Crise institucional, troca-troca e reação tardia: os passos do Vitória até o rebaixamento para a Série C

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Em dois anos de desempenho ruim no Brasileiro, não são poucos, tampouco surpreendentes, os fatores que levam o clube baiano de volta à Série C após 15 anos. O ge elenca os principais.

O Vitória atravessa crise institucional de longa data; afinal de contas, nos últimos seis anos, o clube teve cinco presidentes diferentes, sendo que três deles renunciaram: Carlos Falcão, Ivã de Almeida e Ricardo David. O drama político, no entanto, tomou proporções ainda maiores em 2021.

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Após denúncias de irregularidades na gestão, Paulo Carneiro foi afastado do comando do clube ao longo da Série B. O vice-presidente, Luiz Henrique Viana, chegou a assumir o Vitória, mas pediu licença pouco tempo depois. Com isso, o Rubro-Negro termina a Série B com Fábio Mota, presidente do Conselho Deliberativo, como gestor.

Quatro técnicos, três deles efetivos, comandaram o Vitória ao longo da Série B: Rodrigo Chagas, Ramon Menezes e Wagner Lopes foram os treinadores principais; Ricardo Amadeu esteve à frente do time de forma interina em duas partidas. E não foram substituições tranquilas.

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Com a demissão de Ramon Menezes, que havia assumido o lugar de Chagas, o Vitória rapidamente se acertou com Wagner Lopes, mas já tinha trocado de técnico duas vezes. O novo contrato só poderia ser efetivado se um dos treinadores anteriores entrasse em acordo com o clube. A negociação com Rodrigo Chagas se arrastou, houve atrito, mas as duas partes se acertaram.

Em meio a uma grande turbulência política, o Vitória teve mais uma temporada de grave crise financeira, com atrasos de salários de jogadores e funcionários. Alguns atletas, a exemplo do volante Gabriel Bispo, chegaram a entrar na justiça e pedir rescisão contratual. Na reta final da Série B, contudo, a diretoria conseguiu regularizar o pagamento e até pagar “bicho” aos jogadores.

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Por outro lado, quando teve dinheiro ou oportunidade de ganhar uma quantia importante, o Vitória se envolveu em novos imbróglios. Ao longo da Série B, o Rubro-Negro vendeu o lateral-esquerdo Pedrinho para o Athletico-PR em negociação cheia de idas e vindas. Depois de ter acusado o Furacão de calote, o clube baiano renegociou e vai receber uma quantia abaixo do esperado.

Apesar da crise financeira, o Vitória voltou a apostar em um elenco inchado. Ao todo, contratou 21 jogadores, dois a menos que em 2020. Muitos sequer terminaram a temporada no clube, que decidiu afastar os atletas de pior rendimento.

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Dos 21 reforços contratados, 10 jogadores foram embora antes do fim do contrato ou ficaram fora dos planos do clube: Aníbal, Walter, Wesley, Catatau, Guilherme Santos, Pablo, Ronan, Samuel Granada, Gabriel Inocêncio e Sérgio Mota. O último sequer fez uma partida pelo Rubro-Negro.

O Vitória até ensaiou uma arrancada na reta final da Série B, mas o fato é que o time demorou a engrenar. Até a 29ª rodada da competição, o Rubro-Negro tinha vencido apenas quatro partidas.