Geninho mantém promessa de mudanças no Vitória, mas veta dupla entre Tréllez e Dinei

Em entrevista coletiva nesta terça-feira, o treinador voltou a falar sobre o assunto, mas frustrou os rubro-negros ao minimizar as chances de começar com Dinei e Tréllez entre os titulares.

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"No momento, começarem juntos é difícil. Porque nenhum dos dois está 100%", afirmou Geninho.

– O Tréllez está numa qualidade física até que boa, porque ele não teve problema de lesão. Mas vem sem ritmo de jogo, não joga desde o final do ano. O Dinei tem um pouco mais de ritmo, mas vem de uma lesão séria. Então ainda não está nos seus 100%. Então manda o bom senso que você tenha um pouco de calma com esses jogadores e que vá aproveitando, de repente, um ou outro, dentro das suas melhores condições, dentro do melhor período que ele pode desempenhar dentro do jogo. Mas podem, de repente, até num jogo, uma parte do jogo, jogarem juntos. No momento, começar um jogo com os dois é um pouco difícil – completou o treinador.

Geninho, no entanto não fechou as portas para que a dupla aparece no time titular do Vitória quando estiver em melhores condições físicas.

– Acho que eles podem [jogar juntos]. As características são bastante semelhantes, não iguais. Mas bastante semelhantes. Podem jogar, desde que se comprometam a cumprir função, um completando o outro e um ajudando o outro – avaliou.

Outra mudança esperada pela torcida diz respeito a formação do time. Geninho foi questionado sobre um possível esquema com três zagueiros, mas evitou antecipar informações. De acordo com o treinador, não é hora de oferecer armas ao adversário.

– Realmente, na coletiva, eu falei que faríamos mudanças. E vamos fazer. Não adiantaria nada chegar aqui e continuar na mesma situação, jogando da mesma maneira que o Vitória vinha se apresentando. Alguma coisa teria que ser mudada, e com certeza nós faremos isso. Apenas peço desculpas para não me estender sobre o que pretendo fazer, principalmente para este jogo, porque conhecemos muito pouco do nosso adversário. O adversário tem muito mais chance de conhecer-nos a fundo. Num jogo mata-mata. Então qualquer informação que eu passar para o pessoal do Glória, acho que seria prejudicial. O torcedor pode ficar tranquilo. Ele vai ver mudanças, vai ver um time diferente. Mas vamos deixar que as coisas aconteçam no decorrer dos jogos – explicou Geninho.

Geninho foi apresentado na sexta-feira e comandou quatro treinos até agora. O técnico comentou como foi a curta preparação para a partida decisiva contra o Glória, no Barradão.

– Nós conversamos muito com o grupo. O período de trabalho é curto. Nós chegamos na sexta-feira, trabalhamos praticamente no sábado, domingo. Uns quatro dias. Muita pouca coisa. Mas estou querendo trabalhar de maneira muito intensiva. Vimos muito do clube, assisti a todos os jogos anteriores do Vitória, procurei conversar com os jogadores. Colocamos algumas coisas que pensamos como importantes dentro de um time. Movimentações, dentro daquilo que eu quero que meu time faça. Dentro desse curto espaço, houve um empenho muito grande do grupo, em tentar acertar, tentar assimilar. Temos a consciência de que a assimilação não é a perfeita, nem poderia ser, pelo curto espaço. Mas acredito que vamos fazer um bom jogo, que o torcedor do Vitória vai ver um time um pouco diferente daquele que vinha jogando – finalizou.

Mudanças
– A expectativa é essa. Quero ver pelo menos um time focado na vitória, que acredita na vitória, e, principalmente, um time que busque essa vitória. Não adianta você querer a vitória, acreditar e não buscar. Então você tem que lutar pela vitória, já que o jogo é uma disputa. Você tem que se impor em cima do adversário, procurar neutralizar o adversário dentro das suas qualidades, procurar jogar no erro do adversário. Isso estamos tentando fazer com que o Vitória adquira. Existe a expectativa de que um pouco disso que nós trabalhamos nestes quatro dias… Trabalhamos algumas movimentações técnicas, táticas. E a expectativa de aproveitamento é a mesma. Não acredito que vamos fazer de maneira perfeita tudo aquilo que trabalhamos. Mas espero que o grupo já tente, pelo menos, fazer alguma coisa diferente do que vinha fazendo. A expectativa é que possamos conseguir um bom resultado.

O que detectou que estava errado?
– Não acho que é errado. Cada treinador tem uma visão de jogo, cada treinador tem o conceito de equipe, de colocar a equipe, de movimentação de equipe. Alguns jogadores têm mais facilidade em cima de um estilo, mais dificuldade em cima de outro. Eu estou tentando implementar no Vitória um estilo de jogo diferente daquele que vinha jogando. Um pouco diferente daquele que ele vinha jogando e que, infelizmente, não vinha trazendo resultado, porque, se os resultados tivessem acontecido, eu não estaria aqui. Então eu acho que não poderia estar na mesmice, não poderia continuar com aquilo que estava sendo feito. Claro que não sou nenhum louco de chegar e mudar tudo, mesmo porque nós não teríamos tempo e nem um plantel diferente para que eu pudesse fazer loucura. Dentro do tempo que nós tivemos para trabalhar e dentro do grupo que eu tenho para trabalhar, procurei fazer algumas mudanças, não radicais, porque você não pode perder a essência, nós não teríamos tempo suficiente para isso, para que houvesse uma assimilação maior em relação à mudança radical para que nós pudéssemos tentar buscar um resultado positivo.