time que está numa crescente, assim como a gente. Foi um jogo duro, igual. A gente teve momentos superiores a eles e eles superiores à gente.

Entrosamento com mudanças
– Essa é a nossa realidade. A gente, primeiro, pensa que esses jogadores, de alguma forma, pelo histórico no clube curto, já jogaram juntos em algum momento ou não. A gente tem que se adaptar à realidade. Qual cenário ideal? Uma semana inteira, para jogar uma vez por semana. O cenário pior é quarta e domingo. Hoje a gente tem uma realidade diferente. Em 66h, a gente está jogando. O entrosamento vai acontecer no próprio jogo. A gente vive disso nesse momento. Só vai ter tempo depois de 3 de setembro.