Paulo Carneiro explica a decisão de levar o Vitória para Arena Fonte Nova

Paulo Carneiro explica a decisão

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Paulo Carneiro explica a decisão

Eleito presidente do Vitória em abril deste ano, Paulo Carneiro deixou claro logo na primeira entrevista como novo gestor do clube que pretendia fazer com que a equipe voltasse a mandar jogos na Arena Fonte Nova. O objetivo era claro: gerar maior lucro para um clube que atravessa grave crise financeira e que tem média baixa de torcedores no seu estádio. E depois de mais de quatro meses de negociação, com direito a reviravoltas e duras críticas ao consórcio que administra o estádio, o dirigente anunciou, na última segunda-feira, o final feliz.

O acordo com o consórcio que administra a Arena Fonte Nova tem duração de três anos e passa a valer já no próximo sábado, quando o Vitória enfrenta o Guarani, às 16h30 (horário de Brasília). Uma mudança que traz impactos não somente para o time rubro-negro, que passa a fazer de “casa” um outro estádio, como também para o Barradão, que tem novo uso, além dos planos de sócio-torcedores e da própria Arena Fonte Nova.


Nesta terça-feira, Paulo Carneiro recebeu o GloboEsporte.com na Toca do Leão e esclareceu o acordo com a Arena Fonte Nova. Confira abaixo a íntegra da entrevista.

Foi um bom negócio para o Vitória?
– Lógico que sim, né? Senão nós não teríamos assinado. Não foi por causa das polêmicas, que, aliás, declarações um pouco infelizes da minha parte. Mas naquele momento de extrema tensão da vida do clube, às vezes a gente comete alguns excessos. Mas quero aqui deixar registrado o extremo profissionalismo do consórcio. A forma como ele conduziram, não era fácil o processo, e acho que chegamos a um bom termo, em um momento de extrema comunhão de que todos estão satisfeitos com os objetivos alcançados e o que iremos alcançar com essa parceria.

Qual a contrapartida que a Arena pediu ao Vitória?
– Não posso divulgar nada de números porque temos termos de confidencialidade assinados desde o início da negociação. O que posso dizer é que nós expressamos, com essa parceria, a vontade do torcedor. Esse é nosso papel aqui: trabalhar em cima da vontade do torcedor. O torcedor queria a mudança. É muito claro isso. Nada contra o nosso estádio, a nossa paixão. Eu falo isso com um pouco de sentimento porque foi com a minha chegada, há anos atrás, que esse estádio ganhou vida. Mas a vida é assim, você tem que encarar os problemas presentes. Nesse momento nós entendíamos que, em função da pouca presença do torcedor aqui no estádio nos últimos dois anos, o Vitória acha que com essa parceria o torcedor volta ao estádio. E o sócio se apresenta ao clube, o torcedor se apresenta do clube para se transformar em sócio. Acho que esse é o grande objetivo da parceria.

Qual era o grande impedimento para a negociação ter demorado tanto?
– Tinham algumas limitações no contrato porque tinha que haver isonomia no contrato entre o cliente principal da Fonte Nova, entre os multiclientes que eles têm, porque eles têm também a área de show. Na área esportiva, havia algumas situações que precisavam ser alinhadas e acabaram sendo alinhadas. E estamos satisfeitos.
O Barradão ao longo desses anos ficou obsoleto. É um equipamento que já merecia ter mais cuidado em administrações passadas?
– Não tem nada a ver com cuidado, tem a ver com projeto. Esse é um estádio feito por um clube, sem muitos recursos, mas com heroísmo dos seus dirigentes, com abnegação, com empreendedorismo. E esse estádio continua nos servindo muito e vai continuar nos servindo por toda sua vida, pelo menos enquanto ele estiver aí vai continuar nos servindo. Nós temos várias competições das outras categorias, no próximo ano devemos voltar com o futebol feminino, alguns jogos vão ser retirados da Fonte Nova, com certeza virão para o Barradão. Agora, não é um estádio moderno. Com certeza o Vitória teve uma grande oportunidade em 2017 de iniciar a construção da sua Arena aqui. Tinha até grande parte dos recursos, mas preferiram gastar com jogadores de baixa qualidade, e o Vitória pagou um preço muito caro porque esse projeto da Arena fica adiado. Como nós temos a opção de jogar na Fonte Nova, fomos negociar e hoje é o que temos. Estamos felizes, acho que o torcedor também, o sócio também. Vamos aproximar esse processo, essa sinergia para encher aquele equipamento.

Barradão vai passar por reformas?
– Estamos indo para a Fonte Nova, nosso foco é a Fonte Nova. Mal temos recursos para administrar o clube e não há possibilidade de pensar em nenhum tipo de investimento para esse fim porque não é o momento. O momento do clube é de controle dos seus gastos e buscar novas receitas. Esse é o nosso caminho no momento.

Nada muda para o sócio torcedor?
– O sócio torcedor tem direito adquirido, mas teremos novas categorias que devem ser lançadas no início da próxima semana. Essa semana seria quase impossível em função de você ter que equalizar sistema, informática, etc etc etc. Acho que essa semana não vai dar. Então vamos com o que temos. Os direitos são adquiridos. Aqueles sócios inadimplentes, mas que continuam ativos, porque no plano do Vitória ele tem 90 dias para se adequar, acho que esses devem correr às nossas lojas para atualizarem seus planos. São mais de duas mil pessoas. Isso tenho certeza que vai acontecer. E novos sócios também. Nós temos alguns limites do espaço que será utilizado na Fonte Nova para os sócios, por exemplo o sócio-prata, mas acredito que ainda tem bastante espaço para que eles possam comprar os títulos ainda a R$ 60. Acho que o torcedor tem que correr.

Ida para a Fonte Nova garante todos os jogos do profissional lá ou pensa em abrir exceção? Desde o Campeonato Baiano até o Brasileiro, todos os jogos serão lá?
– Sim, claro. A parceria só é boa nessa direção. Algumas ideias anteriores de fazer jogos avulsos nunca foi uma parceria com equilíbrio econômico, na minha opinião. Embora em alguns momentos de muito sucesso. Estádio cheio, mas para dar certeza, para dar continuidade, para que as partes fiquem satisfeitas, nós precisávamos de um plano contínuo. Por isso um contrato de três anos.

O sócio torcedor tem direito adquirido, mas teremos novas categorias que devem ser lançadas no início da próxima semana
Sentimento que o Vitória terá um rendimento técnico melhor na Fonte Nova?
– Não tenho essa… Tenho até um pouco de preocupação porque não estamos jogando lá com frequência. O mando de campo tem a ver com alguns pontos de referência que o jogador tem dentro do campo e com a presença da torcida. Acho que a presença da torcida vai ser maior porque o estádio é mais, mais confortável, mais central. Agora, as referências nós vamos buscar. Espero que a gente já se adapte no momento.

Sem dúvida a média de público dos jogos do Vitória vai aumentar na Arena?
– Olhe, estou com um otimismo muito grande. Estou sentindo a nuvem muito forte, muito positiva. A manifestação, o movimento do torcedor e o sócio finalmente entenderem todo o esforço que essa direção está fazendo. Tudo o que ela já fez nesses quatro meses, das mínimas coisas às coisas mais relevantes. Estamos tentando atuar em todos os níveis de trabalho e de energia muito grande de nossa equipe. Tenho certeza que esse esforço será recompensado.

Em 33 anos de Barradão, nunca se viu um gramado tão bom quanto o atual. Existe essa preocupação, tanto da Arena, quanto do Vitória e quanto do rival na questão do gramado que serve a shows, a eventos e agora a dois clubes?
– Dois jogos por semana o campo não sente. O campo sente se você tiver mais de dois jogos. A administração da Fonte Nova vem cuidando do gramado com muito zelo. Ainda ontem eu vi uma recuperação em uma parte do gramado. Colocaram grama nova. Eles não estão… Eles sabem a importância do gramado para todo o conjunto do espetáculo, do negócio que estamos envolvidos. Passa pela qualidade do gramado. Percebo a preocupação da direção do consórcio no sentido de melhorar cada vez mais a qualidade do gramado.

Consegue levar os parceiros comerciais, questão de camarotes?
– Camarote é uma receita da Arena Fonte Nova. Os parceiros comerciais estamos levantando algumas questões conflitantes e vamos ter que administrar.

O que dizer ao torcedor que vai voltar à Fonte Nova?
– Lembrar que a nossa situação no campeonato é muito preocupante e precisamos mais do que nunca do apoio do torcedor. Não é hora de festa. É hora de trabalho. Infelizmente esse campeonato para nós teve duas etapas: antes da Copa América e depois da Copa América. Dois meses de fracasso técnico e dois meses de ascensão técnica, mas longe de chegar ao número que gostaríamos. Então, perdemos uma grande oportunidade nesses três jogos em casa. Estaríamos já brigando entre os primeiros. Trabalhamos para ter essa oportunidade e não soubemos aproveitá-la. Essas oportunidades voltarão. Precisamos fazer a nossa parte e a presença do torcedor fazendo a parte dele.

Está no contrato, no papel, a instalação de uma loja do Vitória?
– Sim, mas sem esse clima de revanchismo porque o rival tem uma loja, nós temos que ter. Vamos fazer com calma, com planejamento e vamos ter a loja porque precisamos da loja para vender nossos produtos perto… Há uma cultura, pelo menos aqui do Vitória, do torcedor, as lojas vendem muito nos dias dos jogos. Precisamos da loja. Vamos projetá-la, escolher um lugar junto com a Fonte Nova e vamos colocar à disposição do nosso sócio e do nosso torcedor.
Que tipo de jogo o Barradão poderá receber?
– Todos os jogos que forem interessantes para as partes ou necessários para as partes. Acho que teremos, no mínimo, cinco jogos na Fonte Nova e no máximo sete jogos esse ano.

Se achar que um jogo do Baiano tem que ser no Barradão, pode vir para cá?
– Tudo combinado com a Fonte Nova. Temos um sócio hoje. Não podemos fazer nada sem a anuência do nosso sócio.

O Barradão vai ficar totalmente inutilizado pelo profissional durante esses três anos?
– Inutilizado, não….

Serve como centro de treinamentos…
– E também jogos do… Sub-23 é um time profissional. Vai jogar aqui Campeonato Brasileiro inteiro, talvez jogue o Campeonato Baiano. A minha intenção é que o Campeonato Baiano seja totalmente sub-23. É a intenção que pretendo negociar com a Federação. Precisamos transformar o Campeonato Baiano em um campeonato sub-23 para que ele possa ressurgir, renascer. Estou aguardando o chamado da Federação para conversar com a Federação. O Vitória pretende jogar o Campeonato Baiano com o time sub-23. E aí o Campeonato Baiano deve ser disputado aqui, a não ser que a Fonte Nova diga “Não, traga para cá”. Nós levaremos para lá. A prioridade será sempre a relação com a Fonte Nova.

Jogadores, comissão técnica, conselho, diretores… Todos abraçaram essa ideia de ir para a Arena?
– Bom… Comissão Técnica está aí para trabalhar. Não foi consultada. Conselho nós vamos convocar. Pedi ao presidente Fábio Mota que convoque uma reunião do conselho, não que isso fosse matéria de conselho, é uma matéria de gestão, que cabe a nós tomar a decisão, mas entendemos que nessa política de ótimo relacionamento que temos com o conselho e com os sócios, nós queremos levar ao conselho todas as características desse negócio e estamos convocando uma reunião próxima para levar ao conselho essa mudança importante para o momento atual do Vitória e importante sob todos os aspectos. Mídia, visibilidade, momento era dessa mudança e nós tivemos a perspicácia e a coragem de fazer.

Tem a convicção que o torcedor rubro-negro também queria isso?
– Tenho, tenho. Eu milito muito na internet, então era muito claro isso. E as manifestações pós-contrato foram enormes e praticamente unânimes. Era o que o torcedor queria. Certo? Espero que ele agora mostre sua cara e mostre sua cara dentro do estádio. Não adianta… Aqui no Barradão estava acontecendo isso. O cara dizia: “É o nosso estádio, é o nosso centroavante, é o nosso equipamento, é a nossa paixão”. Mas ninguém vinha. Espero que essa mudança possa atrair o torcedor efetivamente para que ele possa dar sua contribuição cada vez maior nesse processo que eu chamo de reconstrução do clube. Não é bem reconstrução porque ele está construído, mas no sentido de mentalidade, de modelo de gestão. Ainda hoje de tarde estou apresentando Bruno Pivetti às comissões técnicas da base, estamos iniciando um novo programa de treinamento e metodologia na nossa formação para melhorar a qualidade de formação dos nossos atletas. Estamos tentando, sem muita pressa, mas com muita firmeza, atuar em todos os cantos do clube, vamos chamar assim, para dar ao Vitória uma qualidade de trabalho e resultado de performance cada vez maior.

Faz um desafio ao torcedor: quantas pessoas você quer ver sábado na Arena?
– Queria carga máxima. Espero que tenha carga máxima. Estou sentindo um entusiasmo muito grande. É como se nós estivéssemos participando de uma grande decisão. E não deixa de ser uma decisão. Uma decisão de voltar a ser um clube importante no cenário do futebol brasileiro. Nós perdemos isso. Precisamos reconstruir. E não é fácil.

Espero que ele (torcedor) agora mostre sua cara e mostre sua cara dentro do estádio. Não adianta… Aqui no Barradão estava acontecendo isso. O cara dizia: “É o nosso estádio, é o nosso centroavante, é o nosso equipamento, é a nossa paixão”. Mas ninguém vinha.
A Arena vai contribuir decisivamente para esse retorno da visibilidade?
– Acho que sim. Contribuiu com nosso rival. É só olhar os números do nosso rival há cinco anos, quando ele ainda jogava em Pituaçu. É só olhar os números. Agora, nós temos que ser competentes. E aí vamos ter Ba-Vis muito agradáveis de se ver. E sempre, como foi na minha época, com a vitória do Vitória.

Você chegou a cobrar maior participação do governo na negociação. Como ficou a relação com o acordo?
– A relação foi estritamente com o consórcio. O governo não participou efetivamente das negociações. O consórcio tem um contrato, respeitou a sua parceria com o governo, os detalhes dessa parceria, e foi negociar com um novo cliente no mercado. A relação foi extremamente técnica. E minimamente política.

O que mais te irritou nesse processo todo?
– Já passou. Costumo ter cinco minutos. Teve muito tempo para você fazer essa pergunta, já fiquei calmo. Não dá mais para comentar sobre a minha irritação. A minha irritação dura cinco minutos, depois passa.

Existe número de sócios que o Vitória tem que ter?
– Não posso omitir comentários. Nada que possa trazer polêmica à nossa relação que está nascendo. Posso te dizer que assinamos um contrato e as partes estão cumprindo as suas partes.

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Portanto, por isso, assim sendo, por conseguinte, conseqüentemente, então, deste modo, desta maneira, em vista disso, diante disso, mediante o exposto, em suma, em síntese, em conclusão, enfim, em resumo, portanto, assim, dessa forma, dessa maneira, logo, pois, portanto, pois, (depois do verbo), com isso, desse/deste modo; dessa/desta maneira, dessa/desta forma, assim, em vista disso, por conseguinte, então, logo, destarte.