COLETIVA/LÉO CONDÉ

Após a primeira vitória rubro-negra na Copa do Nordeste, ocorrida na noite desta quarta-feira, por 2 a 0 diante do líder Ceará, o técnico Léo Condé afirmou que o que mais precisa é de tempo para treinar o time visando a estreia na Série B.

Afinal, com seis pontos ganhos – quatro a menos que o último colocado do Grupo A e com mais um jogo a fazer, podendo chegar aos nove pontos – o Vitória não tem mais chances de lutar pela classificação no Nordestão. E o foco será exclusivamente a Série B, cuja estreia será dia 14 ou 15 de abril, contra a Ponte Preta, no Barradão.

“Hoje eu já tenho mais ideia do que a gente tem do elenco. Mas o que eu mais preciso agora é de tempo para treinar. Acho que consigo resgatar alguns jogadores. É o caso do João Victor, que fez uma grande Série B ano passado. O Vitória tem um grande goleiro que é o Lucas (Arcanjo). Estou impressionado. E temos também a chegada do Thiago (Rodrigues, contratado ao Vasco)”, destacou Condé durante a coletiva.

A vitória desta quarta foi também a primeira de Léo Condé em oito jogos no comando do time e trouxe um alívio para a sequência do trabalho.

“A gente fica incomodado com isso. A gente vai conhecendo um pouco mais o elenco. Acho que desde o BA-VI a gente teve uma mudança de postura e eu estava confiante que poderíamos ter a primeira vitória. Passei por isso no Sampaio Corrêa, mas depois de um início ruim a gente brigou pelas primeiras posições na Série B (em 2022). Espero que no Vitória a gente possa repetir esse feito com um final feliz. Mas, é claro, que estava incomodando muito, sim”, reconhece.

Na coletiva, Léo fez questão de enfatizar a mudança de comportamento da equipe, para ele, que desde o clássico mostrou uma postura muito boa dentro daquilo que deseja para a disputa da Série B.

“Uma equipe equilibrada, sem a bola, agressiva para marcar. Claro que não dá para ser agressivo o tempo inteiro. Nossa defesa teve um bom posicionamento, a linha de quatro como um todo e o Lucas (Arcanjo) também. O time não ficou tão exposto, e a Série B vai pedir isso. Os jogadores de frente colaborando com o setor de meio, e o meio de campo ajudando a defesa. Acho que o Gegê e o Marco Antônio foram muito bem. Com a bola, a gente conseguiu explorar algumas situações em jogadas de velocidade, acho até que poderíamos ter feito mais. No segundo tempo, apostamos mais no jogo apoiado, principalmente depois das entradas de Gamalho e Diego Torres. Os garotos da casa também entraram bem”, disse.

Individualmente, o comandante mostrou-se impressionado com o zagueiro Marco Antônio que, a exemplo do BA-VI no domingo passado, voltou a jogar na função de volante e, desta feita, fazendo primeiro na ausência de Léo Gomes que foi acometido por uma gripe.

“Às vezes, o treinador fala algumas coisas que parece desculpa, mas a grande verdade é que você precisa de tempo para desenvolver o trabalho. O Marco Antônio, histórico de zagueiro ano passado, jogou de volante na base. Ele me passou isso em algumas conversas. Fizemos essa opção no clássico, hoje a gente recuou ele na ausência do Léo, ao lado do Gegê, e jogou bem. Tem algumas questões para corrigir de posicionamento, mas com certeza é um atleta que pode executar essa função. Ainda mais com semanas de treinamento pela frente. Quem sabe ele pode ser esse jogador na frente da zaga. Ele tem ido muito bem”, afirmou.

FOTOS: ECV