Após empate sem gols no Piauí, o treinador Léo Condé, do Vitória, falou a respeito do jogo, analisando os fatores que levaram o Leão a não sair com os três pontos. Condé reclamou muito sobre as condições do gramado do Lindolfo Monteiro e elogiou a organização do Altos para a partida deste domingo (04).

“Não é querendo transferir, mas eu acho que hoje um fator fundamental  foi a dificuldade do campo. O campo estava muito irregular, os jogadores tiveram muita dificuldade para dominar e para passar, mas eu acho que a gente, jogando fora de casa, buscou, propôs o jogo e marcou o adversário em cima. Tivemos quatro ou cinco chances claras de gols ao longo do jogo. O Muriel foi exigido apenas em um lance no chute de fora da área. Não foi aquele jogo vistoso, porque infelizmente o campo não proporciona isso. Eu acho que a federação, a confederação tem que ver isso. A gente é cobrado por um bom futebol, mas tem que ter o mínimo de condições para os jogadores exercerem as suas melhores condições de jogo”, reclamou Léo Condé.

O técnico também foi perguntado sobre as expectativas para o restante do campeonato e as dificuldades encontradas para furar a barreira defensiva do Altos na partida de hoje, que apesar de ter levado uma certa pressão, conseguiu se segurar na partida.

“É um adversário organizado, Flávio é um treinador bastante experiente, já teve grandes conquistas e já passou por outros clubes também, a gente sabia que enfrentaria uma equipe bem organizada e que se fechou bastante, tirou muito o nosso espaço, não foi só a questão do campo irregular e difícil de jogar, mas o adversário também nos dificultou muito, jogou esperando, mesmo jogando dentro de casa. A gente lamenta e gostaríamos de ter saído daqui com resultado positivo, porém na Copa do Nordeste, se a gente conseguir fazer o dever de casa e pontuar fora, possivelmente vamos classificar para a próxima fase”, analisou o treinador rubro-negro.

“Eu penso que se a gente conseguir vencer os jogos em casa e buscar pontos fora, possivelmente nós vamos classificar e classificar bem. É importante a gente fazer o dever de casa. Nesse momento a gente tá passando por uma turbulência, porque a gente está fazendo muitos jogos longe do Barradão. É o sexto jogo na temporada, o quarto jogo fora de casa, com viagens desgastantes, mas eu acho que a partir do momento que passar o momento dessa sequência de jogos fora de casa, eu tenho muita convicção de que a nossa equipe vai conseguir apresentar um futebol melhor e conseguir os resultados positivos”, completou.

Perguntado sobre uma possível demora das substituições, o professor discordou e justificou o motivo das suas trocas durante a partida.

“A gente poupou toda a equipe no último jogo, não tinha razão de modificar a equipe, sendo que a equipe estava fazendo o jogo estruturado. É claro que a gente não conseguiu fazer o jogo dentro daquilo que a gente gosta e espera, mas jogando fora de casa, num campo todo irregular e contra uma equipe toda fechada, os jogadores, de um modo geral precisa existir o entendimento do torcedor, ter esse entendimento que a gente tem na hora de até avaliar o atleta, porque às vezes a gente faz uma avaliação em cima de uma condição muito adversa da qual eles estão jogando. Nós temos apenas dois jogos no Barradão, onde a gente, no meu modo de ver se apresentou bem, com uma margem muito grande para a gente evoluir, treinamos apenas 12 dias e pegando esse caminhão de jogos com muitas viagens. A gente poupou a equipe no último jogo e essa é a equipe base nossa, a gente tem que dar rodagem para eles e quando eu achar que tem que mexer, a gente vai mexer”, Justificou.