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– Fizemos primeiro tempo muito abaixo do que temos condição de fazer. Estávamos ansiosos. Acabou que a gente criou muito pouco e marcou de longe o Criciúma. Eles aproximaram os jogadores de meio. É um setor tão importante. Só conseguimos fazer correção no intervalo. Segundo tempo voltamos melhor, fizemos jogo de imposição. Faltou caprichar mais nas chances. A gente tomou algumas decisões erradas no penúltimo passe. A gente lamenta, resultado que deixa triste por toda mobilização criada para esse jogo. Mas não dá para lamentar muito – disse Condé.

Léo Condé também afirmou que não há problema na escalação de Osvaldo e Wellington Nem juntos no ataque. No segundo tempo, Osvaldo migrou do lado direito para o esquerdo porque Nem saiu do centro para atuar pela direita.

– Acredito que não seja isso. O Osvaldo vem mantendo regularidade positiva na equipe e tem 36 anos. Acaba se desgastando muito. A gente gostaria de recuperar ele mais. Mas como ele tem sido jogador importante temos usado ele bastante. Isso é normal neste tipo de competição, com oscilação da equipe e individualmente. Os adversários fazem estudo e acabam neutralizando principais peças.

O treinador também ressaltou que a questão física pode ter pesado contra o Rubro-Negro, que não conseguiu criar volume ofensivo suficiente para reagir na partida.

– Não é um privilégio só do Vitória. Todas as equipes passam por isso. Das equipes no bloco de cima, a maioria sofreu. A Série B é difícil. Tivemos uma série de viagens desgastantes. Não é desculpa, mas acaba comprometendo. É aproveitar esse período que vamos ter agora. A parte física caímos um pouco. É aproveitar bem, assim como os 30 dias antes da competição.

Agora, Condé vai ter mais tempo para preparar o Vitória para o próximo compromisso. O Rubro-Negro só joga no dia 25 deste mês, um domingo, quando enfrenta o Guarani, no Brinco de Ouro, às 18h (horário de Brasília). Camutanga terá que cumprir suspensão.

– Em relação ao próximo jogo, vamos ter 15 dias de trabalho, preparação. Temos outros atletas em condição de substituir o Camutanga. A saída de Zeca foi opção tática, levamos Wellington Nem para lá. O Railan tem ultrapassagem maior que o Zeca.

O que fazer contra rivais fechados
– O Criciúma, quando fez o gol, baixou as linhas no segundo tempo. Eles estavam jogando com três volantes. A ideia era amplitude de jogo com Railan e Nem na direita; Osvaldo e Marcelo no lado esquerdo. Agora a gente tem que aproveitar esse período. É treinamento. O desgaste da competição acaba fazendo com que alguns jogadores não estejam no melhor dia. Então, a derrota hoje não foi por um motivo apenas.

Pretende manter essa forma de jogar mais vezes?
– O Giovanni [Augusto] é um meia criativo, porém está sem ritmo. É aproveitar esses dias para dar ritmo para o Giovanni. É resgatar o Zé Hugo que não vem fazendo boas partidas, mas tem potencial. É um desenho que a gente pode trabalhar em várias partidas.

Não conseguiu ler o jogo?
– Ele mudou as peças, mas a plataforma de jogo do Criciúma foi a mesma. Ele manteve três volantes, com Ítalo vindo mais para dentro. Passamos para os jogadores para subirem os blocos. Sabíamos que eles têm jogo de aproximação forte. A gente sabia que seria jogo difícil, com equipe mesmo mudando as peças com trabalho consistente.

Busca reforços para a ponta?
– Em relação a contratação, a gente está discutindo com a direção. Tem que ser estratégico nesse momento, não trazer por trazer, é dar qualidade para a equipe. A diretoria está atenta. É discutido internamente, até para tomar a melhor decisão possível.

Arbitragem
– A arbitragem brasileira precisa buscar padronização. O árbitro deixou o jogo correr. Mas aí você também pega árbitro que pica o jogo inteiro. A principal reclamação para mim é o tempo de acréscimo. No segundo tempo foram seis minutos. A gente espera que tenha padronização.