Do campo à escola: entenda como dupla Ba-Vi acompanha educação de jogadores da base

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O barradao.com traz para você mais uma notícia do Esporte Clube Vitória.
Aqui você fica sabendo das notícias publicadas nos quatro maiores sites esportivos do Estado da Bahia, confira abaixo o que acabou de sair na mídia.

Do garoto ou garota que alcançou o sucesso no futebol ao que não teve êxito na realização do sonho, a educação é alicerce para o futuro. Contudo, nem sempre ela acompanha o início da carreira desses jovens, muitas vezes mais preocupados com o sucesso imediato e a mudança de vida pessoal. Por isso, o estímulo familiar e dos próprios clubes é crucial.

Na semana em que é celebrado o Dia do Professor, o ge ouviu profissionais das divisões de base de Bahia e Vitória, principais clubes do estado, para saber como acompanham a formação das jovens promessas. Embora as ações sejam variadas, elas nem sempre se traduzem em estímulo à vida acadêmica.

Thiago Noronha, diretor da base do Vitória, relata que o clube acompanha 72 atletas. O trabalho passa por matrícula e reforço escolar, oferecidos por uma equipe de profissionais capacitados.

1 de 4 Atletas da base do Vitória durante palestra — Foto: Divulgação/EC Vitória

Atletas da base do Vitória durante palestra — Foto: Divulgação/EC Vitória

– Tem um setor social do clube que é composto por dois psicólogos, dois assistentes sociais, uma técnica social, quatro estagiários de psicologia. Esse setor social tem como principal função olhar para esses atletas além do campo e também a parte educacional, que é o objetivo da nossa conversa aqui. A gente tem, hoje, 72 atletas alojados no clube, e essas pessoas fazem todo o acompanhamento, junto com a direção das escolas. Fazem o reforço escolar, tem biblioteca, com diversos livros, computadores. A gente faz todo esse acompanhamento, tanto da parte de educação, não só das notas, mas o dia a dia desses garotos aqui com a gente – explica Thiago Noronha.

– Acompanhamento de estudo, atividades, a relação clube-escola. Toda parte de matrícula, a responsabilidade é do clube. Então, a gente pega a documentação na escola de origem e matricula aqui. Tem o transporte próprio do clube, um roteiro que a gente segue, leva e pega na escola. Atletas que não residem aqui, a gente tem o trabalho de levar e acompanhar durante todo o período escolar – completa o diretor da base rubro-negra.

Noronha explica que esse acompanhamento é realizado com os atletas que moram nas instalações do clube. Normalmente, eles são matriculados em escolas estaduais e municipais de Canabrava, Pau da Lima e São Rafael. Quanto aos jogadores que residem com pais ou responsáveis em Salvador, há "mais dificuldade".

A gente tem uma interação com os pais. Entende que a parte cognitiva do atleta é tão importante quanto a as partes técnica, tática e física. Se precisar intervir de alguma forma, a gente faz também. As duas assistentes sociais fazem todo esse trabalho de interação com as famílias”.
— Thiago Noronha, diretor da base do Vitória

Procurado pelo ge, o Bahia enviou um documento em que descreve as ações voltadas para a educação dos atletas da base. O clube afirma que tem escolarização como uma prioridade no alicerce da formação esportiva de alto rendimento, para além do desenvolvimento de capacidades esportivas.

O Bahia garante que as atividades escolares são monitoradas por profissionais do clube. Para cuidar desses atletas, atores sociais do Tricolor estão envolvidos, como treinadores e comissões técnicas, gestores, pedagogos, psicólogos, assistentes sociais, monitores de alojamento e famílias nucleares.

2 de 4 Jogadores do time sub-17 do Bahia participam de palestra — Foto: EC Bahia / Divulgação

Jogadores do time sub-17 do Bahia participam de palestra — Foto: EC Bahia / Divulgação

Enem, profissões e ações educacionais

O Bahia conta que oferece acompanhamento pedagógico aos jogadores da base, assim como atividades com foco no projeto de vida desses atletas e o incentivo à formação profissionalizante. Recentemente, por exemplo, o clube promoveu palestra para o elenco sub-17 com um educador financeiro.

Além disso, segundo o Tricolor, são realizadas atividades culturais que sirvam para aumentar o repertório de vida e garantam conhecimentos para a formação integral de suas promessas.

No Vitória, Thiago Noronha salientou que os atletas não costumam seguir a vida acadêmica em paralelo com a vida profissional no futebol. O clube estimula e apresenta sugestões, como a possibilidade de fazer um curso a distância, mas não obtém resultados significativos.

3 de 4 Atletas da base do Bahia participam de atividade sobre a Lei Maria da Penha — Foto: Divulgação/EC Bahia

Atletas da base do Bahia participam de atividade sobre a Lei Maria da Penha — Foto: Divulgação/EC Bahia

– Muito baixo. Quase zero. Apesar de haver um estímulo, hoje, o nível de exigência física no profissional e o processo todo no futebol os afasta da vida acadêmica. O que há é um estímulo por parte do clube para que façam. Hoje existem diversas alternativas, universidades a distância, tem o ensino híbrido. Existe, sim, o estímulo, mas eles se tornam maiores de idade e seguem o rumo deles – continua.

O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) também é um assunto trabalhado, assim como ações educacionais, de acordo com Thiago Noronha.

– Temos diversas ações de cunho social e educacional. Tivemos palestra voltada para a área de saúde, prevenção de doenças sexualmente transmissíveis. Existem, sim, acompanhamentos e direção para induzi-los e estimulá-los a fazer o Enem. Existe um conteúdo montado pelo clube, no dia a dia, para poder fazer com que eles se sintam estimulados a trabalhar o lado educacional – explicou.

4 de 4 Thiago Noronha, diretor da base do Vitória — Foto: Reprodução/ge

Thiago Noronha, diretor da base do Vitória — Foto: Reprodução/ge

O foco em educação financeira também é visto como importante no Vitória, já que o jogador da base pode sair de uma condição social para outra completamente diferente em pouco tempo de profissionalização no futebol.

– O atleta que vem se formando, por exemplo, do sub-17, pode estar há dois anos de mudar a vida dele e da família toda. Realidade da família sai de um salário mínimo para R$ 100 mil, R$ 200 mil por mês. Trabalho de educação financeira é feito, temos parceria com três universidades, FTC, Unirb, Uninassau, onde a gente promove essa interação, cursos de orientação financeira para poder minimizar esse distanciamento de realidade – complementou Noronha.

Formar pessoas é muito mais importante e desafiador que lapidar jogadores. E a educação é a base de tudo isso. Cabe aos clubes oferecerem as ferramentas e aos jogadores não desperdiçarem as oportunidades. Afinal de contas, o sucesso desportivo é raro e finito. O conhecimento é para sempre.

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Fonte: https://ge.globo.com/ba/noticia/2023/10/16/do-campo-a-escola-entenda-como-dupla-ba-vi-acompanha-educacao-de-jogadores-da-base.ghtml


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