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Para vencer o terceiro jogo seguido, chegar a 21 pontos e participar de vez da disputa por uma vaga entre os oito melhores da competição, o Rubro-Negro precisou jogar de forma consistente em um curto prazo de tempo. Além disso, a cada partida, o time parece estar em evolução.

Após a contratação do técnico João Burse, o Rubro-Negro acumula três vitórias e um empate. Agora, a quatro rodadas do fim da primeira fase, o time tem equilíbrio e confiança para manter o bom desempenho e se classificar.

Para vencer o Paysandu, o Vitória tinha que se superar no lado emocional. Também com o Barradão cheio, o Rubro-Negro foi derrotado pelo Volta Redonda, na nona rodada. Agora, em um cenário parecido, precisava dar a resposta ao torcedor, e conseguiu.

A equipe rubro-negra não atacou muito durante a partida e teve pelo lado esquerdo, com Lazaroni, as melhores tentativas. Quando tentava fazer uma pressão alta na saída de bola do Paysandu, deixava espaços para os contra-ataques do adversário. Foi dessa forma que Marcelo Toscano exigiu boa defesa de Dalton, em contra-ataque do Papão.

Do lado do Vitória, Eduardo encontrou Tréllez na área com um bom lançamento, mas o colombiano não dominou da melhor maneira e tentou salvar o lance com um passe de calcanhar para Rafinha, a defesa, no entanto, estava atenta. Luidy também tentou após cruzamento de Lazaroni, mas sua finalização passou longe do gol.

Para o segundo tempo, ajustes precisavam ser feitos. O primeiro era ficar com a segunda bola, algo que não acontecera da melhor maneira na etapa inicial. O segundo era encaixar a marcação alta para pegar o adversário de surpresa.

Se a marcação alta não encaixou da melhor maneira na etapa inicial, o segundo tempo veio para salvar a alternativa tática do Vitória. Aos 16 minutos, o Paysandu tentou sair com troca de passes, mas Rafinha estava esperto para roubar a bola.

Detalhe importante no lance do gol: o posicionamento de Eduardo na marcação alta. O meia estava lado a lado com Tréllez para ficar com a bola após o desarme de Rafinha e servir Luidy, que só teve o trabalho de empurrar para a rede [assista ao gol abaixo].

A marcação intensa na parte ofensiva desgastou os atletas do Rubro-Negro. Por isso, João Burse promoveu mudanças na equipe para dar fôlego novo ao time e garantir o resultado. Na entrevista coletiva após o jogo, o técnico explicou os motivos.

– Essa blitz que demos no começo do segundo tempo ia gerar um desgaste físico. Fizemos o gol, e acabou que a gente teve desgaste. Fiz três substituições depois, também deixamos o Dionísio descansar mais à frente, colocando o João Pedro como volante. Que bom que temos cinco substituições para estar fazendo.

O bom jogo do Vitória diante da equipe paraense poderia ter um placar mais elástico se Thiago Coelho não evitasse um gol de Tréllez, um dos bons nomes do time na partida. O atacante colombiano cabeceou com estilo após cruzamento de Dionísio, mas o goleiro fez linda defesa.

Na defesa, destaque para o bom posicionamento das duas linhas de marcação. O volante Léo Gomes e o lateral-direito Alemão correram bastante. Na zaga, Marco Antônio esteve muito bem.

O Vitória ganhou seu sexto jogo na Série C, o terceiro sob o comando de João Burse. Com aproveitamento de 46% na competição e de 83% desde que o técnico chegou ao clube, o Rubro-Negro está credenciado, nem que seja de forma simbólica, a disputar a acesso para a Segundona.

A consistência da equipe foi comprovada neste jogo. O lado emocional foi bem controlado. Além disso, pequenos ajustes foram feitos, no intervalo da partida, para que a marcação alta desse certo e garantisse a vitória. Agora, os próximos jogos vão dizer qual o nível que o Vitória de João Burse pode chegar.