Hoje em saída discreta do Vitória, Caíque foi da explosão às polêmicas e afastamento

Nesses quase quatro anos como jogador profissional do Vitória, Caíque teve no seu início o grande momento. Aos 18 anos, em 2016, aproveitou lesão de Fernando Miguel e estreou em um Ba-Vi na Fonte Nova. Com grandes defesas, foi importante para o triunfo do Rubro-Negro. Pouco tempo depois, foi convocado para disputar o Torneio de Suwon, além de amistosos pela Seleção Brasileira Sub-20.

A passagem pela seleção sub-20 rendeu até um fato curioso. O goleiro, à época com 19 anos, acabou perdendo a oportunidade de disputar amistosos porque despachou o passaporte na mala e foi impedido de deixar o Brasil.

Em outro Ba-Vi do Baianão de 2016, Caíque voltou a sair por cima na Fonte Nova. Campeão baiano daquele ano no estádio do maior rival, o goleirão e outros jogadores do Vitória aproveitaram para provocar o então presidente do Bahia, Marcelo Sant'Ana.

No final daquele ano, Caíque ainda se envolveu em outra polêmica ao marcar presença em jogo do time sub-20 do Bahia contra o Cruzeiro. Depois, ele explicou que foi apenas ver um amigo da equipe da Raposa.

Apesar de visto como goleiro de grande potencial, Caíque passou a acumular falhas que o deixaram em baixa com parte da torcida do Vitória. E as entrevista após as partidas não ajudaram. Em 2017, ao ser criticado pelo desempenho em uma derrota do Leão para o Athletico, no Barradão, colocou em questão a permanência no clube para a temporada seguinte. A declaração pegou mal, e o goleiro pediu desculpas.

Mas Caíque seguiu no Vitória e, talvez, tenha protagonizado seu último grande momento no clube em abril de 2018, quando defendeu dois pênaltis em partida contra o Internacional e foi fundamental para a classificação do Rubro-Negro para as oitavas de final da Copa do Brasil.

Só que Caíque seguiu mostrando insegurança em algumas ocasiões. Ao falhar em dois dos três gols do Sampaio Corrêa no jogo de ida das quartas de final da Copa do Nordeste, o goleiro perdeu a posição. Na entrevista após a partida, voltou a derrapar ao se explicar dizendo que “tem que matar um leão por dia”.

De titular, Caíque passou a ficar fora até do banco de reservas. Tempos depois, em entrevista, o goleiro explicou a queda de rendimento e revelou que teve dificuldades com a perda do seu primeiro filho.

A oscilação fez Caíque perder espaço no time principal e passar a atuar como titular da equipe sub-23 do Vitória. No meio de 2019, ganhou a confiança do novo preparador de clube, Luciano Oliveira, e teve três jogos seguidos como titular. Mas o goleiro voltou a falhar e acabou afastado do time principal. Desde então, integrou o time sub-23 do Rubro-Negro.