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O jogador já conhecia de perto o Rubro-Negro desde anos anteriores. Ele revelou, durante sua entrevista coletiva de apresentação, que morou em Salvador no ano de 2007, quando passou por dificuldades. Foi daquelas memórias que ele tirou a decisão de retornar.

– A decisão sempre é minha. Deus está sempre na minha vida, em primeiro lugar. Quando eu soube do interesse do Vitória, não quis ficar esperando muito não. Tenho respeito por essa instituição. Morei aqui em 2007, aqui em Salvador. Tive um momento meio difícil na minha vida. Então conheço bem a cidade. É uma cidade que me amparou, me apoiou quando estive aqui. Quando surgiu o interesse do Vitória, sei da dimensão que tem o Vitória, então não tive dúvida nem problema com isso – afirmou, em evento realizado na última quarta.

Gamalho conta que, na época, estava desempregado e precisou morar com a família num apartamento pequeno da capital baiana. Ele relembra o que viveu e mostra, inclusive, que domina o “baianês”.

– Subi para o profissional cedo, no futebol, na carreira. E tive um momento em que fiquei desempregado. Meu pai morava aqui em Salvador, num apartamento de um quarto. Daí veio morar meu pai, minha mãe, minhas duas irmãs. E ainda veio eu e a minha namorada, que hoje é minha esposa. E todo mundo morava num apartamento de um quarto. E eu estava desempregado, passava situações difíceis financeiras. Soube que eu ia ser pai. Então foi um momento de dificuldade na minha vida. Mas tive, buscando a Deus, na igreja. […] O pessoal sempre me recebeu bem, ajudou. Então eu guardo com carinho. Foi uma retomada na minha carreira. Depois, fui para Portugal. Quando tem um convite do Vitória, daqui de Salvador, me vêm essas memórias.

Agora sob vermelho e preto, Léo Gamalho traça caminho semelhante ao de outros jogadores que passaram por Salvador. Assim como Júnior Diabo Loiro, Wallyson e Kieza, entre outros, o atacante transita entre as torcidas de Bahia e Vitória.

Questionado sobre sua possível presença no Ba-Vi de 29 de janeiro, o primeiro clássico Ba-Vi da temporada 2023, Gamalho evita comparações. Ainda assim, deixa a decisão nas mãos do técnico João Burse.

– Tudo depende do professor. Kieza jogou comigo no ataque. Tenho o maior respeito por ele. Mas não dá para fazer comparações deste tipo. Não cabe isso.

Ele também garantiu que fará o possível para estar em campo e destacou que se cuida para evitar lesões e se manter condicionado fisicamente.

– Eu sou um jogador, dentro de campo. Não é à toa que estou dentro de campo e raramente me machuco. Então isso acontece [sofrer lesão], do futebol. Sou “fominha”. Se puder, estou em todos os jogos. É isso que vou querer fazer. Não sou jogador de estar em DM [departamento médico], nada disso, sou jogador bem transparente com o clube. Trabalho bastante. Daqui a pouco, o pessoal vai me ver na academia, muitas vezes, sempre depois do treinamento, até a tarde. Não sou jogador da noite, de beber, álcool ou cerveja ou qualquer coisa neste sentido. Me cuido bastante. Tenho até uma equipe por trás, de médicos, fisioterapeuta, preparador físico, de vários lugares do Brasil, que me apoiam sempre que peço ajuda.

Agora, Gamalho terá tempo para trabalhar e atingir 100% do condicionamento físico. Apesar de ter se apresentado depois dos colegas de grupo, o jogador também terá a estreia adiada.

De contrato vigente com o Coritiba até 31 de dezembro, o atacante só poderá ser registrado pelo Vitória após o dia 11 de janeiro, que se abre a primeira janela de transferências do futebol brasileiro em 2023.

O Rubro-Negro, no entanto, tem seu primeiro jogo marcado para alguns dias antes: em 5 de janeiro, enfrenta o Cordino-MA, pela Pré-Copa do Nordeste. Os ingressos para a partida estão à venda.