Depois de acesso em "campanha sem sofrimento", Léo Condé quer o título da Série B com o Vitória

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– Tivemos alguns percalços, mas o Vitória liderou de ponta a ponta. Teve ali um momento que saímos do G-4, mas foram apenas duas rodadas. Ficamos quase sempre no G-4 e uma boa parte na primeira posição. Não foi tão sofrido assim não. Foram jogos difíceis como em qualquer competição no Brasil, com equilíbrio muito grande – completou o treinador.

O Vitória começou a Série B com cinco triunfos em sequência e passou apenas duas rodadas fora do G-4 da competição nacional. A pior posição do Rubro-Negro durante a campanha foi o quinto lugar. O time é também quem mais liderou a Segundona até agora. Números que confirmam a viagem tranquila citada por Condé.

A vaga na elite, inclusive, poderia ter saído há três rodadas. Essa foi a terceira vez que o time entrou em campo para confirmar o acesso matemático, que não veio antes por causa de dois empates seguidos no Barradão, contra Juventude e Vila Nova.

Apesar do acesso garantido, a Série B ainda não acabou para o Vitória. Nos próximos dias o Rubro-Negro vai tentar confirmar o título da competição nacional, que pode vir na terça-feira caso o Criciúma não ganhe do Guarani.

Léo Condé não escondeu que vai torcer por um tropeço do Tigre, mas disse também estar ansioso para a partida de sábado, contra o Sport, no Barradão. O treinador quer fazer a festa com quem ele chamou de "protagonista" da campanha rubro-negra: a torcida.

– Vou mentir se falar que não né (vai torcer pelo Guarani)?! Quero definir o quanto antes. Mas assim, a gente tem que fazer nosso trabalho, vamos comemorar o acesso, mas quando apresentar lá vamos fazer mais uma boa semana de trabalho. Se acontecer do título vir na terça-feira, ou não, temos respeito pelas outras equipes na competição e vamos forte contra o Sport. E também pelo reencontro com o torcedor, que foi nosso protagonista nessa caminhada – finalizou Condé.

Sentimento
– Sentimento de satisfação muito grande, de dever cumprido. Fui contratado pelos bons trabalhos que eu fiz anteriormente para tentar subir o Vitória de divisão. Tivemos um início muito complicado, muito turbulento, mas conseguimos nos organizar para fazer uma campanha consistente para coroar com o acesso. Mesmo nos momentos adversos me mantive convicto do que estava fazendo. Os atletas sempre se dedicaram muito. Isso foi meu balizador para superar os momentos difíceis e chegar agora com o acesso e pertinho do título.

O jogo
– Sobre o jogo de hoje, a gente sabia que seria muito aberto. Então a gente tinha que suportar a pressão deles e explorar os espaços que eles iriam ceder. Começamos mal o jogo, marcamos muito de longe. A parada técnica nos ajudou a acertar as coisas, voltamos melhor e conseguimos empatar. A gente sabia que eles iriam se lançar mais, então coloquei um terceiro zagueiro e empurrei o Trindade mais para o meio, para jogar junto com o Dudu, e mantive a estrutura de ter três na frente. Foi um jogo muito estratégico, a equipe soube sofrer e foi muito firme.

Welder cobrador de pênalti
– A gente lamenta (racismo contra Welder), o futebol brasileiro como um todo, as críticas tem momentos que passam do tempo, muita coisa exagerada. Muitos jogadores deixam os clubes de forma precoce porque as coisas passam do ponto. Welder é um jogador com velocidade, que briga muito. Ele não se abateu com as críticas, continuou trabalhando com seriedade. Conseguimos resgatar ele como já fizemos com Lucas Arcanjo e João Victor. Então ficamos muito felizes. A ordem (de quem ia bater) veio do banco. Naquele momento já tinham saído os dois batedores oficiais, que são Léo Gamalho e Osvaldo. Mas o Welder está sempre treinando e naquele momento eu pedi para ele bater.