Condé admite início ruim do Vitória e destaca ajustes para melhora na etapa final contra o CRB

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Em entrevista coletiva após a partida, o técnico Léo Condé reconheceu que o time teve um primeiro tempo ruim e foi salvo pelo goleiro Lucas Arcanjo. Na etapa final, a equipe se ajustou para conseguir vencer o CRB.

– A gente sai muito feliz pelo resultado positivo, mas gostaria de construir de uma forma mais tranquila. No primeiro tempo a gente estava muito afoito, querendo resolver de qualquer maneira, com muita ligação direta. Ficamos muito afastados e perdemos a segunda bola. Com isso, a equipe deles ganhou confiança no jogo e criou dificuldade. Poderiam ter aberto placar se não fosse o Lucas. No intervalo a gente ajustou, pedi para jogar mais próximo, ter paciência com a bola e ser agressivo na marcação.

– A partir do momento que diminuímos o espaço deles, principalmente no Anselmo Ramon, conseguimos fazer um segundo tempo muito bom. Poderíamos ter feito o gol um pouco antes. Criamos situações para isso. Naturalmente que eles também tiveram chances. É uma equipe experiente. A gente fica muito feliz pelo resultado positivo – completa Condé.

Contra o CRB, Condé mais uma vez não teve o meia Giovanni Augusto, que segue em recuperação dele. A opção do treinador foi manter Matheusinho, que trocou de posição com Osvaldo ao longo da partida. Ao longo da partida, o treinador também deu oportunidade a jogadores até então pouco utilizados, casos de Wellington Nem e Felipe Vieira, por exemplo.

– Realmente a gente perdeu o Giovanni. Eu falo isso desde que cheguei aqui, quero um Vitória ofensivo, protagonista. Quero uma equipe que jogue. Mesmo no clássico que empatamos de 1 a 1, a gente já tinha jogado com quatro atacantes. Eu gosto de um meia organizador, mas vamos testar alternativas. Não vamos desistir de ninguém. Não desisti do Lucas Arcanjo, que hoje fez mais uma grande defesa. Eu sabia que o Wellington Nem ia ter oportunidade em algum momento, e teve hoje. Não vamos desistir de ninguém. No ataque podemos precisar jogar com quatro atacantes outras vezes. Matheusinho pode jogar pelo meio e pela ponta, como faz Everton Ribeiro no Flamengo.

Agora, o Vitória terá pela frente o Avaí, em jogo que será disputado neste sábado, às 17h30 (de Brasília), na Ressacada, pela nona rodada da Segundona.

Substituição de Camutanga
– O Camutanga passou mal. Ele amanheceu com a garganta ruim, melhorou um pouco após o almoço. Mas ele pediu, não estava bem, e fizemos a alteração.

Queda de rendimento do time
– Eu sempre destaquei isso, mesmo quando vencemos, que a gente tinha que melhorar bastante coisa. Da convocação de hoje, tem seis ou sete do ano passado, seis ou sete do início do ano, e alguns que chegaram depois. É uma equipe que modificou muito. Tivemos situações de lesão. Não tem mágica no futebol. Quando tem semana aberta, como no começo da competição, você consegue ajustar. Do Mirassol para hoje fizemos quatro mudanças. Sem tempo para trabalhar fica mais complicado. Hoje acho que fomos mal no primeiro tempo e conseguimos ajustar no intervalo.

Retorno de Marco Antônio
– Em relação ao Marco Antônio, desde que eu adaptei ele para jogar de volante, ele se sente bem ali, me agradou muito. Ele jogou contra a Ponte Preta e foi muito bem. Infelizmente teve a lesão. Quero parabenizar o departamento médico pelo trabalho de recuperação dos atletas. Fiz a opção dele hoje porque ele voltou muito bem.

Importância da resiliência e Wellington Nem
– Hoje até destaquei com os jogadores no final, o primeiro tempo a gente errou muito e estava afoito. No segundo tempo conseguimos colocar a bola no chão e circular. O CRB dificultou muito, mas mesmo assim a gente conseguiu chegar. E o principal é que a gente não se desestruturou atrás. Foi nosso erro contra o Mirassol. Hoje a ideia era manter a estrutura, não oferecer contra-ataque para o adversário. E hoje conseguimos fazer isso e fazer o gol no último minuto. Fica como recado para o torcedor continuar sempre apoiando. Em relação ao Welligton Nem, um setor com muitas opções. Osvaldo em ótima fase, Zé Hugo chegou muito bem, Rafinha que estava aqui desde o ano passado. O Nem é um cara que trabalha muito, puxa o grupo. O campo vai mostrando para a gente e hoje ele teve chance. Minha preferência é sempre pelo Vitória. Não tenho preferência por A, B ou C. Minha preferência é pelo dia a dia.

Atuação de Osvaldo
– Já respondi isso umas duas ou três entrevistas. Dentro de campo não tem o que falar, ele ajuda com e sem a bola. Fora de campo é um cara que já viveu muita coisa no futebol e passa isso para os demais jogadores. É um grande exemplo.

Estreia de Felipe Vieira e Matheusinho
A opção por Felipe foi porque vem fazendo bem os treinamentos. Ele faz bem as chegadas pelo fundo, é quase um ala. O jogo estava pedindo um atleta com essas características. Segurei mais o Zeca e abri o Wagner para termos jogadas de linha de fundo pelo lado esquerdo. Marcelo vem jogando muito e está se desgastando. Para o primeiro jogo, Felipe Vieira pode sentir um pouco da pressão de um jogo de três pontos, que é diferente de jogo treino, e a falta de ritmo também. Mas é um jogador com potencial para nos ajudar ao longo da Série B. O Matheusinho sentiu e pediu a substituição, vamos esperar o dia de amanhã para a avaliação médica do atleta.

Jogo contra o Avaí
Já acompanhei alguns jogos do Avaí. é uma equipe que passa por mudanças com o novo treinador, e agora é o primeiro jogo em casa, depois de dois como visitante. Neste momento está um pouco precoce para fazer a avaliação da nossa postura no próximo jogo.