Luan Santos explica pouco espaço no São Paulo, destaca polivalência e espera repetir estreia em clássico

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Durante sua apresentação na Toca do Leão, na tarde desta segunda-feira, Luan destacou suas características de jogo e citou sua imposição na marcação.

Porém, ele também tem a polivalência como característica. Disponível para atuar até de lateral-direito e zagueiro, Luan deve ser peça importante no longo calendário que o Vitória terá em 2024, com Copa do Nordeste, Copa do Brasil e Série A (o volante não pode ser inscrito no Baianão).

– No São Paulo, acabou sendo uma ocasião onde a gente estava com alguns laterais que estavam machucados. O professor Carpini pediu para mim [jogar como lateral] e estava lá para ajudar. Chego aqui com o mesmo pensamento aqui no Vitória. Se precisar de volante, zagueiro e jogar na lateral direita, eu estou à disposição do professor. Já trabalhei e estou acostumado. Se precisar estou aqui para ajudar – revelou o jogador.

No São Paulo, Luan teve maior destaque entre 2020 e 2021, quando mostrou um perfil que encaixa no desejo da diretoria do Vitória. Ele, inclusive, foi autor de um dos gols do Tricolor no jogo do título do Paulistão de 2021. Contudo, nas últimas duas temporadas o jogador perdeu espaço no clube paulista.

– Não acredito que tenha dado errado. Infelizmente, em 2022, tive uma lesão muito grave, e todo jogador está sujeito a isso. Acabei passando por um momento muito difícil, onde tive que me recuperar de um processo de cirurgia. Graças a Deus, depois disso não tive nenhum problema, estou recuperado 100%. Futebol é assim, cada jogador tem seu momento. Tinham jogadores na minha posição com muita qualidade, que eu sempre respeitei e trabalhei esperando minha oportunidade. Mesmo pensamento que eu tinha no São Paulo, eu tenho aqui no Vitória. Se tiver que jogar cinco minutos ou 90 minutos, eu vou jogar da melhor forma possível para ajudar.

Luan desembarcou em Salvador no dia seis deste mês, treina normalmente na Toca do Leão e está regularizado.

Impossibilitado de jogar pelo Campeonato Baiano devido ao prazo de inscrição, a chance para Luan estrear com a camisa vermelha e preta é pela Copa do Nordeste. O próximo jogo da competição regional já é nesta quarta-feira, contra o rival Bahia, na Arena Fonte Nova. A partida válida pela 6ª rodada está marcada para as 21h30 (de Brasília).

E mesmo sem atuar com a camisa do Vitória, Luan disse que está preparado e à disposição de Léo para atuar no Ba-Vi. Ele lembrou da sua estreia no profissional, que foi justamente no clássico entre São Paulo e Corinthians, lá em 2018.

– Em relação a minha ansiedade, está muito grande. Acompanhei dois jogos aqui no Barradão, e uma coisa que mexeu comigo foi a torcida. Eles são apaixonados pelo clube. Não vejo a hora de estrear com essa camisa, jogar e poder dar alegria para eles.

"Em relação ao Ba-Vi, é o clássico. O jogo mais esperado por todas as pessoas aqui, estou na ansiedade de poder jogar. Minha estreia como profissional também foi em um clássico (2018, São Paulo x Corinthians). Já estou acostumado, e se minha estreia tiver que ser no clássico, estou muito preparado para isso'", afirmou.

Porém, conquistar espaço no time titular do Vitória não será das mais fáceis. Além de Léo Condé optar pela base da equipe campeão da Série B neste início de temporada (apenas Willian Oliveira, PK e Alerrandro ganharam vaga entre os onze), o Rubro-Negro conta com muitos volantes no elenco. São seis no total (Dudu, Willian Oliveira, Caio Vinícius, Rodrigo Andrade, Léo Naldi e o próprio Luan).

Diante disso, o volante de 24 anos encontra um time titular estabelecido, sobretudo no meio-campo, com Dudu, Willian Oliveira e Rodrigo Andrade como os volantes mais utilizados pelo técnico Léo Condé.

– Não enxergo como uma brecha para conseguir jogar. Eu venho para ajudar o Vitória e os meus companheiros, que acabaram de subir da Série B e conseguiram esse acesso. Quero me adaptar e ajudar da melhor forma. Eles estão jogando bem há um bom tempo, estão entrosados. Me receberam bem, mesmo sendo da minha posição, mostra que esse grupo não tem vaidade. Chego para elevar o nível, estou aqui para ajudar e não para diminuir, somente para somar – sintetizou.

Expectativa para estreia
– Antes de mais nada, quero agradecer o Ítalo, ao presidente e o clube, por terem me recebido tão bem aqui. Minha primeira entrevista coletiva mudando de clube, então, para mim, é tudo muito novo. Muito feliz de estar aqui, me surpreendi com a estrutura do clube. Gostei muito, principalmente das pessoas pela forma que me trataram, como eles me receberam, tanto os jogadores quanto os funcionários. Desde já quero agradecer a todo mundo.

Presença na quarta-feira
– Em estar dentro da equipe ou se vou ser relacionado, isso ai eu deixo para o professor Léo. Acho que ele vai saber tomar as melhores decisões possíveis. Vou trabalhar e me empenhar. Estou à disposição dele. Se ele quiser contar comigo, estou à disposição.

Formação como atleta
– Primeiramente, agradecer a Deus. Minha mãe, que lutou muito para eu conseguir chegar no profissional e toda correria que a gente batalhou. Meus amigos, eu tenho uma sintonia muito grande do bairro de onde nasci, em São Paulo. Sempre que eu posso, estou ajudando, bairro Morro Doce, que fica em São Paulo. Sempre quando tem ação, Dia das Crianças ou Páscoa… Na pandemia, entreguei cestas básicas. Da onde eu vim, eu quero ser um exemplo e referência. Levo isso como inspiração, para onde eu for não deixar de trabalhar.

Contato com a torcida
– Foi uma sensação muito boa. Estava conversando com o Luiz (Adriano) e o Reynaldo, a gente estava doido para poder jogar ontem, ainda mais sendo uma semifinal. A gente que está ali fora não vê a hora de jogar. Estou contando os minutos para poder jogar pelo Vitória, principalmente aqui no Barradão. Uma equipe muito grande que está há 21 jogos sem perder.

Estrutura do Barradão
– Minha primeira impressão foi muito boa. Antes de vir para cá, tive contato com alguns jogadores que já joguei. Quando cheguei aqui me surpreendi, porque uma equipe do tamanho do Vitória, mas que sobe da Série C para Série B e, logo em seguida, para a Série A, quando você chega aqui e vê uma estrutura dessa… Muito difícil uma equipe vir da Série C para a Série A estar com uma estrutura boa.

Torcida rubro-negra
– Estou muito ansioso, não só eu como a minha família. Minha mãe é aqui da Bahia, então quando eu contei para ela que o Ítalo me ligou e estava para fechar para vir aqui para o Vitória, vir aqui para a Bahia, fiquei muito feliz. Ontem deu para sentir um pouco do clima da torcida. Não vejo a hora de estrear.