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Em 2022, o Vitória estava na Série C do Campeonato Brasileiro e, desde então, atravessa fase de evolução no cenário nacional. Em 2023, a equipe foi campeã nacional pela primeira vez ao levantar a troféu da Série B e, em 2024, voltou à Copa Sul-Americana após oito anos. Apesar do sucesso, a caminhada tem sido de muita dificuldade.

Thiago Carpini lembra os desafios na chegada ao Rubro-Negro, em maio deste ano, em momento que o time estava na zona de rebaixamento do Campeonato Brasileiro.

– Eu conhecia muito o elenco do Vitória. Ano passado eu tive oportunidade de encontrá-lo duas vezes pela Série B. Antes de aceitar o desafio, pessoas falaram que eu estava fazendo besteira, que o Vitória era um candidato ao rebaixamento. E, sem dúvidas, era mesmo. A gente sabia disso. Talvez, no ano que vem, não vai ser muito diferente. O que a gente trabalha é que tenha 2025 mais seguro.

"Mas não vamos vender ilusão ao torcedor que o Vitória vai brigar por coisas maiores na temporada. Ainda é processo de reconstrução.

O discurso de Thiago Carpini é menos ambicioso que o do presidente do Vitória, Fábio Mota, que projetou uma grande campanha na Copa Sul-Americana em 2025.

– O céu é o limite. Nós vamos fazer uma nova coletiva e vamos anunciar, prometo que falarei sobre isso depois de fechar o planejamento e contratar quem a gente quer contratar. Aí a gente conversa sobre isso. Eu disse que tinha um lugar reservado para a foto do time que iria para a Sul-Americana. Para qualquer torcedor do clube, e eu sou torcedor, o objetivo é claro. Qual foi o clube do Nordeste que já ganhou uma competição internacional? – questionou Fábio Mota em coletiva de imprensa no início deste mês.

Na entrevista, Thiago Carpini também lembrou a chegada ao Vitória, que tinha um ponto em cinco jogos disputados no Campeonato Brasileiro. Na ocasião, o treinador fez grandes mudanças na equipe campeã da Série B em 2023, com a saída de jogadores envolvidos em problemas extracampo, casos de Dudu e Rodrigo Andrade, por exemplo.

– E quando você tem um elenco muito antigo de clube, você sabe disso. Um elenco vitorioso como foi o Vitória. As coisas começam a não ter processo, não ter cobrança. Você questiona algo e o atleta: “Ah, mas a gente ganhou assim”. E eu não acredito nisso. Acho que tinha zona de conforto, atletas em alguns momentos acima do processo, da instituição. E eu não concordo. Respeito o trabalho, profissionalismo. Não dava pra ter só uma competição e 37 atletas. Não usaríamos. E mesmo com quantidade grande, tinha pouca variação tática no elenco. Eu acho que é um pouco equivocado a formatação do elenco. É ruim eu falar isso, porque não participei. É fácil falar quando não participa, mas foi o que encontrei.

"E eu entendi que tinha jogador mais atrapalhando que ajudando. E antes de tomar decisão, foi conversa clara que tive com o grupo na chegada. Tudo que fiz foi às claras com o grupo, o elenco, que prezo muito por esse ambiente. Não foi só detectar, foi tomar providência, esse é o ponto que nós somos rápidos".

Com Carpini, o Vitória fez 33 jogos no Campeonato Brasileiro, com 46% de aproveitamento. Nas últimas dez partidas, o Rubro-Negro venceu cinco, empatou quatro e perdeu apenas uma.

– O que eu cheguei à conclusão é que preciso, independente da circunstância e tamanha do desafio, tentar ser eu. O que me trouxe a viver esses momentos da minha carreira, esses trabalhos recentes, sempre entregando metas, resultados, foi nas minhas convicções, fazendo o que acredito – finaliza Carpini.

Thiago Carpini trabalha agora na montagem do elenco do Vitória para 2025. O clube definiu que alguns atletas se reapresentam no dia três dia 3 de janeiro para a disputa das primeiras rodadas do Campeonato Baiano, enquanto os atletas que mais atuaram em 2024 só voltam no dia 10.

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