Condé destaca personalidade do Vitória em virada sobre o Bahia na final do Baiano: "Time criou casca"

Condé destaca personalidade Vitória

O barradao.com traz para você mais uma notícia do Esporte Clube Vitória.
Aqui você fica sabendo das notícias publicadas nos quatro maiores sites esportivos do Estado da Bahia, confira abaixo o que acabou de sair na mídia.

Vários elementos são esperados quando se trata de uma decisão de campeonato. Um deles é a possibilidade de se reinventar, e Léo Condé mostrou, mais uma vez, que o Vitória tem alternativas interessantes para reverter um jogo em situação desfavorável. Neste domingo, o Rubro-Negro venceu o Bahia de virada, por 3 a 2, e o técnico teve estrela ao tirar Mateus Gonçalves e Iury Castilho do banco para resolver o Ba-Vi da final do Campeonato Baiano.

Vitória 3 x 2 Bahia | gols | final jogo 1 | Campeonato Baiano 2024

Na entrevista coletiva após o clássico, Condé fez um apanhado geral da partida. Lembrou dos altos e baixos do primeiro tempo, analisou o gol sofrido no início da segunda etapa e destacou a resiliência da equipe para buscar uma virada que parecia improvável.

– Um grande jogo, um jogo digno de uma grande final, cheio de alternativas. Acho que começamos bem o jogo, tentamos pressionar a saída de bola do Bahia e tivemos uma chance com o Alerrandro. Na metade do primeiro tempo a equipe cansou, e pela qualidade deles, eles conseguiram nos criar dificuldades. No intervalo fizemos algumas correções, mas em um erro de saída de bola, sofremos o gol muito rápido no segundo tempo, e isso atrapalhou um pouco nossos planos. Mas a gente continuou buscando, agredindo a equipe do Bahia. Era o momento de arriscar, aí tirei um volante e coloquei mais um atacante. Logo que o Mateus entrou a gente acabou sofrendo o segundo gol – avaliou.

Mas a equipe mostrou personalidade, continuou jogando e não se abateu. Nosso time criou casca, a gente sabe da nossa capacidade de recuperação. Então continuamos jogando e fomos ganhando volume no jogo. A gente conseguiu elevar nosso nível de atuação e pressionamos muito a equipe do Bahia para conseguir o empate e a virada. Os jogadores que entraram foram muito decisivos”
— Léo Condé

A persistência, inclusive, é um dos fatores citados por Condé como determinantes para a atual invencibilidade do Vitória no Barradão, que já chega a 23 jogos, a segunda maior da história do clube.

Quem acompanha sabe que esse é um dos pontos fortes de nossa equipe. É um time que nunca desiste, está sempre batalhando, sempre lutando. Já passamos por vários momentos de fazer gol no final do jogo, de conseguir viradas e empates. É por isso que estamos aqui, alcançamos hoje a segunda marca de maior invencibilidade no Barradão. E vamos continuar buscando. É a nossa grande força aqui, aliada com a torcida, que mais uma vez fez uma grande festa. O nosso elenco está passando por uma reformulação, e quem chegou já foi abraçado. Não tem vaidade. É um grupo muito unido. Estamos trabalhando sempre com respeito, e isso potencializa a confiança de quem entra durante os jogos. Alguns vão jogar mais tempo, mas todos podem participar do jogo e ser decisivo.

Léo Condé no Ba-Vi — Foto: Victor Ferreira / EC Vitória

Jogo de alternâncias

Outro ponto destacado por Léo Condé foi a evolução do time em clássicos contra o Bahia. Só neste ano já foram três (pelo Baiano e Copa do Nordeste), com duas vitórias para o Rubro-Negro e uma para o Tricolor.

Diante disso, o treinador fez questão de ressaltar o equilíbrio entre as duas equipes em campo e falou em jogo "cheio de alternâncias" em cada encontro com o maior rival.

Muita gente achou que a gente estaria muito atrás em relação ao rival. Eu acho que a gente sabe todo o investimento que foi feito, mas o Vitória tem uma equipe muito consistente desde o ano passado. Vão ser jogos cheio de alternância. São duas boas equipes, com características diferentes. Rogério é um treinador muito capacitado e experiente, com bons jogadores. Ele hoje mudou um pouco a dinâmica do jogo, ocupou um pouco mais o meio com o Juba. Então de uma certa forma ele chegou a ter um controle maior do meio de campo, por isso não mudei no intervalo. Agora é claro que a gente sabia que durante o jogo a gente iria abrir a equipe. A gente não esperava sofrer dois gols, mas não pode tirar o mérito do adversário, que tem bons jogadores. Serão jogos cheio de alternativas, de equipes que buscam o ataque, buscam o jogo. Quem vai sair ganhando é o torcedor dos dois lados, o futebol baiano, que deve presenciar grandes embates de Bahia e Vitória.

E o torcedor pode se preparar, porque o jogo de volta da final promete muitas emoções. A partida de volta da final está marcada para as 16h do próximo domingo (horário de Brasília), dia sete de abril, na Arena Fonte Nova.

Até lá, Léo Condé vai ter a semana livre para trabalhar o time do Vitória de olho na decisão. O Rubro-Negro tem a vantagem do empate para levar o título. Em caso de derrota por um gol de diferença, o campeão será conhecido nos pênaltis.

Léo Condé no Ba-Vi — Foto: Victor Ferreira / EC Vitória

Confira outros trechos da entrevista coletiva de Léo Condé:

Começo do segundo tempo
Não teve apagão nenhum. É a sua opinião. Teve um erro de passe que nos fez sofrer o primeiro gol. Depois mudamos a dinâmica da equipe, saímos da estrutura de três volantes para a estrutura de dois. E até se posicionar, cedemos um espaço. Um erro de posicionamento. Mas não abalou a equipe. A gente continuou vivo no jogo. Claro que pela qualidade do adversário eles tiveram algumas situações de contra-ataque. Mas foi um jogo bem jogado.

Recuperar a equipe para a virada
– Foi durante o jogo. Não tem conversa. É uma relação de confiança. A gente não pode fazer um gol e relaxar. Nem pode sofrer um gol e se desesperar. É uma equipe que foi criando casca. Dentro de campo, só no olhar dos atletas, os jogadores já sabem que é para manter a tranquilidade e continuar jogando. A gente manteve a calma, que era o que mais precisava. Calma é uma coisa, falta de vontade é outra. A gente procura manter o equilíbrio nos momentos de dificuldade, e foi o que aconteceu.

Formações diferentes
– Falei na última coletiva. Dois volantes, três zagueiros, é mais questão de função. Hoje entramos com os três, mas muita liberdade para Dudu e Rodrigo Andrade. Willian mais fixo, e liberando um pouco o PK. Uma estrutura que usamos no outro jogo e funcionou bem. Repetimos contra o Fortaleza e contra o Barcelona também. A gente vai sempre tentar criar situações, claro que a gente mantém um padrão, mas é importante também mudar porque todo mundo se estuda. Para o próximo jogo vamos avaliar as condições dos atletas e estudar. O Rogério hoje mudou com o Juba, criou uma dinâmica que nos colocou dificuldade.

Equilíbrio mental e provocações
– Acho que de uma certa forma é algo que a gente conversa muito com os jogadores. A postura respeitosa das duas equipes hoje mostra isso. Acho que na primeira partida aqui a gente pode ter passado um pouco do ponto na comemoração. Como o rival também pode ter passado do ponto lá. Mas não vamos recriminar isso não. O importante é ter respeito entre os atletas. Acredito que isso sempre vai existir. A tendência é que seja mais um grande jogo, disputado. Eles vão tentar reverter a vantagem, e a gente vai tentar aproveitar ela.

Arbitragem
– Arbitragem sempre é complicado, principalmente em jogos decisivos. Acho que o Bruno hoje fez uma boa arbitragem, uma arbitragem tranquila. Os jogadores preferem que não tenha muita conversa, e foi assim que ele conduziu hoje. Foi um jogo bem controlado, acho que os próprios jogadores ajudaram. A gente espera que na Fonte Nova também seja assim.

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Fonte: https://ge.globo.com/ba/futebol/times/vitoria/noticia/2024/03/31/conde-destaca-personalidade-do-vitoria-em-virada-sobre-o-bahia-na-final-do-baiano-time-criou-casca.ghtml


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