Dilson Pereira Júnior rechaça declarações de ex-advogado do Vitória contra Paulo Carneiro

Ex-diretor jurídico do Vitória, Dilson Pereira Júnior condenou as declarações do advogado Breno Contreiras, que integrava sua equipe no clube. O causídico chamou Paulo Carneiro de psicopata e fez duras críticas à gestão do mandatário.

 

“Em razão da reportagem recentemente publicada sobre declarações do advogado Breno Contreiras, ex-integrante do Jurídico do Esporte Clube Vitória, venho de antemão esclarecer que o citado advogado não possui atualmente qualquer vínculo comigo”, disse Dilson, por meio de nota.  “O que foi divulgado pelo advogado é reprovável. Uma atitude imatura; um ataque fantasioso e irresponsável ao clube, ao Presidente, aos atuais e antigos colaboradores do ECV”, diz outra parte da nota.

 

Dilson Pereira Júnior ainda garantiu que Breno Contreiras passou um período sem participar in loco da vida administrativa do clube.

 

“Bom pontuar que o advogado Breno Contreiras não cuidava dos assuntos do Vitoria S/A. Não tinha detalhes sobre as situações, sobre as ações judiciais envolvendo a Companhia. E mais, entre março de 2020 à novembro de 2020 ele estava em home-office por força da pandemia. Ele sequer frequentava a área administrativa do Clube no período porquanto estava inclusive em outra cidade, no Centro-Sul do Estado”, destacou.

 

CONFIRA NA ÍNTEGRA

 

Em razão da reportagem recentemente publicada sobre declarações do advogado Breno Contreiras, ex-integrante do Jurídico do Esporte Clube Vitória, venho de antemão esclarecer que o citado advogado não possui atualmente qualquer vínculo comigo.

 

O que foi divulgado pelo advogado é reprovável. Uma atitude imatura; um ataque fantasioso e irresponsável ao Clube, ao Presidente, aos atuais e antigos colaboradores do ECV.

 

Sendo assim, faz-se indispensável os seguintes esclarecimentos:

 

(A) AUSÊNCIA DE COMPETÊNCIA E PERÍODO DE HOME-OFFICE DO ADVOGADO. Bom pontuar que o advogado Breno Contreiras não cuidava dos assuntos do Vitoria S/A. Não tinha detalhes sobre as situações, sobre as ações judiciais envolvendo a Companhia. E mais, entre março de 2020 à novembro de 2020 ele estava em home-office por força da pandemia. Ele sequer frequentava a área administrativa do Clube no período porquanto estava inclusive em outra Cidade, no Centro-Sul do Estado.  

 

(B) ALTERAÇÃO DO VITORIA S.A. A recente alteração contratual do Vitoria S/A, consumada em meados de abril de 2020 [registro na JUCEB], visava regularizar a Companhia que se encontrava há muito sem representação.

 

(B.1) A escolha do Presidente do ECV, Paulo Carneiro, para a Diretoria da S.A., deu-se pela necessidade de apresentação externa, do ponto de vista negocial e estratégico, diante da possibilidade de desenvolvimento de negócios conforme projeto desenvolvido [no final de 2019] por um Conselheiro do Clube, Dr. José Nunes, que tinha por objeto criar um núcleo de energia sustentável acoplada a reformas no Barradão. Tudo estribado na boa-fé, visando enfrentar a crise no Clube.

 

(B.2) Se as negociações avançassem, é evidente que tudo passaria pelo Conselho de Administração da S.A. [órgão interno e superior a Diretoria da S.A.] e pelo Conselho Deliberativo do Clube, que também possui controle interno sobre os atos da S.A. nos termos do art. 36, inciso XIX do Estatuto Social. Ou seja, qualquer negócio gerado demandaria os necessários debates  e deliberações tanto nos órgãos da S.A. quanto nos do Clube, como determinam seus respectivos estatutos.

 

(C) AÇÃO DA CARNEIRO ASSESSORIA x VITORIA S/A. Com relação a ação judicial movida pela Carneiro Assessoria contra o Vitoria S/A, houve uma intimação em julho de 2020 para a parte contrária se manifestar, quando o Jurídico inclusive estava em home-office. Eu e a advogada da S.A. monitoramos a situação para saber qual o próximo passo: qual seria a resposta da parte contrária, se seríamos intimados para “falar” sobre o recurso posteriormente interposto ou se o Juiz já decidiria pela improcedência do recurso da Carneiro Assessoria, julgando favorável ao Vitória S/A. Nada disso foi discutido ou conversado com o advogado Breno.

(D) ANTIGAS GESTÕES. E dever esclarecer que os antigos representantes do Jurídico do ECV, Dr. Roberto Dantas (gestão Ricardo David) e Dr. Otávio Freire (gestão Ivã de Almeida/Agenor Gordilho) deixaram relatórios sobre a situação do jurídico, material indispensável à transição, à continuidade dos trabalhos. O jurídico interno contém sistema de controle de processos adequado ao Clube implantando anteriormente a minha chegada. Ressalto que os antigos diretores/gerentes sempre estiveram à disposição, sendo muito solícitos quando eu os procurei para tirar qualquer tipo de dúvida ou pedir colaboração.

 

(E) TRANSIÇÃO E TRANQUILIDADE. Estou dando continuidade a transição dos trabalhos no Jurídico, de forma ordenada, tranquila, para a regular continuidade dos trabalhos já realizados e constante aprimoramento de área tão importante para o nosso Clube.

 

Por fim, está evidenciado que o advogado Breno não tinha acesso as informações, nem ingerência sobre as situações do Vitoria S.A.. Rechaço suas declarações, fruto de ilações sem fundamentos, de quem não superou o desligamento da sua função profissional.

 

Dilson Pereira Júnior

Advogado e ex-diretor jurídico do Vitória.